Outono
Quatro Estações
Primavera em minha vida foste.
O frescor de tua pele, o sorriso,
os olhos vivos e alegres eram
borboletas à minha volta.
O amor cresce com os dias, e o nosso
foi quente e ardente.
Eras a chama que aquecia meu coração,
e juntos éramos chamas de um verão.
Passam-se os anos a vida continua,
nós vivíamos o nosso amor eterno.
Tínhamos a calma dos anos,a paciência
de quem já vivera o moderno, vivíamos
agora o nosso outono.
O luar da vida, passou para os cabelos.
A ligeireza e a volúpia foram-se,
foi-se também o teu frescor.
Restou apenas um ser, que respira e vive
desse amor, que até o meu fim será eterno.
Só eu acabei vivendo o inverno.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Tempo
A tristeza assola essa terra
Tristeza sem fim, sem trégua
Nostalgia outonal
Saudade condicional
O vento sopra a poeira do que restou
Trazendo consigo lembranças de um tempo...
Lembranças que vivi...
Lembranças que sempre sonhei...
Tristeza e saudade de tudo
Recordações doces de uma vida amarga
Tempo que não volta...
Tempo que não para...
Que seu coração seja capaz de se aquecer apenas com um reflexo de luz nos dias frios e que sua alma se empodere com a chama divina que habita em você. E mesmo que seja outono ou inverno, desejo que sua essência seja florida nos matizes da esperança, no desabrochar do bálsamo da felicidade e de toda a riqueza que há no universo.
Se eu não chorar de alegria,
de tristeza é que não vou chorar,
não deixo que se nuble o meu dia,
Deus há de me abençoar !
Nas linhas incertas da vida eu voo como pássaro durante o verão, procurando lugar seguro para saciar minha sede. Se encontrar abrigo, ali me alojarei. Construirei meu castelo com galhos e folhas retiradas do chão, onde das árvores caem, no outono. No inverno fugirei do frio e na primavera voarei livre outra vez.
Bem-vindo, abril.
Que abril traga consigo as bênçãos da renovação, da mudança, do recomeço que marca não só uma nova estação, mas a ressurreição de Cristo.
TEMPO QUE PASSA...
Malhando em maio
sem perceber "outonei".
Encolhido, assustado,
Adentrei ao inverno da minha vida.
Hibernei, busquei forças
esperançoso pela primavera
florida, rejuvenescedora,
de amores alentadora.
Anseio e vislumbro o verão
a cada amanhecer enevoado
direciono o velho timão
rumo ao Norte, ensolarado.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Passam rápidas as horas,
nos dias que seguem as estações,
todos levam de nós um pedaço
marcando saudade no coração...
Um dia você me disse
Que eu era sua primavera
Com minhas cores e cheiros
O verão chegou
E nós passamos por um calor intenso
Passamos pelo outono
As cores já não tinham muito brilho e o perfume já não era tão forte
Mas você disse que passariamos por essas e outras com sorte
E então chegou o inverno
O tempo esfriou, as cores já não eram vivas
E você já não podia cumprir o que prometeu.
Você foi embora.
O inverno qual você disse que ficaria acabara de chegar
E você, você se foi
Talvez procurar outro lugar
Um mais quente
Pois esse, esse já não te agradava mais
Você reencontrou alguém
Alguém que no passado foi o seu inverno drástico
De forma que eu nunca seria
Você preferiu abrir mão de quem estava aqui
Esperando passar pelo inverno pois sabia que uma linda primavera chegaria
Você preferiu se reaproximar do inverno que te machucou
Que fingiu ser verão, que pulou uma estação
E te derrubou com uma enorme bola de neve
Eu espero que não te ocorra novamente
Eu, esperançosa e colorida primavera
Espero que você perceba a imensidão de qualidades que eu, também inverno, posso ter
Só não demore para perceber
Que está vivendo na estação errada
Pois com as mudanças das estações
Borboletas novas procuram as flores mais coloridas
Turistas novos visitam as praias
Pessoas novas saem e apreciam as folhas secas caindo para que novas folhas apareçam
Animais novos procuram um cantinho bom para hibernar
Não deixe que eles
Tomem o seu lugar.
