Palavra Pedra
Gratidão um ato de nobreza!
Gratidão não é tão somente uma palavra dirigida à Deus; isso é fácil...e os falsos fazem amiúde, mais por ostentação que por sentimento.
Gratidão é um sentimento de uma alma brilhante, a qual, sabe reconhecer a grandeza de uma outra alma brilhante, que num momento de necessidade pode e ajudou àquele irmão naquele instante difícil de sua vida.
Gratidão é um ato de grandeza.
É o nunca esquecer daquele que lhe estendeu a mão enquanto tantos lhe negaram.
Haredita Angel - 24.07.2014
"Hoje, os casais amam
e desamam tão fácil,
isso não é amor,
é banalização
da palavra amor"
Haredita Angel
22.10.2012
"Ela é a flor,
Ela é a poesia,
Ela é a palavra amor elevada
ao cubo do infinito mais
mil vezes à eternidade"
Haredita Angel
18.07.23
"Parece-me, que atualmente, a palavra 'amor', vive nas prateleiras das promoções".
☆Haredita Angel
21.05.18
Um sorriso que desliza pela noite,
Uma boca que provoca sem dizer uma palavra,
E um desejo que se esconde no silêncio
Sem saber se era acaso ou feitiço,
Se era um instante roubado,
Ou uma promessa velada na curva dos teus lábios
Algumas pintas dispersas,
Pequenos segredos sobre a pele,
Traçando um caminho que só se revela
A quem ousar decifrar
As covinhas que dançam no teu sorriso
São peças de um quebra-cabeça invisível,
Onde cada troca é uma pista,
E cada texto, uma resposta
Sigo entre palavras e olhares,
Navegando por mistérios e desejos,
Instigada, por saber onde esse enigma me levará
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O beijo é a expressão silenciosa da palavra não falada, e mesmo assim dita, pela mesma via. Seja de amor, afeto, paixão, falsidade, a voz do beijo é de fácil tradução.
PEQUENO POEMA FALASTRÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se a palavra singela é tão bonita,
por que tanto aparato e tanta tinta;
porque trinta palavras que só dizem
o que uma nos basta pra dizer?
Quando a boca sussurra expõe a entranha;
quando grita só mostra o meu pulmão;
o teor do sermão vem quase sempre
numa frase; nas pausas; no silêncio...
Como vou externar este poema
viciado em falar o que não diz,
que me falo que fiz mas veio pronto?
A palavra qualquer que não expus
entre as tantas que aqui se digladiam,
é a cruz de punir o meu excesso...
O QUE SERÁ
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sendo amor não se guarde nem preserve
a palavra, o calor do sentimento,
faça o vento soprar nos meus ouvidos
o teor do que ferve no seu todo...
Pode ser que não ache o mesmo sonho,
meu amor não comungue o seu contexto,
mas o texto é mais forte que os olhares;
é a voz que desata qualquer nó...
Saberemos de nós ao nos dizermos
e virá tão somente o que viria;
sendo amor não espere uma certeza...
Sangre o dom, a magia de saber,
desnovele o prazer de sim ou não
que liberta e desvenda o que será...
DA PALAVRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sempre fiz da palavra o meu porto seguro,
minha arca, meus bichos, terra prometida,
no dilúvio das mágoas, paixões e saudades;
minha dor preferida; tristeza feliz...
Navegar nas palavras me aporta no sonho,
me distrai de morrer, me prolonga e põe asas,
faz do mundo este aquário dos olhos de crer
nas pessoas; no tempo; no dom de seguir...
Ser o deus da palavra do céu que desenho,
ter amor ao que tenho e poder decantar,
possuir as não posses da vida comum...
E poder reciclar esse nada em meu ser,
é meu show pra mim mesmo nesta solidão;
a palavra me salva de não ser quem sou...
PALAVRA FÉRTIL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Fala branda e pausada chega e pousa;
logo adentra os ouvidos desarmados;
ousa mais, vai mais fundo e se aconchega
onde o chão dos sentidos é mais fértil...
Grito, não; grito é fala de festim;
chega e sai sem cumprir o bom papel;
rouba o sim, mas o sim é negativo;
é artigo ilegítimo e não dura...
Os arroubos nos tiram de quem somos,
nossos pomos forjados apodrecem
sobre galhos doentes; ressequidos...
A palavra que chove de mansinho,
tece ninho; põe ovos; dá ninhada;
tem raiz; alicerce; consistência...
ALÉM DO AMOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Entendi seu adeus e não condeno
a palavra escondida em eufemismos;
mais pra frente, outro dia, qualquer hora;
um agora esticado pra depois...
Nem julguei que faltasse o sentimento,
que nevasse no chão do seu afeto,
fosse terra e cimento sobre a história
de vivências tão fortes e profundas...
Reconheço a distância das verdades
entre nossas quimeras, nossos sonhos,
nosso dom de saudades infinitas...
