Palco
Não faça de sua vida um palco ou cenário para representar.
Prefira viver intensamente, de modo cristalino, sendo você mesmo, sem máscaras, sem hipocrisia!
Fossem os meus olhos lestos para se arredarem de cena... deixando o teu olhar em palco, livrando-me da dura tragédia que foi amar-te.
“O erro de muitos é equiparar seus bastidores com o palco dos outros. Cada um tem uma vida com bastidores e palcos exclusivos. Não se compare você é unico.”
Viver para agradar a todos...
É um acto irresponsável no palco da Vida.
Existe o risco sério de perder a sua essência humana.
No palco da vida, meu teatro, é aqui e agora, pelo serviço da boa ora, nas fases que os tecidos de bases, se forma em ornas.
É ótimo estar no palco e ouvir os aplausos de alegria, acontece com frequência, isto para quem é artista, mas às vezes é preciso afastar um pouco e observar anonimamente detrás da cortina, pois assim, sem a ilusão da fama, poderemos entender melhor o que se passa diante de nossa vida.
São as que riem alto.
As que dançam sem salto.
As que fazem da vida o seu palco.
As que desafiam o status quo.
As que não se conformam.
As que questionam. O caminho, as regras e a si mesmas.
As que se atrevem, e depois veem no que dá.
As que rasgam o verbo, seguem a voz de dentro
fluem com a vida e se confundem com o vento.
As que confiam na força do tempo.
As que se jogam, mergulham,
mas se levantam, se refazem
se reinventam.
São as que chegam de mansinho
e, de repente, te preenchem por completo.
São elas, de quem é gostoso estar perto.
As que têm o poder de iluminar,
aquecer ou de queimar.
Tudo depende da chama que você ativar.
Amigas da leveza,
eternas buscadoras de si.
Camufladas na multidão,
elas são puro coração
e estão espalhadas por aí:
sempre atrás do que as faz sorrir.
Para quem não quer ter uma vida entediada, vendo tanta gente representando, como num grande palco, levemos de forma lúdica, como contando uma grande piada, e com o bumbum cheirando a talco. Vivendo a atualidade com resquício de boa lembrança. Um velho com alma de criança.
#PALCO
As estrelas pintadas pelo poeta...
E o beijo do vento que de longe vem...
Aplaca a saudade que atormenta...
Daqueles que um dia o quiseram bem...
Quisera o poeta...
Sempre e mais sonhar...
Voltar outrora...
Inútil...Sabe ele...
O passado não está mais lá...
Em sua vida não há pressa...
Não há para onde correr...
Apenas deseja o bem...
E ser feliz em bem viver...
O poeta um dia amou...
Mas foi um amor transloucado...
Não foi seguro e confortante...
Efêmero também acabou...
Hoje apenas um vago ruído...
Do que foi e passou...
Guarda no fundo da alma...
Uma vibrante música...
Quando os deuses partiram...
Passeia sobre as estrelas...
Modo de alcançar o céu...
Onde cairás morta a flor de sua infância?
Inocência que foi ao léu...
E agora...
Na pura ausência das coisas...
Na madrugada um palco por abrir...
Segue desejando a lua...
Nas estradas da vida por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Todos são personagens no mundo, dependendo de qual palco está você veste um diferente; e no final só seu camarim sabe quem você é.
Do palco a melancólica catarse
Desculpe,
Eu sei que ultimamente não tenho te surpreendido.
Antes, tudo era diferente.
Te vi de longe tão cheio de vida,
Livre como um passarinho.
Por um minuto pensei:
Quão bom seria sentir esta liberdade!
Pronto! Preso já estava em você.
Agora que aqui estamos,
Vejo o erro cometido:
A vontade de amar, acima de tudo!
Incendiária paixão desmedida.
Antes, fora ilusão conveniente ao momento.
Pena que o tempo parece,
Fazer cair sobre nós, cadeia!
Jaulas do tédio feitas de silêncio,
Olhares sem contato de alma ...
Profunda estranheza mútua!
Mas veja, não lhe cobro sua parte ausente,
Pois vejo que a culpa não lhe é digna,
Idealização minha tu és!
