Paixão e Saudade
Ouvi dizer que seus pais iriam se mudar e que pra muito longe seria.
Não quero parecer fraco, mas não sei se conseguiria.
Viver sem ti, sem teu sorriso, sem teu olhar, viver sem tudo.
Se acaso fores, sei que pra te encontrar, daria a volta ao mundo.
Crescemos juntos, na mesma rua, no mesmo balanço, no parquinho que tinha na praça.
Difícil de aceitar, mas como dizia o ditado, "tudo na vida passa".
O tempo foi passando, e logo fora chegando o dia da mudança.
E eu me tranquei no quarto, chorando, soluçando feito criança.
Estava perdendo a garota, com quem aprendi a ser quem sou.
Me sentindo derrotado, derrotado como quem nem sequer tentou.
Não tinha mais jeito, ela de Leão e eu sou de Áries.
Eu sempre no meu mundo, e ela sempre a procura de novos ares.
Escondi dela e de todos, toda a falta que ela me faria.
Mas quando vi o carro de seus pais indo embora, percebi que jamais voltaria.
Eu perdido, novamente desabei em lágrimas.
Gotas que hoje sobre o que escrevo, enrugam-me todas as páginas.
Cada vez que sonho, ainda vejo o sorriso dela.
Ainda acordo todos os dias, e olho pela fenda da janela.
Dai eu paro e penso:
- Ah que saudade dela.
Não espero que um dia ela leia todos os poemas que escrevi pensando nela.
Mas só quero que ela volte e eu continuarei na janela.
Aquela.
Esperando a mais bela.
Menina, tu sabe.
Que a vida é difícil.
Mas pra viver esse amor, por você eu faço um sacrifício.
Eu me guardo em livros e me tranco no quarto.
Dia desses eu acordo, e de tédio eu me mato.
Me encontro escrevendo aquele que talvez seja o último poema.
O borrão causado pelas lágrimas a essa altura já não é problema.
Te amei, ainda amo, esse sentimento é tão forte.
Mas como eu sou fraco, não resisti e preferi a morte.
Me entenda, menina, não rasgue este papel.
Atrás dele dizia: "Amor, te encontro no céu".
Atriz - Jhoon Alexo
Olhos que gritam
Na boca, silêncio
Seu corpo
Refúgio
O absoluto sentimento
Do não sentir
Do não querer
Do querer
Ter
De seus beijos
Escapar não tento
Não tê-los
Em minh'alma tormento
Atriz
Em meus braços
Diretriz
Nos fins de tarde, flor-de-lis
Saudades
Minha pele em contato com a sua
Será que me queres bem?
Ou apenas nessa cena atua?
Adoro namorar mulheres que moram em outras cidades.
Descobri que sou apaixonado, mesmo, é por saudade.
Então ela me levou no ponto mais alto da cidade,
onde a vista era magnífica,
mas eu só tinha olhos para ela.
Nós nos abraçamos, nos beijamos,
sentimos um ao outro...
Ela olhou nos meus olhos
e lembrou que não podia ficar comigo,
fez-me prometer que eu entenderia isso.
Combinamos que seria sem expectativas.
Mas não combinamos que seria sem saudade...
E se for...
Se for pra doer
Que cure
Se for pra chorar
Que sorria
Se for pra ser longe
Que aproxime
Se for pra brigar
Que reconcilie
Se for pra ser eu
Que seja nós
Se for pra ir
Que venha
Se for atrasado
Que seja cedo
Se for rico
Que seja simples
Se for paixão
Que seja amor
E se for amor
Que seja...
Eu sou o meado da fumaça de um amor, do qual a chama enfraqueceu. E tu és as cinzas, que ali, esmigalhadas, voam com a brisa e de repente somem, esquecendo-se do que um dia significaram. Eu sou a metade da pétala de uma flor de plástico, tu és a raiz.
Teu amor não morre como tu morres, um hoje e um amanhã. Ele morre se acabando de exausturia, de mãos abertas. Ele morre de perda, de falta. E tu, Helena, morres de desgosto, da simulação do abandono, porque pensas que eu te esqueci.
Seu amor
Ela entrou pelos meus olhos...
Ganhou minha alma de menino,
Levou cativo o meu coração de guri,
Fez-me prisioneiro do seu amor.
Não me amou...não me tocou...
Mas me deixou o seu amor.
E como veio se foi...
Só não levou o meu amor.
E onde andas, ou onde se encontra,
Está também o meu coração.
