Outros
Uma das características do gênio é a intuição: ver sem esforço o que os outros somente descobririam com grande trabalho.
A demasiada atenção que se emprega em observar os defeitos dos outros, faz que se morra sem ter tido tempo de conhecer os próprios.
A cada passo encontramos cãezinhos a brincar uns com os outros; parece que entre eles reina sincera amizade; mas se lhes atirardes um osso quando brincam, ei-los inimigos; pegam de rosnar, ameaçando, e daí a pouco dilaceram-se. Tal é, frequentemente, a amizade dos irmãos, de pais e de filhos.
Se não nos perdoamos por nossos erros, e aos outros pelos sofrimentos que nos infligiram, terminamos debilitados pela culpa. A alma não consegue crescer sob um cobertor de culpa, porque a culpa é isoladora, enquanto o crescimento é um processo gradual de reconexão com nós mesmos, com outras pessoas, e com um todo maior.
O que o moralista mais odeia nos pecados dos outros é a suspeita acusação de covardia por não ter coragem de os cometer.
Os erros são, no mínimo, um sinal de que estamos saindo da estrada principal e experimentando outros caminhos.
A imagem que você projetar de si no espelho é a mesma que os outros estão vendo. Agora sorria e perceba como tudo se transforma à sua volta.
O que os outros pensam de nós teria pouca importância se não influenciasse tão profundamente o que pensamos de nós mesmos quando tomamos conhecimento da opinião alheia.