Paisagem poema
Domingo no Parque
Um domingo de sol maravilhoso
A vida veio nos proporcionar
E o céu num azul esplendoroso
Nos deu energia para trabalhar
A grama verde parecia de veludo
Como um lindo tapete para pisar
Seu cheiro impregnava em tudo
Um ar puro pra gente respirar
Um lago com essa imagem refletida
Com águas calmas veio completar
A paisagem que transbordava vida
Fazia um convite para aproveitar
Crianças correndo em todo canto
Vários pássaros vem nos rodear
Um lindo dia cheio de encanto
Para o amor ao próximo cultivar
Esse domingo no parque inesquecível
Veio uma lição nos ensinar:
Aproveitar a vida é imprescindível,
Não podemos deixar passar!
Exite beleza
Em alegrar-se
Com a liberdade
Do outro...
Existe beleza
Pairando por cima
Dos muros que os
Homens levantam
E mais beleza ainda
Existe nos olhos de
Quem para pra
Observar tudo isso:
Um "Bico-de-lápis"
Escrevendo sua
História e um
Pardal procurando
Seu ninho.
Crítica
Existem muitos poemas
Tecidos sob as nuvens
Cujos repetidos temas
Nada mais intuem
São reles afirmações
Sequências de quase nada
Daqueles que sem inspirações
Querem dos outros a estrada
[HOMEM, ESPAÇO E MEIO]
Nesta tríade geográfica – o Homem, o Meio, o Espaço – tudo se interpenetra. Até mesmo o homem – um determinado indivíduo, por exemplo – tem dentro de si espaços e é ele mesmo um meio para todo um universo microcelular, apresentando em seu organismo diversos fixos (os vários órgãos e dutos condutores) e fluxos (corrente sanguínea, impulsos nervosos, processo respiratório, cadeias de ações comandadas pelo cérebro). Definitivamente, meio, homem e espaço entram um por dentro do outro, em um fascinante imbricado, para onde quer que olhemos.
Como na Música, as notas implicadas na tríade HEM (homem, espaço, meio) não estão uma por sobre a outra (em que pese o que pareça mostrar a grafia em uma pauta musical), mas sim uma por dentro da outra. No interior mesmo de um único nível acórdico – tomemos o Meio como exemplo – as notas também se interpenetram. O clima, de um lado e no longo prazo, é o escultor do relevo, constituindo-se no grande “arsenal dos agentes externos do modelado” . É ele quem esculpe os planaltos através da erosão, as planícies através dos processos de sedimentação. De um outro modo, certas notas do clima acompanham determinações do relevo em decorrência das altitudes (e latitudes, que já se referem ao espaço). A temperatura reduz-se nas serras; o vento sopra com a autorização do relevo. Enquanto isso, se o clima implica a distribuição das águas atmosféricas através dos regimes pluviométricos, a distribuição espacial das águas oceânicas em proporção às terras é, de sua parte, “um dos principais fatores de sua formação regional” . Uma nota age na outra. Condições atmosféricas e distribuição das águas constituem notas mescladas no interior de um mesmo nível acórdico (o acorde-Meio); e, mais além, em um grande poliacorde geográfico.
[extraído de 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis: Editora Vozes, 2017, p.120].
Estrada
Uma estrada longa e de curta duração, que me faz lembrar dos estilhaços em meu coração, talvez por ela eu andarei sem a certeza que no fim dela chegarei.
Sem rumo, sem direção, igual à um cantor que não consegue compor sua canção, ela é bonita ao redor mas traiçoeira para quem à percorre, se não tiveres cuidado uma sútil lágrima pelo seu rosto escorre. Ser forte não é para todo mundo e o amor é uma fraqueza, se fordes fraco se machucará com toda certeza.
Voa ave,
encontre as nuvens
Voa sem parar,
segue teu destino
sinta tua liberdade,
feliz sempre serás
olhando em detalhes a paisagem,
pouse nela teus olhos, por nós,
pois nunca a veremos
com seus mistérios,
voa por nós e nossa pequenez
em não descobrir o que há mais além...
