Palavra Sábia
Educação não é o quanto você tem guardado na memória, nem mesmo o quanto você sabe. É ser capaz de diferenciar entre o que você sabe e o que você não sabe.
Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.
Nenhum de nós sabe o que existe e o que não existe. Vivemos de palavras. Vamos até à cova com palavras. Submetem-nos, subjugam-nos. Pesam toneladas, têm a espessura de montanhas. São as palavras que nos contêm, são as palavras que nos conduzem. Mas há momentos em que cada um redobra de proporções, há momentos em que a vida se me afigura iluminada por outra claridade. Há momentos em que cada um grita: - Eu não vivi! eu não vivi! eu não vivi! - Há momentos em que deparamos com outra figura maior, que nos mete medo. A vida é só isto?
A sabedoria é a forma mais dura e mais condensada do ardor, a parcela de ouro nascida do fogo e não da cinza.
A inexperiência é o que permite a um jovem fazer aquilo que um homem mais velho sabe que é impossível.
A ciência tira a sabedoria das pessoas e costuma convertê-las em fantasmas carregados de conhecimentos.
Há opiniões que nascem e morrem como as folhas das árvores, outras, porém, que têm a duração dos mármores e do mundo.
Que importa que já o saibas? Só se sabe o que já nos não surpreende.
O homem que sabe ler fala com os ausentes e mantém vivos os que já morreram. Comunica-se com o universo - não conhece o tédio - viaja - ilude-se. Mas quem lê e não sabe escrever é mudo.
Professores de grego são pessoas privilegiadas: poucos deles sabem grego e, os que sabem, não sabem mais nada.
Existem três coroas: a coroa da sabedoria, a coroa do sacerdócio e a coroa da realeza. Mas a coroa de uma boa reputação excede todas essas.
Na minha opinião, escrever e comunicar significa ser capaz de fazer qualquer pessoa acreditar em qualquer coisa.