Palavra Amiga

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Como posso chamá-la de amiga se o que eu sinto por você é bem mais q amizade? Como posso lhe pedir ajuda, se você é o problema? Como posso segurar sua mão se no menor contato com sua pele a minha gela de paixão?

Ela é nossa amiga e ela é louca!

Amiga, você tem um namorado que te leve ao cinema? Tem um amor pra vida toda? Tem a certeza do “para sempre”? Então, nem eu mas eu tenho vodka, o que é quase a mesma coisa.

Amiga como você eu nunca vou esquecer, porque o lugar desse tipo de amiga é no coração, e tudo que está no coração para mim é eterno, inesquecível!

Aproveitando que hoje é o Dia das Bruxas, quero mandar um beijo carinhoso pra minha amiga falsa, e desejar do fundo do meu coração que ela morra engasgada com o próprio veneno.

Triste mesmo é quando você percebe que a saudade é sua melhor amiga, a solidão sua nova paixão e a lembrança a pior inimiga.

Nem me conhece direito e fala mal de mim. Seu sonho de consumo é ser minha amiga, mas como eu sou movida a exigências de caráter, você ficou de fora da minha lista, então vai, continua desdenhando.

Melhor amiga é aquela que está sempre lá, mas que também se cairmos ela cai conosco.

Eu tenho que ser minha amiga, senão não aguento a solidão.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Eu sei que eu não sou a tua melhor amiga, mas saiba que eu vou tentar ser sempre, melhor em tudo pra você. Talvez, eu não seja a mais especial, mas a cada dia que eu passo ao teu lado, é como se você se tornasse bem mais que especial pra mim. Eu sei, eu sei que eu posso não ter as melhores palavras, aquelas que vão te fazer pensar e que você vai se sentir bem no exato momento, mas eu daria a minha vida pra não te ver chorar. Eu sei que você tem muita, muita gente que ao seu lado e que são poucos os que você realmente confia. Eu sei que o mundo é difícil e as pessoas são falsas, que todo mundo tem problemas e angustias. Mas eu sei que também existe o sorriso e o amor. E você tem que saber que mesmo com tantos porém, eu nunca vou abandonar você.

eu te amo.

A sua falsidade me mostrou que com certeza você nunca foi uma amiga verdadeira.

Querida amiga falsa, queria te dizer que sem você eu não seria a mesma. Obrigada pela propaganda que faz de mim pelas minhas costas. É um prazer surpreender cada pessoa que se aproxima pensando que sou uma, e depois descobre outra, totalmente diferente. Obrigada por me odiar tanto assim, despertar o ódio em uma pessoa tão falsa como você, pra mim é um prêmio, é a prova de que estou fazendo tudo certo. Eu te amo e, por favor, prometa que nunca deixará de me odiar. Beijos.

Me dê as flores em vida; o carinho, a mão amiga, para aliviar meus ais. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais.

Amiga, te amo muito! Você é muito especial pra mim, nunca esqueça os bons e maus momentos que passamos juntos! Mesmo longe de você, ainda sinto seu cheiro, ainda me lembro dos seus gritos, das nossas brigas, enfim lembro-me de tudo o que passamos juntos! Saiba que te considero como uma irmã, nosso amor é realmente fraterno! Por isso, minha amiga, nunca esqueça o quanto eu amo você!

(Dedico esse para minha amiga Mary.)

E mesmo que em uma fase a sua melhor amiga esteja um pouco distante, o amor, a confiança e intimidade tornam essa distância menor.

Hoje em dia não adianta alguém fingir que é minha amiga,porque eu observo,eu vejo,eu sinto,creio que já sou bem vivida,para saber quem é verdadeira comigo,eu também sei fingir que sou boba e que acredito,porque não quero intrigas com ninguém.

O anel que tu me deste
Aconteceu em 2005. Eu estava almoçando com uma amiga na cidade onde ela mora, fora do Brasil. Era a segunda vez que nos víamos. Os contatos anteriores haviam sido sempre por e-mail, nos quais tratávamos de assuntos profissionais. De repente, olhei para sua mão e fiz um elogio ao anel lindíssimo que ela usava. Ato contínuo, ela retirou o anel e me deu. "É seu." Fiquei superconstrangida, não era essa minha intenção, queria apenas elogiar, mas ela me convenceu a ficar com ele, dizendo que ela mesma fazia aqueles anéis e que poderia fazer outro igualzinho. De fato, fez. Acabaram virando nossas "alianças": desde então nossa amizade só cresceu.