Eu quero ser para você
a letra de uma
linda canção,
um vulcão em erupção
e a paz de uma
bela paisagem.
Um simples enseada
Pé na areia, linda vista
Bem pequena, escondida
Encanta todo turista
A península pro mar
A baía de encantar
Qualquer um ela conquista
Estou onde estou mas
não onde quero estar
falo o que digo sem falar
Sou a indecisa que dissidio ficar
no silencio a observar
Cada dia que passa
passa mais um dia
A noite fica mais fria
e o dia mais quente
mas aquela do canto
nunca será consciente
Os minutos passam a correr
os segundos a voar
mas a menina do canto
apenas os vê a passar
Será isto justo?
ou a injustiça disfarça´
Que a menina do canto
faz parte da minha farsa
Pêndulo
Aranhas tecem os fios da vida
nos penduram no desconhecido,
lançados à nossa própria sorte
enquanto balançamos neste fio.
Cabe a cada um de nós decidir
o que é mais importante:
Curtir a paisagem,
ou tremer de medo e de frio?
Eu escolho a paisagem…
Na janela
A pandemia me fez gostar de assistir as tardes.
A tela, que é sempre a mesma, cada dia apresenta um momento perfeito...
Pandemia
Agosto chegando...
tenho viajado muito desde março.
Minha casa é a nave que me transporta.
Vou mudando de janela,
para aproveitar melhor a paisagem
e a dança das luzes com as sombras.
Do alto de seu esplendor
de um horizonte qualquer,
chegam os raios de sol
aquecendo o nosso viver
nova manhã, esperança irradia,
refeitos do cansaço, seguimos
para onde o dever anuncia
O véu
Caminho frente a neblina.
Sobre esse nobre véu
Cansaço eminente,
Coração de papel.
Fracasso quase frequente
Com a fronteira embaçada
Estou de hora marcada.
É a minha chance!!
O meu Sonho é persistente.
Ó luz do amanhecer...
Iluminem o meu caminho fazendo ver,
O brilho de esperança, a solidão indo embora,
Trazendo a tona, a Cortina da Aurora..
O vento em sua intraduzível lira
por sobre flores segue o caminho
fazendo-as sorrir quase em leseira
acalmando dores de seus espinhos
Segue a manhã neste dia de sol
sobre a paisagem em loiras tranças
e que permaneça belo até o arrebol
nos iluminando em esperança
Incontáveis vezes apertei o play
Para ouvir a voz de quem não vem
Imaginando se com você me enganei
Doçura e carinhos excessivos, em silêncio desaparecidos
Ainda assim, despertam aquele desejo proibido
No delírio do ardor
Despercebi que morcego não beija flor
Sem pena, é apenas predador
Ingenuidade pensar ser verdade
Que você seria raridade
Igualmente a todos
Satisfez tua vontade
Somente mais um voo em minha paisagem
Só mais uma rima na minha viagem.
Habita uma paz imensa
nas trilhas benditas
da minha terra natal
e tudo à minha volta
se traduz poesia
na paisagem do meu ser.
"Hora Dourada",
riqueza celeste,
afaga a alma,
tranquiliza a mente,
intensidade nítida,
linda paisagem,
arte divina.
Tantas cores lindas
Desse mundo sem fim
Eu gosto de contemplar
Também almejo fazer de mim
Um belo lugar
Eu falo em forma de versos
Para que todos possam ouvir
Não somente brandos trechos
É que também pretendo
A minha alma suprir
Pois poetas passam as noites
Escrevendo em seus cadernos de poesias
Para que ao dia tenham um ingênuo olhar
Entre o cenário das colinas
-Si Franciscani
Neste mundo afora existe tantos caminhos
Quem anda por belas trilhas terá lindas paisagens, grandes aventuras, imensuráveis encantos
Mire para o destino que te leva a felicidade, e vá!