Palco
Sacudindo o teatro em mim...
Hoje a felicidade me arrastou para o palco da liberdade.
Eu estava de vestido floral, com cores laranja e amarelo.
Levantei a barra do meu vestido e me liberei, me sacudi, rodopiei.
Era tanta a euforia, que ao rodopiar eu não sabia, se era o vestido
que me cobria, ou os colibris da fantasia.
Meu rosto estava suado, minhas bochechas estavam vermelhas...
E o meu corpo? Estava quente e minha alma flutuante.
Tirei o peso das minhas pernas e pés, eles ficaram espertos e ligeiros.
O palco estremecia, mas não caia.
Ainda que caísse, eu ia continuar dançando...
Pois a alegria era tanta, que nada me abalaria.
A preguiça? Mandei embora.
A rotina? Dei férias.
A vergonha? Demiti!
Tomei posse da minha autonomia.
Deixei fluir sem preceito a menina que não se cansa de mim.
Que vive a me rodear, sempre me convidando para bailar.
Que pula, que grita, que ri, que é feliz!
O que leva um ator a se, a se jogar em um palco e, encarar a platéia, frequentemente oferecendo sua vida pessoal? Será que a nossa profissão já não é vulnerável o bastante? Aposto que nessa mesma hora, em algum lugar do mundo, existe um ator ou atriz fazendo exatamente isso: andando na corda bamba, ou expostos diante de um paredão de execução, dançando a beira do vulcão.
Só a vida para nos dar a peça, nos colocar no palco, fazemos a encenação, sem saber o final da nossa própria história, história de ninguém... Fato!
Eu me declaro, grito bem alto, faço de tudo, subo no palco, grito ao mundo que você é a razão do meu viver!!
Nossa vida é um palco onde devemos agir como protagonista de nossa história e não como platéia apenas assistindo a vida passar. ViVa o hoje para que amanhã não se arrependas de não teres vivido intensamente.
A natureza é um palco sangrento,
com muita friesa e sofrimento,
entre a selva no meio da floresta,
talvés você até pode,
fazer alguma prece,
o silêncio do forte,
apenas prevalece
se alimentando dos fracos,
e fazendo a festa,
chacina diaria, e morte violenta,
no qual seus nervosos,
ao presenciar, essa cena,
nem mesmo aguenta,
pois é nesse mundo,
em qual eu vivo,
onde a humanidade,
se auto corrói
engulindo uns aos outros,
para se suprimir,
sem conciência,
ao ponto de até mesmo
de se auto-destruir,
gerando negligência,
aonde a perfeição,
ne nossa nação,
é apenas o grande objetivo,
para ter progresso,
e poder aquisitivo,
o que falta nas pessoas, é apenas o amor,
o remédio gratuito, para amenizar a dor,
que aquece a sua alma, gerando prazer e calor,
no meio dessa triste cena,
com muito rancor.
Uma ópera tonalizada.
Uma história...
Uma década...
Ilustrei um palco...
Deixei colorido como o raio do sol e o verde gramado...
Na orquestra sinfônica....
Debrucei....
Alí...
Sem melancolias...
Uma ópera aconteceu...
Garganta afinada...
Esperei o momento certo...
Único e protagonista do show....
As coxias se escancararam ao público....
Encantei....
As varinhas...
Deslizavam nas cordas dos violinos...
A lua prateando...
Avisava a chegada dos anjos...
Sem suspenses e sem dramas...
Um terror fora da grama...
Mata verde rasteira...
Na fama...
A ópera ecoava...
Sem um pingo de receio...
O gladiador da garganta tonalizada se apresentou...
Sem tristezas...
Sem agruras....
Uma comédia pra se rir...
E o poeta...
Coadjuvante e com o olhar penetrante....
Dramatizou aquele show sem drama...
Suspendeu as amarguras sem suspenses....
E aterrorizou os corações sem terror....
Orcas marinhas ficaram mansas...
As gaivotas faziam parte do espetáculo....
Os albratozes...
Calados ficaram sem as vozes....
Na rota de fuga...
Ele encontrou todas as porteiras...
Tamborins e zabumbas...
Sem tumbas latejavam...
Romaria nos sertões...
Festa do Rei com emoções...
Arranquei risos e lágrimas...
Ditei sem ser ditador...
Cantei sem ser cantor...
Com ódio do inferno...
Fiz até o diabo sentir amor...
Sabia eu...
Quando o universo é do Pai...
E a ele o mundo se ajoelha...
Por que não mandar...
As trevas se afastar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Se o poeta....
Vive de fantasias....
Se tirar seus trages....?
Como seria....?
Nesse palco....
Bem por trás dos bastidores....
Existe um mundo de ilusão...
Os poetas.....
Imaginam um mundo de cores...
Onde as tintas...
Não escolhem suas posições....
Sem os poetas....
E mesma coisa...
Que cortar as asas de uma ave....
Pois esse direito de voar....
É de todos.....
E todos querem sonhar...
A falta de sonhos....
É empobrecimento da alma...
Uma imagem preto e branco...
Os poetas...
Gostam de voar.....
E amam seu mundo colorido...
Somos poetas sim....
Falem....
Chinguem....
Pois o poeta....
Torna a vida de muitos uma festa....
E observem....
Até as orquestras cantam....
Do mar ao sol...
Das estrelas a terra.....
Em noites de lua...
E em plena escuridão....
Levamos emoções....
Em corações apaixonados....
Visitamos olhos secos e marejados.....
E fazemos chorar....
Aquilo que não era lagrima....
Fazemos poesias....
Mesmo tristes...