Meses atrás, Marilia Gabriela entrevistou Ivete Sangalo em seu programa no GNT quando aconteceu uma cena idêntica. Ela elogiou o anel da cantora e esta, na mesma hora, tirou-o do dedo e deu de presente a Gabi, que ficou envergonhada, não estava ali para ganhar presentes e sim para trabalhar. Mas tanto Ivete insistiu, e com tanto carinho, que recusar seria deselegância, e lá se foi o anel da morena para a mão da loira.

Nesta era de acúmulo, egoísmo e posse, gestos de desapego são raros e transformam um dia banal em um dia especial. Não é comum alguém retirar do próprio corpo algo que deve gostar muito - ou não estaria usando - e dar de presente, numa reação espontânea de afeto. Pessoas assim fazem isso por nada, aparentemente, mas, na verdade, fazem por tudo. Por gostarem realmente da pessoa com quem estão. Por generosidade. Para exercitarem seu senso de oportunidade. Pelo prazer de surpreender. Por saberem que certas atitudes falam mais do que palavras. E por terem a exata noção de que um anel, ou qualquer outro bem material, pode ser substituído, mas um momento de extasiar um amigo é coisa que não vale perder.
Estou falando desse assunto não porque eu também seja uma desprendida. Bem pelo contrário. Já me desfiz de muita coisa, mas me desfaço com planejamento, pensando antes. Assim, de supetão, por impulso, raramente. Meu único mérito é reconhecer a grandeza alheia, coisa que também está em desuso, pois sei de muita gente que, ao ver gestos como o de Ivete e o da minha amiga, diria apenas: que trouxas.

Devo estar me transformando numa sentimentalóide, mas o fato é que acredito que esses pequenos instantes de delicadeza merecem um holofote, já que andamos todos muito rudes e autofocados. Desfazer-se dos seus bens para fazer o bem é uma coisa meio franciscana, mas não se pode negar que um pouco de desapego torna qualquer relação mais fácil. E não falo só de bens materiais. Desapego das mágoas, desapego da inveja, desapego das próprias verdades para ouvir atentamente a dos outros. Não seria um mundo melhor?

Bom, o anel que minha amiga me deu seguirá no meu dedo, nem adianta vir elogiá-lo pra ver se o truque funciona. Faz parte da minha história pessoal. Mas posso me desprender de outras coisas das quais gosto, basta que eu saiba que serão mais bem aproveitadas por outras pessoas. É com esse espírito de compartilhamento que encerro essa crônica desejando a todos os leitores um Natal com muitos presentes - mas no sentido de presença. Que na sua lista de chamada afetiva estejam todos ao seu lado, brindando o que lhes for mais importante: seja o nascimento de Jesus, ou a reunião familiar, ou apenas mais uma noite festiva de dezembro, ou um momento de paz entre tanto espanto, ou simplesmente a sensação de que uma inesperada gentileza pode ser o melhor pacotinho embaixo da nossa árvore.

Me deixa cuidar de você... Te proteger, ser sua amiga, sua companheira... Me deixa ficar do seu lado quando você mais precisar, quando você não precisar e mesmo quando você não quiser ninguém do seu lado.
Me deixa fazer parte de você, dos seus desejos e de seus planos. Me deixa sonhar com você e fazer você sonhar comigo. Deixa eu fazer você virar minha realidade e te fazer feliz. Te livrar da dor e da lembrança de quem te magoou. Deixa eu te transbordar, deixa eu ser sua... Por todas as vidas.

Ser ingrato é ser pequeno ... é não reconhecer a mão amiga que um dia apoiou e, pior, é virar as costas para essa mesma mão quando de sua ajuda necessita. Pessoas ingratas são mesquinhas, egoístas e falíveis ... sim, falíveis, pois acham que estão prontas, quando na verdade são apenas minúsculos embriões.

Tenho uma amiga que diante das circunstâncias mais difíceis costuma afirmar: “E isto também passará!” Pura verdade. Tudo passa. Nada permanece inalterado. Nada permanece o tempo todo, do mesmo modo, no mesmo lugar. Inclusive aquilo que gostaríamos que não passasse nunca. Aprendi, embora tantas vezes esqueça e as circunstâncias me convidem a relembrar, que a ordem natural das coisas é a fluência, o movimento. O fechamento de um ciclo e a inauguração de outro.