Pai para Filho Recém-Nascido
Sempre devemos amar outrem incondicionalmente, sem importar-nos com seu gênero, cor ,raça, espécie,naturalidade e principalmente, sem observar se este tem valor em termos sociais, pois, somos todos filhos do Pai Amado.
Ser...
Ser-humano
Ser imperfeito
Ser incompleto
Ser carente
Ser incompreendido
Ser apaixonado
Ser amado
Ser correspondido
Ser abandonado
Ser confuso
Ser compreensivo
Ser egoísta
Se ciumento
Ser amavel
Ser solidário
Ser completo
Ser abençoado
Ser iluminado
Ser aprendiz
Ser ensinador
Ser caloroso
Ser ancioso
Ser impaciente
Ser capaz
Ser honesto
Ser irmão
Ser amante
Ser amado
Ser próximo
Ser coerente
Ser sutil
Ser constante
Ser presente
Ser conquistado
Ser conquistador
Ser vitorioso
Ser tudo
Ser bom
Ser certo
Ser pai
Ser mãe
Ser filho
Ser filha
Ser amor
Ser sempre...
17.02.2015.
Mulher...
(Nilo Ribeiro)
Mulher não é só imagem,
mulher não é só glamourosa,
ela também é coragem,
ela é graciosa
ela é equilíbrio,
ela é luz,
é mãe, pai e filho,
é a bênção de Jesus
não é só isso,
ela é a bênção materna,
é a obra de Cristo,
é a bênção da Terra...
Assistir a Valentina dormir é como mergulhar fundo num oceano de sensações. Fico parado do computador escutando a respiração e babo em detalhes a minha filha. Me perco, me encontro, me vejo hoje onde não pensava estar ontem. Me disperso, me recolho, fico preocupado com a vida dela e busco forças. Respiro, expiro, penso em seguir, mudar tudo. Sigo no enigma mais claro e na sabedoria mais vulgar de tudo o que é, sem nenhuma razão especial de ser quando a vejo dormir. Não hesito; me deixo levar nos pensamentos. Ela me traz essa reflexão e o que vem dela deixo fluir. Me deixo levar antes que seja tarde, antes que seja um poente finito. Ela me ensina tanto, sem falar nada, com quatro anos, dormindo, só de olhar... Entendo e aprendo que o despedir de um dia lindo que não se repetirá é, na verdade, uma cortina aberta para a verdade. E que a linha do horizonte vista dessa janela e suas formas inalcançáveis sejam da força e da fonte para a noite que virá, pois lá, enquanto eu estiver vivo, vai dormir uma criança. E olhando bem, dentro do coração dela, dorme também a criança que eu fui um dia, com todos os meus sonhos. Olho, observo. Ela ameaça acordar, mas dorme de novo ao receber meu carinho. Que bom que ela ainda é criança. A vida é tão difícil, tão dura, tão injusta, tão cruel, tão desumana, que eu não saberia como cobrar um conforto e um abraço de quem devo abraçar e confortar. Agradeço por ela existir. Penso em nossa história. Afinal, ela é tudo para mim hoje, mais do que eu achava que fosse ontem. Há dois anos então, nossa! O amor só cresce. Em palavras não ditas, escuto o ruidoso silêncio da respiraçãozinha dela, que não me deixa concentrar em outra coisa. Dizem que Deus sempre falará para um pai que observa a filha dormir. É verdade. Se ele existe e algum dia falou comigo, não seria em outra situação. Olho bem no centro do seu rostinho e penso disso tudo, que a mim fica a sensação de tudo ao mesmo tempo, do mais contraditório tipo: dos acertos na vida ao tempo perdido, do sonho errado, do passado que você nunca mudaria, do desânimo diante de uma caminhada que no fundo você pensa que pode não ser o melhor pra vida dela. Não dá para definir se é tristeza, euforia, ansiedade, alegria, desilusão, esperança, razão, emoção, ou apenas angústia e preocupação. Acho que é um misto de tudo isso com uma grande pitada de não saber nada sobre a vida. É um misto de tudo. Em que me despeço e peço, fico olhando até pegar no sono também, quando, aos poucos, vou apagando e esquecendo memórias de um futuro que ainda não foi. Aceito o que o passado tem sido, sem glória, sem lamento. Tento dormir pensando bem sobre tudo isso, e aprendo sob escombros das lembranças, sem que eu e ela, sem que ninguém se aventure ao resgate, pois num coração de verdade, não há chance de resgate, só remendos, apenas sangue estancado. E é por isso que perceber toda inocência de um filho perante o mundo nos emociona, nos faz chorar, nos orgulha em alegria, mas também nos rasga o peito de dor.