Só querendo alegrias...
Sobre o amor....
E sobre as vida...
Autor :José Ricardo
Um palco de verdades....
Um palco de mentiras...
Nessa minha vida de poeta....
Vagando pelos mares sem fim....
Ao remar....
Perdi o remo....
Foi que decidi....
Navegar em um veleiro....
E navegando....
Foi que consegui ver além daquilo que eu imaginava.....
Nesse mundo....
Existe muita coisas ocultas....
E outras transparente....
Na Poesia de um Poeta...
Quantas verdades assistidas....
Quantas mentiras ouvidas....
E quantas verdades ocultas....
Em tão poucas coisas escritas....
Nas Poesias da vida....
Muitas são vividas....
Por um Poeta...
E neste amaranhado de poesias.....
Existe um teatro da vida.....
As cenas se desenrolam muitas das vezes.....
Outras são enroladas por trás das cortinas.....
Das que estão escondidas....
Bem por trás da coxia.....
Existe um teatro de mentiras....
Histórias dos amores vividas....
E não vividas....
Tudo é narradas em Poesias....
A uma platéia que deslumbra....
E tudo se presencia....
Após fecharem as cortinas....
Os atores simplesmente.....
Tentam acha-las....
Lá atrás nas coxias.....
As verdades.....
E entre as mentiras ditas.....
De uma peça teatral......
Muitas vezes fenomenal.....
Que se faz com a Poesia....
E neste quebra cabeça da vida das poesias.....
As vezes.....
As peças perdidas....
Procuram em um encaixe de mentiras....
Aí....
Tudo se declara.....
Em apenas uma satisfação ilusória....
Em uma outra peça de teatro....
Onde as fantasias de uma mentira se encaixem em um grande quebra cabeças.....
Que se faça entender.....
Ser verdade esta mentira....
Que desenrola por trás das cortinas.... Cerradas e vividas em um palco teatral...
Onde existem frestas....
Pelas quais.....
Só olhos atrevidos conseguem desvendar...
O que se imaginava escondido....
Então...!
Aos poucos vão se descobrindo....
As verdades....
As máscaras dos atores vão caindo....
Até mesmo as cortinas deste palco ilusório....
E tudo vem ao chão....
Com o peso das mentiras....
Onde se tentou se fazer....
Da realidade de um Poeta....
Uma mentira....
E muitas....
Mentiras destrutivas e vingativas
Onde nessa vivência....
De pura ilusão e enganos
O Poeta que viveu....
E que atuou nesta peça teatral....
Onde se fez presente.....
E pensou ser o ator principal....
E muitas vezes conseguiu....
E ironicamente....
Foi mais que coadjuvante no palco teatral....
Desse mundo de poesia.....
Autor:José Ricardo
Inspirado No poeta de Elisio Matos
Encenação da Desordem
Há gentilezas no ambiente obscuro...
Intenções propositais afloram no
palco da desordem da corrupta nação!
Destituídos
da companhia estão os incrédulos
que não aderem
à crença dos “bravos artistas!”,
Grupos que ficam na plateia são
figurinistas temporais,
muitos, de outrora,
coadjuvantes desses dogmas. Mas... hoje,
nem sabem por que estão aqui,
quando preciso, aplaudem o
cômico nefasto!
- Descrenças a
esses pobres de espíritos! Grita
um louco da plateia.
- Tenhamos
narizes de palhaços! Complementa
a moça do outro lado do teatro.
Enquanto isso a massa contente em
seu próprio lar aguarda ansiosamente
a composição de uma nova
peça no cenário trágico da triste cidade.
Poema para a morte
Num palco de horror venho me apresentar
Onde tristeza me cerca e a solidão me assola.
Vejo um rastro de escuridão no meu caminho
Não vejo sentido para continuar
Vejo amigos companheiros tombando
Perdendo a dura batalha para a dor
A morte vem se apresentar como a dama do pavor
Não sei se a temo ou se a abomino
Pois me tirou minha alma ainda que não tenha levado minha vida
Seria preferível ter me tirado a vida à tirar-me tudo
Pois o que adianta a vida se é penosa a lida
Não se tem que amar, ou com quem contar.
Ó dama do horror a ti declaro meu doloroso pedido
Leva-me agora para onde os levastes
Para que novamente os ame, Novamente os diga que não posso viver sem eles ao meu lado
Não me obrigues a viver sem ter a companhia dos meus amigos
Que me acompanharam até então.
Eu ouço o seu sussurro
Tua tenebrosa voz me atordoa
Estou indo ao seu encontro
Embora a temendo não a hesitarei...
Batalhamos para encontrar um palco que nos faça sorrir a cada cena real da vida, mas, encontramos entre o público que nos acompanha nesta jornada existencial, alguns elementos que nos querem destruir, mesmo que não haja motivo aparente.
Todo projeto deverá ser um palco para aprendizados, senão ele servirá apenas como um desperdício de tempo.
As redes sociais são, por vezes, palco para uma farsa de farsantes convencidos de que precisam provar o que não são.
ASSINATURA FALSA
No palco da vida papeis são representados, vários jogos são lançados
Muitos acreditam que o melhor jogo é o das falsas aparências, parecer bem-sucedido, feliz e afortunado, mesmo que seja uma realidade criada de uma mente disfarçada de grandeza ou decência.
Desse jogo nasce a mentira, a falsidade e a intriga.
Vários personagens são vivenciados e identificados no cotidiano, meio a tudo isso,
Cabe a reflexão qual o personagem estamos interpretando, e a coragem real de desativar o que nos afasta da natureza real e única que somos.