Ouvir
Saudade
Quando meus ouvidos doem com os ruídos da cidade grande, nasce um desejo de ouvir o balanço do vento, o canto dos pássaros e o caminhar das águas dos rios.
Pra acalmar as tempestades internas do meu coração.
Me sinto no seu dorso
Posso ouvir o som
Se meus olhos fechar
Ao fundo da música vibrar
Os seus cascos o chão tocar
É como sentir a liberdade
Com o vento que choca contra meu rosto
Estou de braços abertos
Ela vem me tocar
A Lua mandou
Como presente
Seu Alazão nos visitar.
Nestes tempos difíceis, é preciso enxergar além das aparências, ouvir os gritos silenciosos e falar com atitudes concretas...
Silêncio.
Quero ouvir. Só oiço o que está aqui fora
Por dentro nada.
Escuto atentamente.
Respiro. Respiro novamente com consciência do que estou a fazer.
E volto a escutar.
Sondo: varro tudo dentro de mim.
Nada.
Tudo sereno. Só tenho percepção do movimento do tórax: dilata, expande, e colapsa controladamente.
Fecho os olhos para melhor sondar.
E ponho-me novamente à escuta.
Espero.
Só a presença do nada aflora.
Fico na presença.
E escuto então: vem de dentro, das paredes interiores, a vontade de partilhar. Porque partilhar também é ser. Ser no mundo.
O mundo dentro de mim.
O ser que sou na presença desse mundo.
Só sou eu a ser presença.
A vontade de ir regressou até às suas origens.
E eu escuto novamente a presença desse nada.
Nenhum verbo serve.
Nenhuma acção...
A presença não é. Está!
Estar é consciência das paredes de onde nasce a origem.
Escuto novamente. O peito dilata, expande, retém. Para colapsar, de seguida, controladamente.
O que saiu, escapou. Existiu!
Não se apresse em ter respostas imediatas, aprenda ouvir os silêncios, respeite eles, eu sei é desconfortável, porque no silêncio muitas vezes há barulhos, mas há tesouros escondidos nele, e só é possível de encontra-los quando aprendemos a ouvi-lo.
Eu não sou um pensador
por estar sempre pensando
Eu sou um pensador por ter tempo
para ouvir meus pensamentos,
julga-los e sentencia-los
a um caderno por escrito
Ouvir as negruras
Que seguram as minhas paredes.
Estou nessa presença
Sentir o que foi construído
Ruínas em cima de ruínas
Ruínas novas
Mostradas com vaidade de quem não tem nada para mostrar.
São olhos vazios que tudo engolem
Olhos absortos, viscerais
Olhos ligados ao coração
Olhos bombeados, angustiados
Apertados.
Dos escombros teimam em sair devaneios lúcidos.
Ruínas perdidas, caídas
Levantadas com fulgor de um último grito.
Sempre último
Sempre presente
Nunca ausente.
Grito sempre seguro por estas paredes nascidas
Nestas ruínas crescidas,
Fortes, levantadas, esforçadas
Ora presentes, ora ausentes.
É notório como as pessoas, uma maioria, não sabem ouvir.
Elas falam, falam, falam, justamente no momento mais importante em que elas estão diante de algo que precisam saber.
"Não importam as circunstâncias, ouvir a voz inabalável da sua consciência e guardar consigo a paz interior de saber estar fazendo aquilo em que acredita é o que basta para o êxito de seus propósitos, não os resultados, porque a vitória não advém do quanto se obtém, mas de como você resiste e assim resoluto em sua jornada, simplesmente, persiste."
Quem nunca inventou desculpas pra ouvir a voz da pessoa e se aprofundou numa oportunidade vazia.Que nem mesmo você sabia ,por orgulho você não diria. E que no final daquele áudio sombrio ,esquecer faria mais sentido.
Rodeio Silenciando
Poetisa daqui
desta Rodeio silenciando
permite ouvir melhor
a passarada cantando
e pelo Médio Vale do Itajaí
cercada que têm me feito
todos os dias encantada
num ânimo catarinense
de corpo, alma e coração,
escrevo mais este poema
para o meu poemário de paixão;
Morar aqui todo o dia
é uma poesia a ser escrita
e tenho tido inspiração
para para me preparar
para dias melhores que virão.
Só quem consegue ouvir o barulho do vento.. é capaz de dançar ao relento ... há música pairando nos ares...
Falta de sintonia, falta de querer ouvir a voz um do outro, parecer que a saudade não é tão grande como antes… ter vontades diferentes, isso tudo me assusta! Mudanças me assusta e me fazem querer desistir de tudo, só para não me machucar.
O Senhor proverá.
Eu jamais consegui ouvir a voz do Senhor, mas a tua palavra sempre esteve presente para me conduzir e para me fazer acreditar em ti. Me conheces desde o ventre! O Senhor mesmo permitiu que eu viesse a este mundo.
Sabes de todas as coisas contrárias que eu fiz, as que ainda faço.
Sabes do meu deitar e o meu levantar, dos meus anseios, da praga que insiste em assolar minha mente e dos pensamentos que atormentam os meus dias!
Quanta tribulação está associada aos meus dias? Desde o ventre enfrento os piores.
Durante toda a minha vida não tive uma visão vinda do Senhor, mas parei para ouvir aqueles que diziam-se profetas dispararem uma torrente de profecias!
"Um rebanho", "uma porta", "riquezas", " tu é um escolhido"...
Quantas foram? Eu nem me lembro!
Quão irresponsável fui quando deixei de ler a tua palavra e orar ao Senhor em busca da verdadeira sabedoria e do verdadeiro sentido da vida.
Jamais ouvi tua voz, mas sei que és real e que tens me guardado até esse dia. Graças ao Senhor tenho um trabalho, uma família e o bocado que preciso para viver! Espero ser digno de recomeçar e descobrir o real propósito de minha existência. Perdoe-me Senhor!
Obrigado por tudo!
Prefiro ouvir uma história mal contada por não saberem dizer melhor, do que uma história bem contada só para iludir o parceiro.
Para que todos possam igualmente ouvir gentilezas, é necessário que antes todos aprendam a dizê-las.