Pai para Filho Recém-Nascido
Então, se você tem pai, se você tem mãe, se você tem uma casa, se você tem uma comida na mesa, se tem uma cama limpinha, quentinha, se você tem saúde, se você enxerga, se você escuta, se você se supera, se você erra e aprende com o seu erro, aí você é feliz, aí você tem tudo!
"Se olharmos para nossa família, para os ancestrais vindos de nosso pai e mãe, vemos que por trás de cada um está o seu destino de forma imponente." Bert Hellinger
Você tem a inteligência da sua mãe e a maldade do seu pai. Eles brigam dentro de você. Deixe sua mãe ganhar.
E por esta arte de conhecer os homens, digo-vos, meu filho, que se pode aprender, mas que não se pode ensinar.
Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu
amigo? Ele está doente!
- Claro! Mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe, furiosa, diz:
- E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora? Tá feliz? Valeu a pena ter visto aquela cena?
Uma última lágrima cai de seus olhos e acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- "EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!"
** Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa... **
Três Lindos Casos:
1. TENHA PACIÊNCIA, MEU FILHO
Quando Dona Maria João do Deus desencarnou, em 29 de setembro do 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita do Cássia, velha amiga e madrinha da criança.
Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça.
Assim é que o Chico passou a suportar, por dia, várias surras de vara de marmeleiro, recebendo, ainda, a penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastênica e perversa senhora inventara êsse estranho processo do torturar.
O garôto chorava muito, permanecendo, horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta e corria para o quintal, a fim de desabafar-se, porque a madrinha repetia, nervosa:
- Êste menino tem a diabo no corpo.
Um dia, lembrou-se a criança de que sua Mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu nôvo lar.
Ajoelhou-se sob velhas bananeiras e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
Quando terminou, oh! maravilha!
Sua progenitora, Dona Maria João de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
Chico, que ainda não lidara con as negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a Mãezinha tivesse partido para as sombras da morte.
Abraçou-a, feliz; e gritou:
- Mamãe, não me deixe aqui... Carregue-me com a senhora...
- Não posso, - disse a entidade, triste.
- Estou apanhando muito, mamãe!
Dona Maria acariciou-o e explicou:
- Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.
- Mas, - tornou a criança - minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo...
- Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
Em seguida, desapareceu.
O pequeno, aflito, chamou-a em vão.
Desde desse dia, no entanto, passou a receber o contacto de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
- Chico é tão cínico - dizia Dona Rita, exasperada, que não chora, nem mesmo a pescoção.
Porque a criança explicasse ter a alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal doméstico passou a dizer que ele era um "menino aluado".
E, diariamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filêtes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal!, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velha árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Assim começou a luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.
2. O VALOR DA ORAÇÃO
A madrinha do Chico, por vêzes, passava tempos entregue a obsessão.
Assim é que, nessas fases, e exasperação dela era mais forte.
Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.
- Então, a senhora não sabe, - explicou o Chico - tenho passado muita fome...
- Ora, você está reclamando muito, meu filho! - disse Dona Maria João de Deus - menino guloso tem sempre indigestão.
- Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa...
A mãezinha abraçou-o e recomendou:
- Continue no oração e espere um pouco.
O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal.
Aproximou-se dêle e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso...
Chico recolheu, alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha no seu lado, acrescentando.
- Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
- Como você observa, meu fiiho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome do Jesus.
3. O ANJO BOM
Dois anos do surras incessantes.
Dois anos vivera o Chico junto da madrinha.
Numa tarde muito fria, quando entrou em colóquio com Dona Maria João de Deus, Chico implorou:
- Mamãe, se a senhora vem nos ver, porque não me retira daqui?
o Espírito carinhoso afagou-o e perguntou:
Por que está você tão aflito? Tudo, no mundo, obedece a vontade de Deus...
- Mas a senhora sabe que nos faz muita falta...
A Mãezinha consolou-o e explicou:
- Não perca a paciência. Pedi a Jesus para enviar um anjo bom que tome conta de vocês todos.
E sempre que revia a progenitora, o menino indagava:
- Mamãe, quando é que a anjo chegará?
- Espere, meu filho! - era a resposta de sempre.
Decorridos dois meses, a Sr. João Cândido Xavier resolveu casar-se em segundas núpcias.
