Outro eu
Eu e minh’alma
De João Batista do Lago
Aqui, diante um do outro,
eu e minh'alma nos olhamos
‒ com olhares narcísicos.
Acima de nós um espírito que nos contempla
admirado e intrigado e esperando o primeiro verbo…
Quem, diante de nós falará a palavra inicial – ou terminal! ‒
num afeto magistral de dois entes que se amam, mas se destroem ao mesmo tempo,
na nave que nos segreda a milionésima parte dos nossos átomos
que nos tornam unos e indiferenciados?
A fogueira do tempo queima-nos diante da divinal espiral
que nos empurra para cima
fazendo com que dancemos os enigmáticos sons
que nos saem dos mais profundos átomos
que nos enfeixam de vida e morte,
como se vida e morte existissem!
Eu diante da minh'alma sou eu e minh'alma.
Sou único…
sou uno!
Sou apenas alma.
Sou apena eu.
Somos o átomo universal na cadeia infinita do universo
que nos produz como carnes e verbos
oferecidos aos lobos que se nos desejam alimentar.
Ó grande espírito que nos espreita,
se nós – eu e minh'alma –
tivermos que furtar o fogo para ajudar a toda humanidade
a superar seus atributos infernais,
assim o faremos.
Em nós – eu e minh'alma –
não há sentimentos de pudicas verdades…
O universo é o espaço e o tempo
que precisamos para gerar nos ventres cosmológicos
os sãos sujeitos de nós mesmos:
a trindade agora é perfeita…
é única…
é una
– eu, minh'alma e tu, ó grande espírito!
Entendido pois está o mistério:
Somos tão somente o verbo atômico universal.
Se eu tivesse apenas alguns minutos de vida e se a gente não tivesse perto um do outro, eu gastaria esse tempo falando no telefone com você.
Preciso de um outro eu para estar comigo.
Mero senso de localização. Pois se só há um, nunca saberei de fato onde ele está.
Quando em dois, posso dizer;
estou aqui.
A minha vida teve somenmte dois sentidos, o destino foi um o outro eu ainda não encontrei, mas desconfio que ele esta no outro lado da vida.
"Tudo o que eu divido com o outro, eu multiplico para mim. Quanto mais amor eu distribuo, mais amor eu recebo!"
Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.
1 Coríntios 3:4-7
toda vez que fixamos os nossos olhares um para o outro,eu sinto que o mundo pertence-se apenas para nós dois!
Hoje eu me deparei com você...
Quando trocamos olhares um com o outro eu lembrei da gente, de como éramos tão próximos.
Vivíamos como amigos coloridos, dizendo pra tudo e todos que não existia nada mas no fundo sabemos que tinha algo a mais, além do carinho da amizade, o amor foi crescendo nos nossos corações e fomos nos apegando e se entregando um para o outro.
Quando eu vi você, foi como encontrar aquele velho amigo de infância, mas você não é esse amigo, você é o amor da minha vida, você é a mistura dos momentos bons, você era o coletor das minhas lágrimas e às transformava em alegria.
Eu sei que sente saudade das nossas conversas, da minha risada, das brincadeiras e dos nossos momentos. Digo isso porque também sinto o mesmo, e toda vez que olho nos seus olhos eu vejo um vislumbre de nós dois, a esperança brilhando lá no fundo.
Queria apenas que você vol mim
Se deixo minha FÉ dependente do que eu sinto, um dia eu creio e no outro eu não creio.
Se vai tudo bem eu creio, se não vai eu deixo de crer. Altos e baixos.
E assim meu “histórico” de FÉ poderia ser representado como um eletrocardiograma: sobe e desce, sobe e desce, sobe e desce...
"Acordo cedo.
Assumo outro eu.
Cansada, vamos lá;
Jogar água fria no sonho que
estava me queimando ontem
à noite.
Que eu botei fogo com vinho."
Disseram-me que a única maneira de superar um amor era tendo outro....
Eu não quero ter outro amor
Pois não quero esquecer-te
Tu, que és meu maior erro
Não quero esquecer-te, amor
Por uma noite, você me perdeu-me.
O outro eu, citou versos poéticos, procurando uma companhia, eu me perdi em você.
Um eu, um tempo e um outro eu de outro tempo
"Olhando-te, eu.
Observando-me em você enquanto eu.
Sou outro, porém, você.
Esperando ser por mim, eu.
Para que eu seja você e ainda eu.
Toda via, por nós".
Com outro eu vou sofrer do mesmo jeito. Prefiro o flashback que eu conheço.