Ovo
O primeiro a nascer ter sido o ovo ou a galinha…
Por todos crias sermos, desta bola;
A que veio primeiro, pouco importa;
Importa em tal, não sermos gente torta;
Importa em nós bem vermos: boa escola!
Importa em ela muito: investigarmos;
Como até já, o tanto havemos feito;
Pra abolirmos de nós todo o defeito;
Que tão nos impede de nos ligarmos.
Importa, como bons primos nos darmos;
Por filhos, da nossa mãe natureza;
Onde todas as crias, tal pariu!...
Tal como em bons IRMÃOS, a nós tornarmos;
Por DADA a nós A INVISÍVEL, Riqueza;
Que a gente sente, mas cá jamais viu.
Com uma sempre prudente e agradecida Alegria;
Na escala evolutiva de um governo, a ética e a responsabilidade fiscal são o ovo, enquanto serviços básicos de qualidade são a galinha.
Essa será a campanha eleitoral do ovo. Não no contexto do carro a passar ecoando sua vinheta, mas no ambiente dos palanques e quem nele estiver recebendo uma fragorosa ovada.
Até o mais apaixonado por você, uma hora cansa de ser "baba'ovo", se não houver reciprocidade (...).
Ensinem os seus filhos que até com uma linha
Da pra brincar
Que um ovo frito também pode alimentar
Que as vezes uma festa de aniversário simples
Vale mais que o luxo,
Que a cor da pele não nos torna diferente dos outros
Ensine os seus filhos
Porque tem muitas pessoas que não tem linha
Tem muitas pessoas bebendo água e comendo
Farinha, tem muitas pessoas que não pode ter
Um pedaço de bolo, e que se importa com a pele é coisa de tolo
Ensine os seus filhos porque se não
Quem vai pagar o preço são vocês.
Desconfio que o Amor esta guardado em cada um de nós, feito ave no ovo,
pássaro esperando a hora certa de ser revelado.
Ovo ou bacon? A galinha responde: bacon, o porco: -- ovo. Aí perguntaram, sobrecoxa com bacon é delicioso.. Ambos responderam: -- salada é melhor para o coração. Moral da história? Qual seu grau de comprimento em suas lutas? Você é a Galinha ou o Porco?
Reflexão.
O ovo e a batata.
Está frio....
E ele insiste em ficar silecioso...
Em nossa alma...
Existem vales de blocos congelados...
Excesso de nevascas que tempo moldou...
O clima vai mudando conforme as estações do ano...
Quebrar e derreter essa rocha gelada...
Eu sei que não é fácil...
Em certos pontos devemos pisar firme...
E isso fará algumas rasgaduras onde pisamos....
Na revolta que meu cerebro armazena....
Por alguns momentos exalam faíscas....
Sozinho...
Tento me aquecer com as fagulhas que soltam....
Por dias e mais dias....
Bate uma sede e uma fome incontrolável...
Tudo muda...
O vento e o tempo me dizem...
Vá....
Caso Tropece nas fendas...
Os blocos irão cada vez mais se apartar...
Paciência....
Muita calma nessa hora....
Mesmo com a alma vazia....
O oxigênio é solúvel em certas altitudes.....
Mato a sede de algo que não vejo....
Me alimento do próprio Sol.....
E sinto em mim , a prova do fogo....
As lágrimas caem....
E super aquecidas racham o gelo....
Percebo...
Que inusitada fé...
Que essa natureza nos trouxe.....
Chorar...
Chorar muito....
São elas que fazem...
Sermos fortes....
São elas que derretem os blocos congelados que há dentro de nós mesmos.....
Mas o quê é de fato chorar....?
Ser emotivo por qualquer coisa....?
Não....!
Mas o choro que rasga a face...
Daqueles que incham os olhos...
Daqueles que empedram ao redor de nossas pálpebras....
Daquele que só você é capaz de ouvir...
Temos que entender uma coisa...
A água quente amolece a batata que está escondida em sua casca...
É a mesma água que endurece o ovo....
Reflitam....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Poema do ovo
Um dia talvez.....
Continuo sendo freguês.....
No meio de uma cidade.....
Ou qualquer mercado qualquer....
Com sapato novo....
Começo o dia.....
Complementando o povo......
De lapis na mão.....
Falarei pra essa gente....
Um assunto diferente.....
De um novo poema.....
Cujo o tema é o Ovo.......
Não sei se serei bobo......
Ou Falarei enganando os bobos....
Na casca do ovo.....
Acho que o bobo sou eu......
Mas o ovo não morreu...
A galinha com suas forças....
Vai fazendo força.....
Vai botando.....
Por onde vai passando.....
Deixando seu ovo.....
21 dias chocando.....
Pintinhos abortados....
Outros vingados.....
E vai se espalhando......
Na frigideira.....
Coloco manteiga.....
Saiu o Zé do olhão......
Ou se preferes.....