E Dona Cidália Batista, a segunda espôsa, reclamou os filhos de Dona Maria João de Deus, que se achavam espalhados em casas diversas.
Foi assim que a nobre senhora mandou buscar também o Chico.
Quando a criança voltou ao antigo lar contemplou a madrasta que lhe estendia as mãos...
Dona Cidália abraçou-o e beijou-o com ternura a perguntou:
- Meu Deus, onde estava êste menino com a barriga deste jeito?
Chico, encorajado com a carinho dela, abraçou-a também, como o pássaro que sentia saudades do ninho perdido.
A madrasta bondosa fitou-o bem nos olhos e indagou:
- Você sabe quem sou, meu filho?
- Sei sim. A senhora é o anjo bom de que minha mãe já falou...
E, desde então, entre as dois, brilhou a amor puro com que o Chico seguiu a segunda mãe, até a morte.
ALFABETO DAS MÃES
AME seu filho para ser amada por ele.
BENDIGA a Deus por tudo que dele recebeu.
CREIA na sublime missão que Deus lhe confiou.
DISPONHA-SE a ajudar seus filhos com bons conselhos.
EDUQUE não só com palavras, mas com o bom exemplo.
FAÇA com amor o dever de cada dia.
GARANTA, cada vez mais, um Mundo Melhor para seus filhos.
HOJE leia a Bíblia com atenção e esperança.
INSPIRE seus filhos a praticar as virtudes.
JUSTIFIQUE seu casamento, amando ainda mais seu esposo.
LEMBRE-SE de orar e ensinar os filhos a conversar cpm Deus
MANTENHA-SE firme nos ensinamentos de Cristo.
NÃO se iluda com as coisas mundanas.
ÓDIO e inveja, mantenha-os longe de seu coração.
PENSE que amanhã será melhor, se hoje você viver bem.
QUEIRA o bem, sem escolher a quem.
REFLITA… para acertar.
SORRIA diante dos problemas.
TIRE os maus costumes de seus filhos.
USE as mãos maternas, somente para acariciar e não para bater.
VENÇA as dificuldades pela fé e pelo otimismo.
ZELE, com carinho todas estas recomendações e descubra o êxito e a
felicidade das grandes MÃES.
Filho é Bom, Mas Dura Muito
— Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir.
— Aproveita agora, que ele ainda não tem cólicas noturnas e ainda mama nas horas certas, porque depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.
— Aproveita agora, que os dentinhos dele não começaram a nascer e, quando isso acontecer não vai ter Nenedent que acalme nem ele nem você.
— Aproveita agora, enquanto ele não engatinha, porque, quando começar a arrasar a casa e a derrubar cadeiras e bibelôs e lustres e a comer jornal, só vai dar dor de cabeça.
— Aproveita agora, antes que ele comece a andar. Aí acaba o sossego. É o perigo de ele bater a cabeça nas quinas das mesas, cair e meter a boca no chão, puxar panela no fogão. É um transtorno, filho andando. Ele correndo pela casa e você atrás.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não está na fase do "Por quê?", porque depois você não vai conseguir ler nem jornal nem livro e nem ver televisão. E vai ter que explicar sempre o inexplicável.
— Aproveita agora, que ele ainda não sabe ler e pedir o que quiser no restaurante. A única vantagem é você não precisar ficar traduzindo os filmes para ele.
— Aproveita agora, enquanto você programa as férias dele e ele ainda não ouviu falar no Disneyworld, porque você vai ter que pegar filas de duas horas e enfrentar montanhas-russas no escuro.
— Aproveita agora, que ele ainda não é tarado por música, porque, quando ele resolver ouvir "música" na sua casa — com ou sem os amigos —, até os vizinhos mais simpáticos irão reclamar. E não pense que ele vai tocar aquelas músicas do seu tempo, não.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você.
— Aproveita agora, que ele ainda não está nem fumando maconha e nem acabando com o seu uísque e aquela cervejinha que você tinha certeza que estava na geladeira te esperando do trabalho.
— Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver.
— Aproveita agora, que ele ainda não tomou nenhuma bomba e você ainda acha que ele é tudo que você sonhou, porque, quando ele repetir de ano, você fará — para você mesmo — a eterna pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?".