Deixou para mim seu desamor
Que hoje é parte da minha dor.
Edney Valentim Araújo
Primeira vez
Como sonhei...
Algum dia isso iria acontecer.
E então,
Carinhosamente afaguei teus cabelos pela primeira vez...
E suavemente,
Discorri as mãos sobre tua face meiga e delicada.
Com a ponta dos dedos
Percorri lentamente os contornos dos teus lábios,
E fintei os meus olhos na exuberância da beleza de tua boca mui desejável,
Enquanto sentia a tua respiração lenta e ofegante em minhas mãos.
Fechei meus olhos e abri meu coração...
Lentamente, aproximei minha face junto a tua face
E toquei os teus lábios deleitosos com os meus,
Enquanto sentia o fogo ardente da paixão percorrendo todo o meu corpo em arrepio.
E nos meus sonhos,
Beijei os teus lábios pela primeira vez.
Edney Valentim Araújo
Eu
Eu nunca me esqueci de você.
Todos os meus dias eu espero por você em nossas vidas.
Eu me imagino tocando suavemente os contornos do teu rosto.
Eu sonho afagar teus cabelos, e com eles, fazer cachinhos nas pontas dos dedos.
Eu me vejo em teus braços sussurrando juras de amor ao teu ouvido,
Dizendo o que sinto... o quanto a desejo...como te amo.
Eu tento adivinhar o sabor dos teus beijos,
O quão bom seria tocar os teus lábios com os meus.
Eu sonho caminhar contigo sob a luz do luar na companhia das estrelas.
Eu nos vejo andando sem destino por aí,
Seguindo para onde o amor quiser nos levar,
E sem nenhuma pretensão, olhando as vitrines como um casal apaixonado,
Eu me imagino lhe falando coisas sem sentido ardendo na febre do fogo dessa paixão.
Eu me vejo totalmente entregue aos teus caprichos e aos teus carinhos.
Eu me imagino aliançado a você,
Unidos de alma e coração por todos os dias de nossas vidas.
Eu só tenho olhos para você...
Eu só penso em você...
Eu sinto que pertenço a você.
Eu queria, e já tentei, mas não consigo deixar te amar.
Edney Valentim Araújo
Venha viajar...!!!
(Nilo Ribeiro)
Venha, me dê a mão...!!!
entre nesta poesia,
vou mexer com tua emoção,
te levarei a ummundo de magia
sim, mulher,
é um convite,
faça como que quiser,
mas venha, não hesite
um mundo fantástico,
onde não existe dor,
um mundo mágico,
preparado para o amor
um mundo de toque,
um mundo de devaneio,
que o abraço provoque,
acariciar o teu seio
mundo de mulher e homem,
mundo de poeta e diva,
onde o personagem tem nome,
onde você é minha vida
um mundo de amor,
um mundo sem regra,
um mundo sem dor,
um mundo de entrega
um mundo de vontade,
um mundo de desejo,
um mundo sem maldade,
um mundo sem segredo
venha para meu mundo,
onde tudo pode acontecer,
a dama amar o vagabundo,
o amor nunca morrer
um mundo de vida,
um mundo de carinho,
o poeta te convida,
a seguir este caminho
um mundo de prazer,
um mundo de paixão,
eu irei te proteger,
serei teu guardião
venha agora comigo,
nesta viagem encantada,
a deusa terá teu abrigo,
pelo poetaserá cultuada...
As vezes,
a ansiedade me
pega de jeito,
me leva pro
famoso
fundo do poço,
levo as minhas malas
e por lá passo
as minhas ferias,
mas não, não do bom sentido.
Eu não consigo fazer
nada,
e por vezes
nem sequer me levantar.
A ansiedade
faz um cubo ao meu redor
é esse cubo e apertado,
me aperta
e sufoca,
e eu não consigo
fazer até as
coisas mais simples, e
se eu tento sair,
na minha mente:
o cubo é de vidro
é eu vou me
cortar,
machucar,
mas eu sei
que não é,
mas simplesmente
não consigo.
E essas férias podem durar:
uma hora;
um dia;
ou um ano.
E todas as vezes que
eu guardo as minhas
malas
logo, logo
tenho
que refazer-las.
E esse ciclo
se repete
várias, várias e várias
vezes,
um ciclo vicioso,
e sem um fim.
ROGO-LHE UMA PRAGA!
Permita-me! Rogo-lhe um praga: Você nunca será capaz de me esquecer!