Bife do zóião.......
De olho no ovo.....
Bato a casca na quina.....
O ovo também serve.....
Na era da medicina.......
Alimenta todos nós....
Muita clara e gema........
Batendo bem direitinho.....
Temos o omelete....
Muitos usam e fazem seus testes....
E serve o mundo dos cosméticos.....
Tem gente....
Que só quer ser diferente.....
Come ovo cedo....
Até no café.....
Vai juntar ovo batido.....
Quando enjoa.....
Come cozido.....
Bicho da casca mole......
Dele também se faz maria-mole.....
Pro bolso é muito poupavel..
Vamos continuar comendo.....
Esse alimento inigualável...
E nos mantendo saudavel.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Ora que vence a miséria
Um copo de água, uma cartela de ovo, não aceito a miséria oro o renovo, a escassez em todas as vias, por onde andas oh meus passos encontra barreiras, uma história constrangedora, o inimigo quer triunfar de qualquer maneira, se aplacou na minha vida, impondo a sujeira, não mais limito a clamar, chamar, e estar em harmonia, em sintonia com o coração de Deus e o meu como altar, suplico e oro mesmo, invoco e humilho me, mediante as grandezas desse Deus, não é possível que minha vida continue desmontada, tanto profissional, conjugal, sentimental, espiritual.
Penso que não estou criando ponte de ingratidão, nem tão pouco a ser advogado de problemas, mas de fato o inimigo persegue e existe como eu, muitos e muitos dentro de dilema.
Senhor pai, confesso e repito, minha necessidade do teu Espírito, do teu vigor, poder e sabedoria, ao nome de Jesus, reflito assim para que eu entenda e possa glorificar primeiramente teu nome através de minha vida, assim seja pegado no colo a quem anseia teus braços.
Giovane Silva Santos
Ovo, larva, pupa e estágio adulto: a alternância entre as fases de uma metamorfose segue um padrão linear de duração, variando insignificantemente em dias, que se tornam meses e assim uma diferente existência emerge do casulo que abrigou temporariamente um ex-alguém. Me valendo mais uma vez em puro caradurismo da mecânica do mundo, roubo para mim a semiótica e afirmo com provas e convicção que o que nos resta do passado é a pavorosa lembrança de quem fomos há um milésimo de segundo (caso prefira, converta esse tempo à duração que lhe convém). A essa altura do campeonato, se me sobrou um resquício de decência, só me resta admitir o ódio inerente àquela garotinha estragada que acreditava ter o mundo em mãos, mas nem sequer era capaz de administrar os próprios devaneios. Bom, não que isso tenha mudado drasticamente de lá para cá, mas convenhamos que as medicações aparentam surtir um melhor efeito. Apelando (como de costume) a pieguice, dou sinal verde às minhas lágrimas, e que desçam em um tom cinematográfico por essa cara maldita que não passou um dia desse ano hediondo sem levar uma boa bofetada da vida! É, há um ano eu caminhava ao entorno de um parque enquanto levava rajadas de ventos que me desnorteavam em meio a um frio meia-boca de quatro graus, agora me sento no telhado com uma bebida usurpada do armário de meus pais escutando à pavorosa sinfonia de rojões que não tem nenhuma utilidade além de acelerar meus batimentos cardíacos e impulsionar o negativismo que me lembra o calor insuportável que terei de aguentar amanhã. Neste momento deveria estar pensando em como abordarei os acontecimentos traumáticos de dois mil e dezenove nos próximos dez anos de sessões semanais de psicanálise, mas estou escrevendo como uma artista falida mantida pelos pais (sim, é isto o que sou). Afinal de contas, nem os pobres textos escaparam de todas as tragédias, há tempos não vomito a podridão que me faz de hospedeira em um texto melancólico e grotesco, já que por motivos desconhecidos tudo o que escrevo adquiriu um caráter erótico e esporadicamente crítico, minha esperança é de que sejam os tais hormônios os culpados, aliás. Enfim, nessas horas vale a pena citar meu bom e velho amigo Belchior e dizer que ano passado eu morri, mas neste ano eu não morro (espero, não suporto hospitais).
Melhor aprendermos a ser gratos pelo "arroz com ovo" do que ficarmos angustiados e sofrendo pelo alimento gourmet que não temos, pelo corpo fora de forma estética que temos do que de uma imagem de deus grego perfeito que não temos ou não conseguimos ter.
É na água quente que o ovo endurece e o aipim amolece. Não são as condições externas por si só que nos transformam, mas conforme o que temos em nossa própria essência real.
JUNTOS!
A população investe
movida a cuscuz com ovo
não importa o que reste
junta o velho e traz o novo
porque a força do nordeste
vem do braço do seu povo.
Meu dia!
O sol brilhando de novo
raiando no meu jardim
na mesa cuscuz com ovo
meu dia começa assim
oferecendo ao meu povo
o que eu desejo pra mim.