Esta é uma oração escrita pelo general Douglas MacArthur, um militar e escritor estadunidense, destacado comandante do exército americano durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Senhor, dá-me um filho que seja
bastante forte para saber quando é fraco
e corajoso o bastante para
enfrentar a si mesmo quando tiver medo;
um filho que seja orgulhoso e
inflexível na derrota inevitável,
mas humilde e manso na vitória.
Dá-me um filho cujo esterno não esteja
onde deveria estar a espinha dorsal;
Um filho que te conheça e que
saiba conhecer-se a si mesmo,
que é a pedra angular do saber.
Guia-o, eu te suplico,
não pelo caminho fácil do conforto,
mas sob a pressão e o aguilhão
das dificuldades e dos obstáculos;
que aprenda a manter-se ereto nas tempestades.
Dá-me um filho de coração puro e objetivos elevados;
um filho que saiba dominar-se
antes de procurar dominar os outros,
um filho que aprenda a rir,
mas que não desaprenda de chorar;
um filho que tenha os olhos para o futuro,
mas que nunca esqueça do passado.
E depois que lhe tiveres concedido todas estas coisas,
dá-lhe, eu te rogo, compreensão bastante
para que seja sempre um homem sério,
sem, contudo, se levar muito a sério.
Dá-lhe humildade, Senhor,
para que possa ter sempre em mente
a simplicidade da verdadeira grandeza,
a tolerância da verdadeira sabedoria,
a mansidão d verdadeira força.
Então, eu, seu pai, ousarei murmurar:
“Não vivi em vão!”
A Luta Nao Pode Esperar
Crônica baseada na morte do estudante de Matemática da UFG, Guilherme Silva Neto de 20 anos.
Por Josielly Rarunny
Imagine um jovem alternativo e revolucionário, desses que defende suas crenças, capaz de lutar até a morte. Literalmente.
Guilherme saiu numa manhã de quarta feira após uma briga com o pai, motivada pelo estilo do rapaz, causas sociais e políticas que Guilherme defendia.
O pai, engenheiro de 60 anos, conservador e depressivo não aceitava as atitudes do filho. Proibiu Guilherme de participar da tal reintegração de posse que ocupava universidades e lutava contra as propostas da PEC 241.
Discutiram. Discutiram feio por sinal. Dessas discussões onde se ouve gritos, xingamentos e ameaças. Saíram cada um para um lado.
Guilherme deu as costas e foi a luta.
Que a luta não pode esperar.
Quem sabe ele foi cantando a canção de protesto de Vandré.
Pra não dizer que não falei das flores.
A mãe na sala ao lado ouvia a discussão.
Em oração repreendia e preferiu não interferir.
Vai saber o que se passa no coração de uma mãe.
Aquela dor recolhida, aquele choro engolido, uma aflição que parece não ter fim. Um anseio de ver a paz reinando no almoço em família do dia seguinte.
Um almoço que não acontecerá mais.
O pai tinha o tempo de esfriar a cabeça ou sacar uma arma.
Advinha o que ele fez.
Voltou para casa.
Encontrou apenas aflição e oração em forma de mãe.
O filho não estava mais. Encontrou Guilherme numa praça perto de casa e disparou contra o filho quatro vezes. Houve tumulto e gritaria.