— Aproveita agora, que ele ainda não decidiu que faculdade cursar porque a escolha dele não vai nunca coincidir com os planos que você fazia para ele, quando ele ainda engatinhava.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na faculdade, porque, quando entrar, vai pedir um carro para ele ou usar o seu.
— Aproveita agora, que ele ainda avisa quando vai dormir fora de casa, e você pode dormir sossegado e não pensar em ligações desagradáveis para a polícia, o hospital e, o pior de tudo, para o IML.
— Aproveita agora, que ele ainda não se casou, porque, depois, ele nunca mais vai te visitar a não ser para pedir dinheiro emprestado.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não tem filhos, porque, quando tiver, é você quem vai tomar conta deles nos fins de semana. Seu sossego chegará ao fim, logo agora que você se aposentou.
— Aproveita agora, que ele ainda não se separou da primeira esposa, pois, quando isso acontecer, ele virá morar novamente na sua casa.
— Aproveita agora, que ele ainda te ajuda com um dinheirinho, porque a sua aposentadoria não dá para nada, pois a segunda mulher dele vai ser contra a ajuda.
— Aproveita agora, porque ele está pensando em te colocar num asilo de velhinhos.
P.S. - A frase do título é do Marcelo von Zuben, dentista brasileiro que mora em Portugal, pai do Murilo e da Úrsula.
Texto extraído do livro "100 Crônicas", Cartaz Editorial Ltda. - São Paulo, 1997, pág. 15.
De mãe!
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela deixou entrever um sorriso e respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe". E, como mãe, lhe respondeu: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma é...
O meu filho doente, até que sare
O que partiu, até que volte
O que está cansado, até que descanse
O que está com fome, até que se alimente
O que está com sede, até que beba
O que está estudando, até que aprenda
O que está nu, até que se vista
O que não trabalha, até que se empregue
O que namora, até que se case
O que casa, até que conviva
O que é pai, até que os crie
O que prometeu, até que cumpra
O que chora, até que cale
E já com o semblante bem distante daquele sorriso completou:
O que me deixou, até que o reencontre.
Parabéns pelo seu dia!
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É leva-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: ‘e se tivesse sido meu filho?’
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.
Ser mãe é ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
Ser mãe é estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.
Mãe: a palavra mais bela pronunciada pelo ser humano.
Ao meu filho,
Esta manhã, eu vou sorrir quando vir o seu rosto, e rir mesmo sentindo vontade de chorar.
Vou deixar você escolher o que vai vestir, sorrir e dizer o quanto você está ótimo.
Eu vou deixar a roupa para lavar de lado, pegar você e levá-lo ao parque para brincar.
Vou deixar a louça na pia e deixar você me ensinar a montar seu quebra-cabeça.
Esta tarde, eu vou desligar o telefone, manter o computador fora do ar e sentar-me com você no quintal e soltar bolhas de sabão.
Eu não vou gritar nenhuma vez, nem mesmo resmungar quando você gritar e acenar para o carrinho de sorvetes, e vou comprar um se ele passar.
Eu não vou me preocupar com o que você vai ser quando crescer.
Vou deixar você ajudar-me a assar biscoitos e não vou ficar atrás de você tentando consertá-los.
Iremos ao McDonald's e comprar um Mc lanche feliz para nós dois, para que você possa ganhar dois brinquedos.
Esta noite, vou segurá-lo em meus braços e contar-lhe uma história sobre como você nasceu e como eu o amo.
Eu vou deixar você espirrar a água do banho e não ficar nervosa.
Vou deixar você ficar acordado até tarde, enquanto ficamos sentados na soleira, contando todas as estrelas.
Eu vou me aconchegar ao seu lado por horas e perder meus shows favoritos na TV.
Quando eu passar meus dedos entre seus cabelos enquanto você reza, eu vou simplesmente ser grato a Deus por ter me dado o maior presente do mundo.
Eu vou pensar nas mães e pais que procuram por seus filhos perdidos, nas mães e pais que visitam a sepultura de seus filhos ao invés de suas camas, nas mães e pais que estão em hospitais vendo seus filhos sofrerem sem que isto tenha sentido e gritando por dentro que não podem mais suportar isso.
E, quando eu te der um beijo de boa noite, eu vou te segurar um pouquinho mais forte, por um pouquinho mais de tempo.
