Paixão
Eu achava que quem plantava amor, colhia amor. Mas na maioria das vezes quem dar amor colhe silêncio.
O segredo do amor é o ouvido!!! Não se espante ele é o grande vilão e o grande cupido com ele ouvimos o que queremos ouvir ou ouvimos a voz do coração as vezes temos que reeducalo a não ser tão mal educado e egoista a ponto de não ouvir o que o companheiro esta querendo dizer ensina lo a parar e apenas ouvir que parece que não mais faz toda a diferença pra uma vida inteira
O amor dar-se pela compreensão de ambas as partes. Quando o ato de compreender se põe ausente não há amor que perdure ou que seja suficientemente verdadeiro. A compreensão no amor não vem apenas da aceitação das condições de personalidade daquele que se ama, ela se dá também no total esquecimento das coisas acontecidas no pretérito. Os fatos do passado não possuem nenhuma relevância. O encantamento surge no presente, é nele que se brota a paixão, o desejo, o amor. Aquele que ama alguém ignora julgamentos de terceiros, preocupa-se com o futuro, importa-se com a edificação de um sentimento, com a construção de uma vida através dos dias que estarão por vir.
É inútil a tentativa de forçar a existência de um amor, não há como criar uma fórmula que faça surgir um amor verdadeiro entre dois seres. O amor acontece de forma natural, ele ignora e não traduz qualquer esforço de amar criado pelo homem.
Quando o amor faz sentido não existe dúvidas ou meias palavras, muito menos frases feitas que o limitem no óbvio. Ele é dono da própria poesia que o compõe.
E ao contrário do que pensam o amor não se conjuga só no verbo amar, se conjuga no verbo sentir.
Ser livre para mim é um imperativo:
Do amor sou como um eterno fugitivo
Como um animal ferido no cativeiro
Que um dia se viu apreendido,
E agora já não sabe mais [voltar.
Não que eu não saiba amar:
- Provei o sabor da rua
Com o amor próprio canto pro Sol
E escrevo para a Lua;
Vivo a vida para [reverenciar].
Ser livre para mim é um jogo:
- Blefarei para ganhar a partida
Se receber amor, terei coragem;
E como fera selvagem
Vou me queimar no teu [fogo.
Não que eu não queira amar:
- Amar para mim é navegar!
Das letras eu sou maruja,
Da serra tenho a altura
Cresci poesia do [mar].
Porque inspirada na vida,
E na impoluta crença:
De que só vale perder
- a liberdade -
Só se for pela [verdade]
Da tal história que surpreenda,
E que faça tudo ter valido a [pena].
Maviosa flor do meu amor,
Cintila em tom purpúreo,
Maravilhoso é o teu amor,
Refugiados do mundo,
Juntos escrevendo o verso
No universo íntimo, protegido.
Carinhosa trova sabor de beijo,
Passa, não passa e repassa
Pelo melhor que a língua tem:
- a tua suave e discreta boca
Que por ela morro, permaneço
Entrego-me em poesia quase louca.
Amorosa amante não desfaço,
Da minha posição extrovertida;
Pegue cada poema, toque a lira,
Determinada pelo destino, criativa,
A matar-te de amor no bom sentido
Não deixando-te nenhum pouquinho
Satisfeito sob o meu corpo feminino.
Escutei o conselho do pescador:
Joguei a rede dos desejos,
Para ver se busco o meu amor.
Joguei também o perfume
Só para ver se ele percebe,
O tamanho do meu ciúme.
Escutei o conselho do pescador:
Vestirei-me toda de renda,
Para que ele note o meu esplendor.
O amor é uma embarcação,
Que faz de nós novos marujos;
Mareja os olhos, e guia o coração.
Escutei o conselho do pescador:
"- Pendure na festa uma rede,
fazendo com que cada um escreva
o tamanho dos seus desejos.