É por isso que aceito seu adeus
em silêncio, segredo que desvendo,
pois entendo as razões além do amor...
A PALAVRA PALAVRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A grande crise do tempo que atravessamos é de palavra. Em todos os grupos, clãs e camadas sociais a palavra é um artigo banalizado, e por isso, em franca extinção de sentido. Se temos o hábito de apontar os políticos como os únicos não cumpridores da palavra, chegamos ao ponto em que tal afirmação é injusta, pois eles fizeram escola. Todos nós aprendemos a não cumprir compromissos, promessas, juras e acordos... palavra dada, gravada ou escrita. Nem mesmo assinada e com firma reconhecida. Tudo isto, sem falar dos que jogam conversa fora; prometem o que não podem cumprir... arrotam.
Como se vê, não falo apenas dos contextos mais arrojados e grandiosos da palavra, mas também do dia a dia. Os momentos; nuances; detalhes. O “dia desses”, o “qualquer hora”, o “daqui a pouco” e o “peraí”. A palavrinha sem importância para quem dá, mas de grandes expectativas para quem recebe, muitas vezes sem pedir ou fazer cobranças, mas que a partir daí estabelece uma expectativa que pode ser danosa. Com o fenômeno da falência da palavra, o ser humano se descompôs em mentiras, fraudes, dissimulações, apropriações e posses do que não lhe pertence por natureza, direito nem ética.
Ela, que um dia valeu e se bastou por meio de gestos simbólicos e códigos naturais ou instintivos de honra, hoje não tem qualquer valor, mesmo com todos os aparatos de garantia do seu cumprimento. Estamos no tempo em que urge reformularmos os nossos valores e conceitos, pelo bem do próprio mundo, para devolvermos aos cofres arrombados do caráter humano aquele sentido pleno e verdadeiro da palavra palavra.
AMOR E MEDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meço a voz, a palavra, os olhares que fluo,
tenho todo o cuidado pra não te afastar,
meio vou mas recuo de minha investida,
volto e volto a voltar, é meu quase constante...
Sonho tanto acordado quanto quando sonho,
depois durmo pro sono que tento dormir,
pois não sei se me ponho, me tiro do ar
que respiras e prendes em minha presença...
Caio em mim onde sobro na tua verdade,
logo tenho saudade, me chamo e respondo
para dar o que tenho aos temores de sempre...
Sei que sabes que sei que sabes o que sinto,
mas exponho e desminto, porque sinto muito
por mostrares tão pouco do que sou pra ti...
A PALAVRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Semear a brandura nos devolve a paz,
pois desarma inimigos de agora e de após,
pela força do afeto; a magia capaz
de calar um conflito no timbre da voz...
Quando soa sincera, desamarra os nós
ou desperta o bom senso que no peito jaz;
põe as forças opostas em poder dos prós
e convence o passado a ficar para trás...
O rancor não resiste à palavra serena,
que pondera e revela quanto vale a pena
ter firmeza e coragem sem perder doçura...
Moram grandes poderes nas cordas vocais;
mar aberto, naufrágio, mas também o cais;
tem palavra que mata e palavra que cura...
OLHOS EXTRA-MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Quero crer na palavra e ter sono sereno;
dar a mão e selar meus acordos de gente,
assinar com sorrisos, com olhos nos olhos
onde a lente não cace letrinhas miúdas...
Com que mundo namoro não sei me dizer,
mas preciso encontrar esse ponto no tempo,
conhecer as pessoas pelo seu silêncio
que discursa e dispensa discursos orais...
Meu olhar extra-mundo quer saber se há
ser humano entre humanos que vejo em redor,
entre a dor de quem sou que já não sei quem é...
Sonho crer em mim mesmo e resgatar meu eu,
sou meu réu predileto e me condeno a ver
que viver é caminho pelos desencontros...
PALAVRA TEMPORÃ
Demétrio Sena - Magé
A palavra persiste na minha corrente
afetiva, sanguínea, pulsante no ser;
na vertente medrosa que requer coragem
pra vencer o vazio das futilidades...
Minha letra desliza da mesma caneta
que nem tinha presságio do computador;
meu planeta secreto continua em mim
e me sinto condor sobre a dor de viver...
Trago a minha palavra e solto vento afora;
ela chora, sorri, mas nunca se renega,
prega meu ateísmo com fome de amor...
Um poeta na era de puro já era
é a fera do campo indefesa no asfalto,
mas não falto à palavra; semeio poesia...
... ... ...
#respeiteautorias Isso é lei
Não cabe a palavra Amor no que já se tornou banal e cotidiano. Amor é descoberta, vivência, sede de novos e imensos horizontes. Simplesmente não dá para prender o Amor em um vidro de conserva.
A palavra de ordem é esperança, pois de expectativa e decepção o dicionário do dia a dia já se fartou.