Palavra Sábia

Um dos grandes segredos da sabedoria económica é saber aquilo que se não sabe.

Nenhuma opinião, verdadeira ou falsa, mas contrária à opinião dominante e geral, estabeleceu-se no mundo instantaneamente e com base numa demonstração lúcida e palpável, mas à força de repetições e, portanto, de hábito.

Quanto mais se vive, menos se sabe por que se vive.

Toda a sabedoria consiste em desconfiar dos nossos sentidos e das nossas paixões.

Sabe-se que o verdadeiro gênio consiste em fornecer, uma vintena de anos mais tarde, ideias aos cretinos.

Mudai um homem de classe, condição e circunstâncias, vós o vereis mudar imediatamente de opiniões e de costumes.

As opiniões comuns passam sem exame. Na maioria das vezes não as admitiríamos se lhes prestássemos atenção.

Quem sabe escrever aforismos não deveria dispersar-se em ensaios.

É fácil avaliar o juízo ou a capacidade de qualquer homem quando se sabe o que ele mais ambiciona.

Muitas vezes tenho uma opinião quando estou deitado e outra quando estou de pé.

As boas opiniões não têm valor. Depende de quem as tem.

O saber não é o absoluto, mas é absoluto como saber.

A opinião pública é sujeita à moda, e tem ordinariamente a mesma consistência e duração que as modas.

Quando não se sabe entreter-se e divertir-se a si mesmo, quer-se entreter e divertir os outros.

Porquê dar conhecimento das nossas opiniões? Amanhã, podemos ter outras.

Nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude.

A sabedoria é sintética; ela expressa-se por máximas, sentenças e aforismos.

Os poderosos devem saber que à sombra deles cresce inevitavelmente, mais perigoso que a inveja, o ressentimento daqueles mesmos que vivem dos seus favores.

Não há coisa tão fácil como dar conselho, nem mais difícil do que sabê-lo dar.

Saber que se sabe o que se sabe e que não se sabe o que não se sabe: eis a sabedoria.