Não importa se é Festa da Tainha,
O importante é que se tenha fé na vida;
Como os pescadores acreditam no mar,
Não desista nunca de acreditar no amor."
A orbe é divina
É o grande castiçal
Vênus e Júpiter em prova
De amor total;
Irão demonstrar sem igual,
Que o amor é celestial.
O amor eterna lira
Nas mãos dos poetas,
Sempre será espiritual.
Vênus e Júpiter têm orbitado
- Juntos
Andam aproximando linhas,
Rompendo fronteiras
Das esferas
Eles estão mais próximos,
E estarão no auge espiritual,
Provando à Mercúrio e aos homens
Que para brilhar: basta apenas amar.
Júpiter ensinará que amar é libertar!
A orbe divina dá lições,
Mestra de amor, ensina,
Que o amor nada tem de isolado,
Ele vem de dois planetas,
Não tem vocação para egoísta,
Tem alma de artista,
Ele é partilha.
O amor é revolucionário,
Livre e libertador,
E dono do tempo certo
Estará escrito nas estrelas
Do Universo que é o grande castiçal
- suspenso
Provando que quando ele chega
O seu aroma é intenso,
E a existência dele é eterna.
Mesmo que não acreditem:
o amor tem o seu próprio tempo
Por ser nascido de dois planetas,
Estando escrito nas estrelas,
Ele tem o seu próprio alinhamento
- planetário
Vênus e Mercúrio,
No auge da coreografia,
Irão atingir a êxtase da emoção
A grandeza da poesia,
- o desprendimento
Júpiter não menos diminuto,
Em reverência,
Se curvará até o Sol e seguirá em marcha
E em fina cadência em busca do amor
Que ainda há de vir, e está escrito;
O amor prosseguirá além do Universo
E da conjunção tripla,
Ele tem alma infinita,
O amor mora no teu peito,
- Em ti ele habita! -
O vento sopra devagar
A duna muda de lugar
O amor pleno a ocupar
A coruja aninhada lá
É protegida pela duna
No seu lugar de aconchegar.
O Sol beija a duna
A duna se abre ao Sol
Num verso de amor total
Abre a poesia em festa
Em louvor celestial
É um espetáculo sem igual.
A poesia está escrita
O verso está feito
Ali na duna cuidada com jeito
No intocável ninho da coruja
É sempre o lugar perfeito
A duna cuida do que está feito.
O teu olhar sobre a duna
O teu cuidar do ninho da coruja
O teu amor pelo mar
O teu jeito de preservar
O teu doce sonhar
Escrevem o destino do lugar...
A origem do amor está
nos planos dos deuses,
Creia fortemente,
cruze os [oceanos];
Mergulhe nos teus favoritos
olhos castanhos.
O amor concreto que vira
história antes de [ser],
Além mar, navegando
com as gaivotas,
Desenhando letras para viver
o que há de [nascer.
É a miragem de nós que eu
louvo no versos,
Além e concretamente
dos [tercetos],
Carrego a crença que amar
só traz acertos.
O amor verdadeiro é dádiva
que livra e [salva],
De todos os males,
assim na Terra como no Céu,
É plenitude de braços
abertos e toda a [alma].
E devota desse caminho
que cruzará o mundo,
Vou semeando flores
em meu [jardim,
Para estar tudo no jeitinho
quando vieres para mim.
O céu azul me convidou,
O vento me contou:
Que o teu amor me guardou.
O mar sussurrou,
Ele reverenciou,
As nossas pegadas,
Duas almas enamoradas,
Passeando à beira mar,
- alinhadas
Ah, como é bom namorar!...
O mar nos encantou,
A duna se deslocou,
E o pé do meu do meu amor tocou.
É muito lindo relembrar,
Nós dois à beira mar,
De mãos entrelaçadas,
E sorrindo sem parar,
Brincando de roda
- sem parar -
Os dois se deixando levar
Por essa loucura que dizem que é amar.