Guilherme conseguiu correr, mas o pai alcançou o filho e com mais disparos o matou.
E com o mesmo tempo que ele levou para sacar a arma, debruçou sobre o corpo do filho, talvez arrependido da besteira feita. Não quis ficar e lutar contra a justiça social e brasileira.
Que por sua vez nem é tão severa assim.
Preferiu antecipar o julgamento e a justiça divina.
Guilherme deu as costas e foi a luta.
Que a luta não pode esperar.
Quem sabe ele foi cantando a canção de protesto de Vandré.
Pra não dizer que não falei das flores.
Ninguém sabe, ninguém ouviu falar.
O que todos sabem é que ele foi.
Infelizmente, pra nunca mais voltar.
Tirésias:
“Afirmo-te, pois: o homem que procuras há tanto tempo, por meio de ameaçadoras proclamações, sobre a morte de Laio, está aqui! Passa por estrangeiro domiciliado, mas logo se verá que é tebano de nascimento, e ele não se alegrará com essa descoberta. Ele vê, mas tornar-se-á cego; é rico, e acabará mendigando; seus passos o levarão à terra do exílio, onde tateará o solo com seu bordão. Ver-se-á, também que ele é ao mesmo tempo, irmão e pai de seus filhos, e filho e esposo da mulher que lhe deu a vida; e que profanou o leito de seu pai, a quem matara. Vai, Édipo! Pensa sobre tudo isso em teu palácio; se me convenceres de que minto, podes, então, declarar que não tenho nenhuma inspiração profética”.
(Édipo Rei)
Ter uma criança e ser de uma criança é, definitivamente, fugir do perigoso e pernicioso mundo adulto por alguns instantes.
Ouça as melodias...
Desde pequeno brincava com seus amiguinhos invisíveis e com eles dividia os poucos brinquedos que possuía, eram de madeira, já os pintara várias vezes, ria alto e como se divertia.
Os pais acabaram se acostumando com essas companhias e achavam que com a idade isso passaria, e, com o correr dos anos os brinquedos foram ficaram de lado, já não recebiam muita atenção.
As conversas com seus amigos imaginários não eram mais tão frequentes, vez ou outra parecia que ele só ouvia e acenava com a cabeça, ora sim ora não.
Já adolescente ficava horas em silencio debaixo da velha goiabeira no meio do quintal.
Lá se achegava, deitava no chão e ficava em silêncio, dava para sentir que ele estava longe dali, bastava atentar para o seu olhar, distante e sereno, todos os dias passava um tempo por lá.
Filho único ajudava a mãe nos afazeres da casa e sempre que ela pedia corria até a mercearia para buscar um pouco de tudo, arroz, feijão, café, açúcar, farinha, naquele tempo quase tudo era vendido a granel, até o óleo era tirado na hora de um latão, o dono, um senhor já com certa idade, girava uma manivela e num instantinho o litro de óleo se enchia, não pagava a conta na hora, tudo era anotado numa caderneta e antes de ir embora, ouvia mais uma vez:
- ô piá, continuas a falar sozinho? E dava risada, não fazia por mal e ele não ligava, nunca se incomodara com as brincadeiras dos poucos amigos da vila.
Ao completar dezoito anos ia para a cidade grande, moraria com tios e precisava arranjar trabalho e, se possível, continuar os estudos.
Chegado o dia, os pais repetiram algumas vezes mais todas as recomendações e quando a mãe com ele estava sozinho, perguntou-lhe – meu filho, nunca falei nada nestes anos todos, com quem você brincava e conversava tanto e depois isso parou e você ficava quieto debaixo da goiabeira?
Segurando entre as mãos o rosto de sua mãe, ambos com olhos marejados, disse:
Minha mãe querida, obrigado por todo amparo e ajuda, aprendi muitas lições, visitei lugares distantes, uns diferentes dos outros, conheci muitos amigos mais, agora, para onde estou indo, por lá já estive, fique tranquila, nunca estarei sozinho, sei que tenho algo a fazer, não sei muito bem o que é, mas estou certo, chegará a hora.