De resto, mais um coração esperançoso,
Apegado na expectativa,
Feito criança em seu mundo de imaginação.
E por mais que tenha tudo isto falado,
Percebo entre nós, ao menos uma cumplicidade!
O misterioso segredo de nossa união:
A vontade de nos encontrarmos,
Por entre nossos reflexos ...
A evolução da melhor versão do Eu.
E pode até parecer egoísmo, ou amor?!
Porém, és tu, personagem principal
Que em meus solitários monólogos,
No palco desta vida, me fez livrar.
A atuação
Pois, senão é a realidade, o grande palco da vida? Aprontamo-nos! A atuar os diferentes personagens de nossos devaneios!
Tem dias que o mundo é um palco sorrimos falsamente para não verem a tristeza que habita em nois.
Mais tem dias que eu quero que seja um palco para chorarmos e ninguém vim nos julgar.
Tem senas que choramos e senas que temos que sorrir mesmo que seja um sorriso falso.
Por azar, sofro de um caso terrível de medo do palco, o que não é bom para uma aspirante a artista.
Uma ópera tonalizada.
Uma história...
Uma década...
Ilustrei um palco...
Deixei colorido como o raio do sol e o verde gramado...
Na orquestra sinfônica....
Debrucei....
Alí...
Sem melancolias...
Uma ópera aconteceu...
Garganta afinada...
Esperei o momento certo...
Único e protagonista do show....
As coxias se escancararam ao público....
Encantei....
As varinhas...
Deslizavam nas cordas dos violinos...
A lua prateando...
Avisava a chegada dos anjos...
Sem suspenses e sem dramas...
Um terror fora da grama...
Mata verde rasteira...
Na fama...
A ópera ecoava...
Sem um pingo de receio...
O gladiador da garganta tonalizada se apresentou...
Sem tristezas...
Sem agruras....
Uma comédia pra se rir...
E o poeta...
Coadjuvante e com o olhar penetrante....
Dramatizou aquele show sem drama...
Suspendeu as amarguras sem suspenses....
E aterrorizou os corações sem terror....
Orcas marinhas ficaram mansas...
As gaivotas faziam parte do espetáculo....
Os albratozes...
Calados ficaram sem as vozes....
Na rota de fuga...
Ele encontrou todas as porteiras...
Tamborins e zabumbas...
Sem tumbas latejavam...
Romaria nos sertões...
Festa do Rei com emoções...
Arranquei risos e lágrimas...
Ditei sem ser ditador...
Cantei sem ser cantor...
Com ódio do inferno...
Fiz até o diabo sentir amor...
Sabia eu...
Quando o universo é do Pai...
E a ele o mundo se ajoelha...
Por que não mandar...
As trevas se afastar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Se o poeta....
Vive de fantasias....
Se tirar seus trages....?
Como seria....?
Nesse palco....
Bem por trás dos bastidores....
Existe um mundo de ilusão...
Os poetas.....
Imaginam um mundo de cores...
Onde as tintas...
Não escolhem suas posições....
Sem os poetas....
E mesma coisa...
Que cortar as asas de uma ave....
Pois esse direito de voar....
É de todos.....
E todos querem sonhar...
A falta de sonhos....
É empobrecimento da alma...
Uma imagem preto e branco...
Os poetas...
Gostam de voar.....
E amam seu mundo colorido...
Somos poetas sim....
Falem....
Chinguem....
Pois o poeta....
Torna a vida de muitos uma festa....
E observem....
Até as orquestras cantam....
Do mar ao sol...
Das estrelas a terra.....
Em noites de lua...
E em plena escuridão....
Levamos emoções....
Em corações apaixonados....
Visitamos olhos secos e marejados.....
E fazemos chorar....
Aquilo que não era lagrima....
Fazemos poesias....
Mesmo tristes...
Só querendo alegrias...
Sobre o amor....
E sobre as vida...
Autor :José Ricardo
Um palco de verdades....
Um palco de mentiras...
Nessa minha vida de poeta....
Vagando pelos mares sem fim....
Ao remar....
Perdi o remo....
Foi que decidi....
Navegar em um veleiro....
E navegando....
Foi que consegui ver além daquilo que eu imaginava.....
Nesse mundo....
