Palavra Pedra

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Toda esta tagarelice dos homens não constitui uma verdadeira palavra, suporto-a para poder gozar o silêncio que passa através dela.

Que verdades conhecia o morto?
Quem estrangulou
sua palavra?

O homem de palavra é aquele que menos fala.

Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.

Todas as virtudes são coragem; eis porque a palavra covarde é a mais grave das injúrias.

O acaso é uma palavra inventada pela ignorância.

Os que têm o dom da palavra e são oradores, têm em mão um grande instrumento de charlatanismo: felizes se não abusam dele.

A palavra foi dada ao comum dos mortais para comunicar os seus pensamentos e aos sábios para os disfarçar.

Dinheiro! Como é que esta palavra prosaica exprime quase todo o talento.

– Você acha que é sensato confiar a Hagrid uma tarefa importante como esta?
– Eu confiaria a Hagrid minha vida – respondeu Dumbledore.

Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura é uma dessas coisas.

– Você é um bruxo Harry.
– Eu, eu sou o quê?
– Um bruxo, e vai ser um bruxo de primeira se tiver treinado um pouco.
– Não, o senhor se enganou. Sabe, eu não posso ser um, um bruxo. Eu, sou o Harry, só Harry.

Dizem que existem 4 coisas que não se recuperam:
A pedra, depois de atirada;
A palavra, depois de proferida;
A ocasião, depois de perdida;
O tempo, depois de passado.
Por isso viva com a intenção de ser feliz mesmo que as ocasiões da vida digam totalmente ao contrario.
Ame sem medo de perder;
Sorria sem medo de parecer sem graça;
Peça perdão mesmo quando for a coisa mais dificil a ser dita.
Porque por mais simples que seja para alguns, ou complicado para outros,essa pode ser uma verdadeira lição de como aprender a ser feliz.

Há quatro coisas que não voltam atrás:
a pedra, depois de solta da mão;
a palavra, depois de proferida;
a ocasião, depois de perdida;
e o tempo, depois de passado.

Orazio Riminaldo
Destierro de ignorancia, 1796.

Nota: Trecho do livro "Destierro de ignorancia".

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Baby, meu mapa de pirata
Tem um "X" em você
Que é meu tesouro

Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quantas mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos.

Clarice Lispector
Borelli, Olga. Clarice Lispector: esboço para um possível retrato. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
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Gentileza

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no umbral de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis.

Winston Churchill

Nota: Autoria não confirmada.

A palavra que vem do pensamento sem saudade
não ter contentamento
ser simples como o grão de poesia
e íntimo como a melancolia

Que a palavra parede não seja símbolo
de obstáculos à liberdade
nem de desejos reprimidos
nem de proibições na infância
etc. (essas coisas que acham os
reveladores de arcanos mentais)
Não.
Parede que me seduz é de tijolo, adobe
preposto ao abdômen de uma casa.
Eu tenho um gosto rasteiro de
ir por reentrâncias
baixar em rachaduras de paredes
por frinchas, por gretas - com lascívia de hera.
Sobre o tijolo ser um lábio cego.
Tal um verme que iluminasse.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.