Lembra quando a senhora ficou muito doente e o pai não sabia o que fazer? Meus amigos me tranquilizaram, a senhora ficaria boa e não mais sofreria.
Sei que enfrentarei dificuldades e que a vida não será tão tranquila como a que tive aqui, meus amigos estão me dizendo:
- tenha calma, as viagens cessarão por um tempo, mas continue a ouvir as melodias...
OBRA X PECADO
Já pensamos nisso alguma vez?
Por que então ficamos envaidecidos quando criamos algo novo?
Por que então ficamos enraivecidos quando questionados por tal fato?
Por que então viajamos com nossas ideias mesmo sendo ruins?
Por que então não nos cansamos de querer inventar alguma coisa?
Por que então colocamos culpa na evolução como pretexto para mudança, sabendo que as coisas poderiam ficar como são?
Para mordermos a maçã e desafiar a Deus, queremos sempre comprovar nossa existência por nós mesmos, como se fôssemos criador dela. Aceitemos que somos filho!
"Acho que as pessoas esqueceram o que é família.
Acho que os homens e mulheres estão desistindo em fazer uma família.
Todos estão pensando em um jeito individualista.
Famílias com ganância de achar que um é melhor que o outro, esquecendo de olhar para si.
E deixando a união e o amor morrer com o tempo.
Famílias nunca é só o que te criam tipo pai e mãe, e sim pessoas que podem te amar e acolher."
*AVÓS*
Não poucas vezes paro no tempo e me pego a recordar
dos bons tempos em que eu ouvia os meus avós a me contar.
As histórias de como tudo começou e de como pouco a pouco,
tudo tudo se ajeitou.
Avós tem cheiro de alegria, de amor, de diversão.
Às vezes uma bronca ali e logo um pedido de perdão,
que vinha com aquele prato preferido, muito bem escolhido para voltar a comunhão.
Ser avô ou avó, algo espantoso, curioso,fenomenal,
pois é ver o fruto do fruto trazendo esperança afinal,
de que um dia a sua lembrança será verdadeiramente imortal.
Que amor é esse que faz os seus netos se sentirem tão amados? Respondia minha avó: "Tudo isso meu filho é porque eu amo dobrado."
Pr.Nilton Sodré.
O destino dos Filhos não é unido por força, mas pela espontânea atração da adoração á verdadeira essencia do pai.
Há determinadas situações pelas quais a vida nos permite passar, que, ainda que quiséssemos, não conseguiríamos descrever. Ser pai é uma delas. É como se “ninguém pudesse dormir nossos sonhos”.
O SEGUNDO DO ADEUS
Foi um tiro a queima roupa, um estrondo em meu ouvido acompanhado da pólvora queimando a minha pele, o que mais doeu não foi a bala cortando a minha carne e entrando em meu peito. E sim o olhar irado e inconsequente daquele que estava em minha frente, me olhando como se tivesse cumprido uma missão. Mal ele sabia que os meus problemas agora eram os problemas dele. Naquele momento não tive tempo de me despedir, simplesmente de pensar que minha vida não valia mais nada naquele momento, e que todos que ficaram lembrariam com dor daquele momento. Tentei perdoar aquele que puxou o gatilho, mas era tarde, ele já sentia o peso da consciência, quando viu meus olhos apagarem em uma ultima lágrima percebeu que já não havia mais nada a ser feito, sentiu nas costas o peso a responsabilidade de matar um pai e um filho. Foi quando ajoelhou e deu um grito de dor, que de tão alto soou como o som de uma trombeta: Meu Deus! o que eu fiz! Deus não respondeu pois ele segurava forte a minha mão pra que não me perdesse naquele caminho iluminado. Foi ali que percebi, valeu a pena cada segundo dessa vida.