Existe muita coisas ocultas....
E outras transparente....
Na Poesia de um Poeta...
Quantas verdades assistidas....
Quantas mentiras ouvidas....
E quantas verdades ocultas....
Em tão poucas coisas escritas....
Nas Poesias da vida....
Muitas são vividas....
Por um Poeta...
E neste amaranhado de poesias.....
Existe um teatro da vida.....
As cenas se desenrolam muitas das vezes.....
Outras são enroladas por trás das cortinas.....
Das que estão escondidas....
Bem por trás da coxia.....
Existe um teatro de mentiras....
Histórias dos amores vividas....
E não vividas....
Tudo é narradas em Poesias....
A uma platéia que deslumbra....
E tudo se presencia....
Após fecharem as cortinas....
Os atores simplesmente.....
Tentam acha-las....
Lá atrás nas coxias.....
As verdades.....
E entre as mentiras ditas.....
De uma peça teatral......
Muitas vezes fenomenal.....
Que se faz com a Poesia....
E neste quebra cabeça da vida das poesias.....
As vezes.....
As peças perdidas....
Procuram em um encaixe de mentiras....
Aí....
Tudo se declara.....
Em apenas uma satisfação ilusória....
Em uma outra peça de teatro....
Onde as fantasias de uma mentira se encaixem em um grande quebra cabeças.....
Que se faça entender.....
Ser verdade esta mentira....
Que desenrola por trás das cortinas.... Cerradas e vividas em um palco teatral...
Onde existem frestas....
Pelas quais.....
Só olhos atrevidos conseguem desvendar...
O que se imaginava escondido....
Então...!
Aos poucos vão se descobrindo....
As verdades....
As máscaras dos atores vão caindo....
Até mesmo as cortinas deste palco ilusório....
E tudo vem ao chão....
Com o peso das mentiras....
Onde se tentou se fazer....
Da realidade de um Poeta....
Uma mentira....
E muitas....
Mentiras destrutivas e vingativas
Onde nessa vivência....
De pura ilusão e enganos
O Poeta que viveu....
E que atuou nesta peça teatral....
Onde se fez presente.....
E pensou ser o ator principal....
E muitas vezes conseguiu....
E ironicamente....
Foi mais que coadjuvante no palco teatral....
Desse mundo de poesia.....
Autor:José Ricardo
Inspirado No poeta de Elisio Matos
Encenação da Desordem
Há gentilezas no ambiente obscuro...
Intenções propositais afloram no
palco da desordem da corrupta nação!
Destituídos
da companhia estão os incrédulos
que não aderem
à crença dos “bravos artistas!”,
Grupos que ficam na plateia são
figurinistas temporais,
muitos, de outrora,
coadjuvantes desses dogmas. Mas... hoje,
nem sabem por que estão aqui,
quando preciso, aplaudem o
cômico nefasto!
- Descrenças a
esses pobres de espíritos! Grita
um louco da plateia.
- Tenhamos
narizes de palhaços! Complementa
a moça do outro lado do teatro.
Enquanto isso a massa contente em
seu próprio lar aguarda ansiosamente
a composição de uma nova
peça no cenário trágico da triste cidade.
Poema para a morte
Num palco de horror venho me apresentar
Onde tristeza me cerca e a solidão me assola.
Vejo um rastro de escuridão no meu caminho
Não vejo sentido para continuar
Vejo amigos companheiros tombando
Perdendo a dura batalha para a dor
A morte vem se apresentar como a dama do pavor
Não sei se a temo ou se a abomino
Pois me tirou minha alma ainda que não tenha levado minha vida
Seria preferível ter me tirado a vida à tirar-me tudo
Pois o que adianta a vida se é penosa a lida
Não se tem que amar, ou com quem contar.
Ó dama do horror a ti declaro meu doloroso pedido
Leva-me agora para onde os levastes
Para que novamente os ame, Novamente os diga que não posso viver sem eles ao meu lado
Não me obrigues a viver sem ter a companhia dos meus amigos
Que me acompanharam até então.
Eu ouço o seu sussurro
Tua tenebrosa voz me atordoa
Estou indo ao seu encontro
Embora a temendo não a hesitarei...