Pálida
“60 segundos. Tempo ruim. Profundas feridas. Lágrimas pela pele pálida. Mundo idiota e pessoas ridículas.”
Vida da minha vida,
Tu me pareces azeitona pálida,
Ou bem uma rosa esquálida,
Mas de beleza és diva,
E em qualquer modo sempre me és querida,
Ou anelante, ou esquiva;
E quer fujas, quer sigas,
Suavemente me destróis e obrigas.
Sua pele pálida e gélida traçavam o que os simplórios determinariam como perfeição,teus olhos eram contas de um escuro rosário no qual eu me agarrava em desespero..clamando tua presença.. tua boca se abria dedilhando e beijando fios de poesia pelo vento, e eu permanecia imóvel. medusa se entristeceria em saber que possui uma personificação masculina
FROUXO SENTIMENTO
Frouxo oh talvez pálida esta rima
Destes meus delírios inconstantes
Porém odeio o pó em que me deixa
Tedioso, gela-me o sangue nas veias
Não existe nada além do meu vazio
Onde a vida não nos permite ensaios
Somos eternos amadores na vivência
Numa dura aprendizagem das dores
Nesse mundo tu és o meu maior vício
Sou uma viciada, portanto, sem ter cura
Na procura interminável da tua ternura
Matei a criança que havia dentro de mim
Pelos teus lábios, pelo meu desejo de ti
A tua ausência tortura os meus sonhos
Frouxo delírio inconstante, rimas soltas
Veias de sangue que correm à tua procura
Amo-te no silêncio das palavras, frouxo
Sentimento de escritas no teu corpo (...)
Amar é se aventurar,
É navegar
Em um mar
De sentimentos
desconhecidos,
Em um oceano
Na pálida noite,
Onde a única iluminação
É a luz de teus olhos.
Pois não és mais tú, o homem de meus delírios apaixonados. Sua lembrança é agora, pálida memória sufocada. De tempos em que as palavras amor e ódio descreviam nossas vidas.
O SONO DA BELA
Lua, ó! Pálida Lua
Tão clara e branda
A noite que é tua
Aqui da varanda
Eu vejo as ruas
A noite vela
O sono da Bela
O sono profundo
Da cidadela
Desperta para o mundo...
E abre as janelas
As ruas deserta
Na cidadela
Só a aurora desperta
Com bocejar e bela.
Pálida imagem sombreada de luzes...
Assim são minhas emoções e lembranças, que tingem minha mente oscilando entre tantas cores que vivi.
Pálida estrela, casto olhar da noite,
diamante luminoso na fronte azul do crepúsculo,
o que vês na planície?
As ondas são anjos que dormem no mar,
quando de noite vem palida a lua.
com um lindo olhar você me encanta,
e com apenas um beijo minha alma flutua.
Seus raios incertos atingem meu ser,
como uma bela noite na luz de um luar.
meu coração palpitando de amor por você,
um amor mais profundo que o fundo do mar.
E quando nas aguas meus olhos suspiram,
são ventos alheios com cheiro de mar.
nunca viverei sem pensar em ti,
nunca deixarei de um segundo te amar.
Desço a escada pálida, apressada...
Carregada com minha jornada
Com toda essa carga
Dou de cara com um labirinto.
Nele minhas roupas rasgadas
Espalhadas...
Começo a costurar,
A unir meus pedaços, misturado com meus traços.
Fico tentando ver se me acho
Se me sinto... Se grito,
Que silêncio de solidão,
Quero ouvir a melodia, que me deixa em harmonia.
Que caia do teto essa tarde chuvosa...
Mesquinha,
Fria,
Mal-amada, que assolou meus dias.
Fico em desatino
Rasgo a pele
Cuspo em vermes
Me atiro no chão.
Quero solução...
Não quero razão.
Quero provisão...
Não quero suposição.
Vou correr mato a dentro
Desmantando meus sentimentos
Procurando o vilão
Quero encarar, quero-me aprofundar.
A história que pregaram-me a peça,
É minha...
Eu sou a atriz. Dona do meu nariz.
Não aceito teatro mal ensaiado.
Quero compromisso com minhas raízes
Se tiver que libertá-las,
Uso meu instrumento sagrado,
Minhas mãos.
A fonte
Em meio ao deserto, me vi com a alma seca;
A face palida, o coração vazio;
Nada em mim era bom;
Eu só queria um regúgio;
Eu só queria alimentar meu ser;
Foi quando te conheci, vi tua luz
Me trouxe até aqui;
Fez de mim o mais completo ser.
Em algum lugar
Sob a pálida luz da lua
Alguém está pensando em mim
E me amando nesta noite
Em algum lugar
Alguém faz uma prece
Para que nos encontremos
E nos alcancemos em algum lugar
E mesmo que eu saiba, da distância que nos separa
Ajuda pensar que podemos estar fazendo pedidos, a mesma estrela brilhante
E quando o vento da noite começa a cantar, uma cantiga de solidão
Ajudará a pensar que estamos dormindo, debaixo do mesmo e enorme céu
Em algum lugar
Se o amor nos ajudar
Então vamos estar juntos
Em algum lugar
Aonde os sonhos são reais
Oblíquos
Cruel enleio que delinea minha face pálida,
Atira-me às sombras mórbidas da insensatez,
Tira-me fantasias que nutrem a alma cálida,
Esvai num redemoinho silêncioso descolorindo minha tez...
Suga-me sentimentos puros transformando-os em dores,
Meu corpo abandonado em sulcos da imaginação,
Afloram espinhos e hastes ríspidas onde haviam flores,
Enrijece como rocha meu suave coração...
Meus braços já não alcançam os teus,
Minha voz soa como a de um pássaro perecendo,
Meu vôo alto como se enterrando num breu,
Minha essência cintilante desaparecendo...
Já não sinto teus olhares,
Nem teus lábios sobre os meus,
Não há volta, nem noites espetaculares,
Nem o toque e o brilho dos olhos teus...
A bruma gélida que se apossa vertiginosa
Derrama prantos desesperados e aflitos,
Mas a vida continua, impiedosa
E seguimos... como dois pontos oblíquos.
Nem de loge ela parecia alguem arrasadora, era magra, pálida, com olhos esbugalhadamente azuis e com ombros de frio caidos e tímidos. Mas tinha algo em seu olhar, tinha algo no jeito qe ela espremia uma mão na outra que me chamou a atenção. ela nao era a mais estonteante daqele baile, não tinha um vestido caro, nem uma joia que a fizesse brilhar, mas nem por isso deixou de arrancar os olhares por onde passava (..)
# Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.#