Toda vez que se deparar com uma curva mais fechada na estrada… Lembrará, inelutavelmente, de que quando eu me calava, era enjoo que eu sentia.
Toda vez que sorver o aroma de um incenso… Lembrará, infalivelmente, que eu sempre perfumava a nossa convivência conflagrando algum bálsamo especial.
Toda vez que observar os fogos de artifício colorirem o céu nas noites de Réveillon… Lembrará, irrevogavelmente, que era ao meu lado que você estava na Princesinha do Mar.
Toda vez que você se arrumar para sair… Lembrará, obrigatoriamente, daquele perfume forte e adocicado que você aspergia e brandia as minhas entranhas.
Toda vez que deparar pelas ruas com alguma beldade de cabelos afogueados… Lembrará, inevitavelmente, da sua pequena raposinha camaleoa.
Toda vez que, derramado em seu coxim, assistir ao seu time favorito na TV… Lembrará, necessariamente, das vezes que estive ali ocupando sonolenta o espaço em seu colo.
Toda vez que o seu corpo for balouçado enquanto alguma música dançante tocar… Lembrará, fatalmente, que foi enlaçado em mim que você aletradou os seus primeiros passos.
Toda vez que assistir a um filme no cinema… Lembrará, absolutamente, das nossas inteligentes sessões comentadas rodeadas de comida oriental.
Todas as vezes que se deparar com uma palavra nova em outro idioma… Lembrará, irreparavelmente, da minha nada melodiosa voz cantarejando um trecho de alguma música com aquele vocábulo.
Toda vez que observar uma tatuagem colorida, se destacando em alguma derme… Lembrará, decisivamente, da lenda do Navio Fantasma, que eu te contei para eu poder fazer só mais duas.
Toda vez que estiver na cama, pronto para dormir… Lembrará, irremediavelmente, de que eu gostava de “boas noites” com flores, corações e pronomes possessivos.
Toda vez que você abrir as suas gavetas e procurar alguma roupa… Lembrará, invencivelmente, do quanto eu me deliciava com o furto e o conforto de dormir sorrateira com alguma de suas regatas.
Toda vez que retornar arranhado de uma nova ou frequente peripécia… Lembrará, irremissivelmente, que sempre oferecia os meus beijos, carinhos e chás para debelar os seus machucados.
Toda vez que sacudir a coqueteleira, misturando as frutas, o gelo e o rum… Lembrará, forçosamente, daquela única noite que, eu até evitei a vodca, mas acabei me afogando no último copo de uísque.
Toda vez que o aroma do café forte coado invadir a sua vivenda… Lembrará, implacavelmente, que nenhum prolapso me privaria de amanhecer assim.
Toda vez que perceber alguma dama com a boca, os saltos e as unhas escarlates… Lembrará, inexoravelmente, que foi de carmim que eu me pintei para o nosso primeiro encontro.
E se por fim e por ventura… Requerer uma oração que te livre dessa jura… Substituído precisará ser o seu coração, para que, enfim, se desfaça essa sua bendição.
Amem!
Em mim existe um tanto de ti, que não tem como medir. A cada verso do poema, existe um pouco de ti, mesmo que ninguém saiba, entenda ou perceba. Você está ali, sempre estará, seja em uma foto, em uma mensagem, em um pensamento. Acabo de ver que isso não é um amor cego como estamos acostumados a ouvir, ver e sentir. O destino me fez cruzar oceanos de pessoas para que num único pingo de água doce eu pudesse te encontrar.
Afogo-me em teu amor.
Reticências
O amor, se tivesse fim, deveria terminar sempre em reticências. Quem sabe assim ele nunca terminaria pra valer e não geraria tanta “sofrência”.
Mesmo que houvessem motivos para o seu fim: mágoas, brigas, grandes mentiras e duras verdades - se ele um dia existiu o seu acabar poderia ser sempre uma leve e doce continuidade.
Pode ser que a dor da saudade seja esse amor que teima em não se findar, mas saudade é falta e amor é necessidade, é visceral, essencial.
Creio que o poeta estava certo quando divagou a respeito do amor o verso “que seja eterno enquanto dure”. Pois o tempo, só mesmo o tempo é capaz de medir esse sentimento lindo, irresponsável e incorrigivelmente imaturo.
O amor há de estar sempre presente. Se não em beijos, em toques, em olhares, mas em lembranças ou até mesmo dentro de uma simples reticências...