E é então, que vou agradecer a Deus por você, e não pedir nada a Ele, exceto mais um dia.
Eu tento fazer várias coisas para poder me distrair dessa saudade que aperta o meu coração e me falta o ar...
Mas a vida é cheia de momentos, e momentos nos trazem lembranças, aí eu me lembro que você se foi Pai... e me deixou aqui, morrendo de saudade, querendo você aqui.
Não tive tempo de dizer meu último adeus, de te abraçar e dizer que eu te amo infinitamente!
Oh pai, como eu te amo! Sei que o senhor está ao lado de Deus... agora você me olha aí de cima...
Não se preocupe, vou fazer com que você tenha ainda mais orgulho de mim, e ficarei aqui pensativa, lembrando de todos os momentos que tivemos e no quanto foi bom.
Vou lembrar de você sempre sorrindo! Te amo!
Minhas confissões
Só tenho você na minha triste história
E você sabe que eu as conto bem
Quando estou acordada à noite, só tenho você em minha memória
Como quando eu tinha quatro e tive que te ver ir embora.
Aos nove estávamos deitados jogando pôquer na madrugada
Me deixava ganhar apenas para me ver sorrir com minha vitória disfarçada
Não existia proteção maior no mundo do que nos braços seus
Então, aplaudam a glória caída
Eu nunca cheguei a dizer adeus
Desejo que eu pudesse pedir apenas para voltar no tempo, cada passo que dou, você costumava liderar o caminho
O pai descuidado da filha cuidadosa
Porém, você escolheu continuar sua jornada sozinho
Você não está aqui
Para celebrar a mulher que me tornei
Você não está aqui
Para conhecer o homem que me apaixonei.
É justo?
Você nunca soube e nem vai saber a pessoa que vou me tornar a seguir
Você não estava lá
Quando eu estava com medo e não tinha para onde fugir.
Mesmo que eu saiba que você não está aqui
Ainda te escrevo todos os meus sentimentos
É como se você tivesse o direito de saber como eu estou, e o que eu tenho aqui dentro.
Enquanto me esforço para lembrar como você costumava parecer e soar
Às vezes ainda acho que posso te encontrar no meio da multidão com os braços abertos como quando me ensinou a sonhar.
Me ensinou a amar as estrelas, me dizendo que nunca me deixariam sozinha
É engraçado como olhando para elas eu não consigo esquecer a ironia
Que você não está aqui
Para conhecer a sua filha
Você não estava aqui
Quando me encontrei presa em armadilha
O tempo pode curar suas feridas se você for forte e ficar de pé
Tenho feito tudo isso, mas não ajuda em nada quando não se tem mais fé
Dizem que você vai envelhecer, e vai melhorar
Mas eles não entendem, pois não estavam lá quando no medo começava a me abraçar
Eles não viram quando você me deu o seu amor e ensinou a melhor direção
São tempos que não voltam mais. Porém, não saem do meu coração.
O ser humano é estranho.
Briga com os vivos e leva flores para os mortos.
Lança os vivos na sarjeta e pede um “bom lugar para os mortos”.
Se afasta dos vivos e se agarra desesperados quando estes morrem.
Fica anos sem conversar com um vivo e se desculpa, faz homenagens, quando este morre.
Não tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto.
Critica, fala mal, ofende o vivo, mas o santifica quando este morre.
Não liga, não abraça, não se importa com os vivos, mas se autoflagela quando estes morrem…
Aos olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na sua morte, e não na sua vida.
É bom repensarmos isto enquanto estamos vivos!
E hoje se vai mais um dia sem você! Sua ausência me machuca, voltaria no tempo para poder lhe fazer feliz, você sem dúvidas é a melhor pessoa do mundo, pena que esse mundo é tão injusto. Saudades dos seus conselhos, das suas broncas, das suas brincadeiras. Enfim, eu te amo, pai!
Ama seus filhos e eles serão capazes de superar você. Ignorar seus filhos e eles vão ser obcecados por você por toda a vida.
"Poder... Nascido da natureza, cobiçado pelo homem. A guerra eclode e vencedores são coroados... Mas o verdadeiro poder nunca pode ser perdido ou ganho. O verdadeiro poder vem de dentro."
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