Paisagem
Vi ao longe tua imagem,
Que a transformou em paisagem.
Teu sorriso comovedor,
Acalentando minha dor.
Você, a minha paz!
"De ti tenho pressa, mais do que de mim mesma,
Que a paisagem que reflete aos meus olhos, tu sejas.
Amo-te devagar para atrasar os infortúnios de ter perder,
Conhecer-te foi o meu fim, basta olhar pra mim que irás entender.
Embora seja grande a minha dor,
Não poderia deixar de agonizar as delícias do teu amor!
Amor este que me consome e desfaz,
Entenda, antes ter você ao reconquistar a minha paz!"
"Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero”.
( Bernardo Soares [Semi-heterônimo de Fernando Pessoa],no Livro do Desassossego. (Org.) de Richard Zenith - Assírio E Alvim, 2008.)
Lá fora...
A neblina encobre a paisagem.
O gado aos poucos se recolhe...
Aqui dentro o crepitar da lenha
deixa no ar um perfume de pinho
que se mistura ao odor do chocolate quente.
Sentimo-nos aquecidos e felizes.
Aproveitamos para por a conversa em dia
e dar boas risadas.
O inverno, penoso para tantos,
nos aproxima e fortalece laços...
O frio no campo é mais intenso
mas, precisamos de pouco...
Apenas algumas mantas, lenha seca
e do calor dos nossos afetos.
Cika Parolin
*Pode-se passar pelo mesmo caminho de formas diferentes. O caminho é o mesmo, mas a paisagem muda. Isso não é suficiente?*
No fim da estrada e do caminho árduo
há uma linda paisagem colorida
à espera dos corajosos,
os que lutam por dias melhores para todos
e não somente para si.
Aos fracos de espírito e covardes
só resta a poeira da estrada
em que se perderam parados
olhando para o próprio umbigo
e competindo com seus irmãos
em vez de cooperar com eles...
O medo rouba os sonhos, rouba os lápis de colorir, o medo muda a paisagem para o preto e o branco. Ele rouba a sua razão, rouba o seu sorriso, rouba a sua paz, rouba o seu coração e até mesmo a sua inspiração. Não temas nada, nem a ninguém, pois Deus não colocaria você em um caminho pelo qual não pudesse percorrer.
*** Com Você... ***
A mais bela flor contém um delicioso perfume...
A mais bela paisagem contém o que ha de mais lindo
O céu mais estrelado, contem a sedução do universo...
O mais belo texto descreve o sabor da felicidade...
A mais bela musica conta a intensidade de um momento..
Eu fui presenteado de uma forma mais generosa..
Encontrei Você!
Sinto o mais delicioso perfume, o que há de mais lindo, a mais gostosa sedução, o sabor da felicidade...
Com você vivo o que há de mais intenso!
A poesia invade os espaços
E reflete na imagem que vejo
Gravando em meu olhar
A paisagem que ficou em mim...
Delicadeza.
Através dessa janela me senti como um prisioneiro olhando uma linda paisagem sem poder sair do meio dessas quatro paredes como se eu nunca mais pudesse sentir o chão, o ar livre e tudo.
Tem certas coisas que a gente só da valor quando sabe que é tarde de mais.
Mas.. E se não fosse tarde de mais?
“Tenha em mente que a vida é uma estrada pra frente, a paisagem nunca é igual e isso a faz sensacional.”
Os caminhos mais longos são justamente aqueles que revelam segredos da paisagem que não conseguiríamos ver andando por atalhos, mas a verdade é que por onde quer que andemos só conseguiremos enxergar o esplêndido se nossos olhos procurarem por ele.
AMIZADE É...
Afinidade como bagagem de viagem,
Nesta vida de passagem na paisagem!
Guria da Poesia Gaúcha
“Onde estava, que paisagem era aquela? Criação de um Deus impotente para arrastar suas criaturas até a luz plena, ali jaziam os destroços de sua visão, consciências vivas e visionárias cerceadas de todos os lados pela doença, pela fome, pel
o tédio, pelo vício e pela morte. Não, nenhum Deus ousaria ter levantado semelhante caos. O homem nasce do chão, vem da poeira e da terra escura como as plantas, é uma força desenraizada e cega, uma pobre árvore solta na imensidão. Não há destino, nem missão a cumprir. Duramos, como os objetos mortos duram. Apoiei-me a um alto muro de pedras, e com mãos sequiosas, ardentes, apalpei as fendas e as protuberâncias, como se temesse que até mesmo aquela última realidade me fugisse. Que era o mundo, que significavam aqueles sinais? Estrela solta, erosão sem significado, esboços de um grande sonho fracassado? Aquela monstruosa paisagem, cheia de formas sem sentido, não atestava a favor de outra experiência, perdida entre os dedos sem forças do homem?”
MÃE...
Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d’espíritos viajantes.
Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.
Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.
Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.
E a chuva vem... e lava toda a pintura, desbotando o colorido da paisagem, da vida, diga-se de passagem.
E no hábito da frieza, expõe a tristeza com maestria e franqueza...
Quando se percebe, as mascaras sumiram, e que o enchorro não carregue o resto dos mundos que ruíram...
Mundos de ilusões, construídos nos porões dos egos abalados e aflitos; mas mundos ornamentais, que pareciam reais, e agora não mais - nada bonitos!
Realidade cruel, mostrando o sabor do fel onde se fantasiava ser só céu!
Não sei se prefiro o imaginário, no entanto o cenário me faz curioso... curioso pelo hilário, nostálgico e frustrante, mas no mínimo auspicioso!
Nuvens branco-algodão, bolinhas de sabão ... tão longe do chão!
Lindo sei que é... e tudo o que mais se quer, é tornar real esta ilusão.
Mas a chuva vem, o branco vira carvão, e a bolha ... só o vão!
Chuva cruel, pessimista mas real, triste - é normal - mas eterna, não!
Engraçado como certas peças do passado se desconectam da paisagem de nossa vida e deixam de fazer sentido pra nós. Alguns rostos reaparecem como o daquele parente distante que gostamos sem conhecer bem, mas depois se esvaem como brumas de uma noite fria.
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