Ouvido
"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas."
Deixo meus fones no ouvido
Não posso ouvi-la reclamar
Não conseguiria aguentar
Meu pulso esquerdo está ardido
Andei pelas ruas escuras
Mas fui iluminada por postes
E carros que passavam no asfalto
Me olhavam, como se eu fosse o absurdo
Eu quis ser um andarilho
Que anda pelas ruas, sem brilho
Mal vestido, maltrapilho
Fui da vida, um péssimo filho
Encontrei no caminho uma pedra
Uma daquelas bem pequena e pontuda
Usei-a no meu braço esquerdo
Doía, mas não como minha'alma
Andei... tantas ruas
Eu quis a morte
Quis as ruas
Quis o inferno
Mas sou fraca demais
Não consigo ir
Ao encontro da morte
Nem das ruas...
Eu sempre volto
Saio à noite
Mas volto
Ao inferno.
Uma nota,
Um tom acima.
Um Si. Sustenido.
Canção suave ao ouvido.
Um instrumento desafinado.
Deixou a música de lado.
Taças vazias. Agonia!
Gritante ânsia.
Distância de drinques.
Noites de velhice.
Notícias tristes.
A vida não mais existe.
"gostaria de ouvir sua voz no meu ouvido
dos teus labios na minha boca
das tuas mãos na minhas mãos...
mas a distancia é tao grande que apenas tenho lembranças...."
A tua voz soa tão bem em meu ouvido, que as vezes quando fala baixinho, que me ama até parece um anjo
Te daria um abraço bem apertado, falaria dezenas de coisas bunitas pertinho do seu ouvido, o qnto vc eh importante pra mim, q soh te irrito pra ter uma variedade maior de sentimentos por mim, pra q me odeie e me ame em seguida... e enquanto naum sentisse seu corpo rendido ao meu abraço... Naum te largaria, acariciaria, olharia bem fundo nos seus olhos...
POEMA SEM COMANDO
Tem um barulho doido dentro do meu ouvido. Dissonante.
Ressoando toda uma confusão de cartas outrora já marcadas.
Não sei se é o ampl de guitarra ou as minhas cordas vocais, adulteradas.
Não sei.
Aliás, saber é algo que deveria passar pelos ouvidos. Olvido. Esqueço.
Álias, lembrar é papo pra outra sessão de análise.
Estou literária
minha mente
suspensa.
tô nessa de deixar fluir no papel
abstrato
o que tratei desde a cura
há tempos
remediada.
eu medeio sem medida o tédio das distorções, em mais sílabas, acredita?
eu leio, eu laço a palavra a gerar sinônimos de desentendimento,
e você?
me entende?
sei lá
o que há
aqui
talvez o vazio
amortecido
do que já vivi
lívido
e decapitado
descrito com letras duplicas e maiúsculas.
pequena
eu.
e um mundo inteiro de esperanças
parado
no ponteiro exato
quem sabe
um dia...
amanhã?
não.
a negação presentifica o desejo de existir
paradoxal
é o nada...
nada consta
em teus olhos
só há espaços.
eis o sábio parágrafo repetido pela minha própria ignorância
em manusear a palavra com cuidado
palavra dada
gera dados
e estes,
- enfim -
demandam
fatos.
e eu
desmando
- o tal malandro -
Nem eu
nem você...
“ Ser diferente e um ser ausente, que por mais que se esforce nunca será ouvido ou intendido, porém faça com que te respeitem, seja firme com suas ações seus sentimentos, não se copie e nem se duplique, porque assim ganharas o respeito dos bons entendedores, e pra sua autoestima isso já basta”
ADORMEÇO E SONHO CONTIGO
ACORDO DE MANHA COM UM
PASSARINHO , QUE AO OUVIDO
ME VEM DIZER , QUE ES SO MINHA
SEM NINGUÉM MAIS TE QUER !
TU ES SEXI , BONITA E
SONHADORA ,MAIS PARA MIM
ES MESMO UM AMOR . OUVI-TE
CANTAR ,VI-TE DANÇAR , MAS AO
VIVO... SO SE FOR A SONHAR <3 <3
Claro é tudo que é claramente escrito, falado ou ouvido sob os sentidos humanos e expressado pelas ações dos seres.
"Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apocalipse 3:3
"Verdades ditas ao pé do ouvido. Paixões confessas no escuro do canto, eu te amo que sai assim tão de repente. Tem coisa melhor que ser surpreendido, por algo que a gente espera nunca nos ser dito"
O SEGUNDO DO ADEUS
Foi um tiro a queima roupa, um estrondo em meu ouvido acompanhado da pólvora queimando a minha pele, o que mais doeu não foi a bala cortando a minha carne e entrando em meu peito. E sim o olhar irado e inconsequente daquele que estava em minha frente, me olhando como se tivesse cumprido uma missão. Mal ele sabia que os meus problemas agora eram os problemas dele. Naquele momento não tive tempo de me despedir, simplesmente de pensar que minha vida não valia mais nada naquele momento, e que todos que ficaram lembrariam com dor daquele momento. Tentei perdoar aquele que puxou o gatilho, mas era tarde, ele já sentia o peso da consciência, quando viu meus olhos apagarem em uma ultima lágrima percebeu que já não havia mais nada a ser feito, sentiu nas costas o peso a responsabilidade de matar um pai e um filho. Foi quando ajoelhou e deu um grito de dor, que de tão alto soou como o som de uma trombeta: Meu Deus! o que eu fiz! Deus não respondeu pois ele segurava forte a minha mão pra que não me perdesse naquele caminho iluminado. Foi ali que percebi, valeu a pena cada segundo dessa vida.
Calço um tênis e boto meu fone de ouvido e saio correndo por aí. Me chamam de louco, mas é essa minha loucura que me faz bem...
Ao despertar hoje, Deus me cochichou no ouvido: Chegou o momento de ser feliz, eu acreditando no pai, comecei a ser!
Sergio Fornasari