Quem é Ela?
Tem o abraço quente como o verão,
Para aquecer os corações em dias de inverno!
Ela veste as cores da primavera,
E seu sorriso, faz cair as folhas da inveja como no outono!
Desfrutando de uma inspiração a partir do pensamento de que talvez um dia eu seja surpreendido, apliquei a minha poesia e fiz estes versos a respeito de um tipo de declaração que eu não acharei ruim declarar, desde que seja para ela, aquela que aquecerá o meu coração, uma interação que valerá a pena, diferenciada, que em algum momento eu possa dizer
"Desfruto de uma alegria demasiada por amar-te, uma que não pode ser comparada, que instiga a vontade de admirar o teu sono enquanto dormes, que faz eu querer usar o meu tempo contigo, envolver-te em meus braços, acariciar a tua pele suave, saborear a viveza do teu sorriso, demonstrar-te o meu amor de uma maneira incansável, fazendo parte do teu regozijo.
Desfrutarei ainda mais se for recíproco, serás amada com atos, verás que tenho mais do que palavras para te oferecer, provarás do meu amor na prática, então, serás a minha mulher, o meu abraço será para ti um abrigo assim como o teu será para mim, reciprocidade semelhante a que o céu tem com as estrelas, o refulgir de uma relação vitoriosa, naturalmente, intensa.
Desfrutaremos juntos de muitas bênçãos, os nossos encontros serão mais frequentes, sentiremos o aconchego do outono, dançaremos na chuva, enfrentaremos tempestades para depois aproveitarmos as primaveras, o verão com a sua vitalidade, beijos demorados, desejos correspondidos, vivências de felicidade, onde a simplicidade será sempre incrível."
Instintos à solta... como fera
aponta o alvo e não erra
espera que da vida só lhe cheguem primaveras...
Hiberna no inverno,
no outono e no verão.
Testemunha efêmera
longínqua... como o som de um trovão.
Fingidor ferido,
caído, prostituído,
bárbaros ruídos...
teoremas de ilusão....
sortilégio, bruxaria, maldição.
O sol amanhece tímido, sem pressa alguma de acordar.
A brisa do amanhecer sopra fria, trazendo a nostalgia do outono.
Nesses dias tão cheios de poesia o meu pensamento vaga saudoso pelas lembranças de um tempo remoto e silêncioso chora pela dor do que eu tive que esquecer sem que jamais tenha esquecido.
Em um belo dia de sol, na correria do dia a dia, peguei um trem, os pensamentos voaram em trilhos, percorreram as estações. Um turbilhão de pensamentos começou a se passar em minha cabeça, sentimentos a mil, coração pulsando acelerado.
Passavam-se as estações, a locomotiva estava a todo vapor. Todo mundo com pressa de chegar ao destino. Pessoas entreolhavam-se vagamente, friamente. Haviam também as belas e singelas emoções e demonstrações de afetos... olhares que se viam, sobrancelhas que se arqueavam, sorrisos marotos e, por vezes, piscadelas como se fosse um convite a olhar a dimensão do outro.
O trem parava a cada estação
Pessoas desciam
Pessoas subiam
O baile dos trilhos continuava sem sessar.
A cada estação, uma história
A cada estação, novas pessoas
A cada estação, um novo destino
A cada estação, uma inspiração.
Me permiti a olhar para os rostos, os semblantes que ali estavam, eles falavam impetuosamente sem dizer uma palavra se quer. Percebi que muitos queriam um amor de verão a cada estação, onde amores se vem e vão a cada vagão. Aprendi que um amor de verão não seria o suficiente para uma estadia mais longa nesta estação. A locomotiva continuou a trilhar...
Percebi, ainda, que alguns queriam um amor que pudessem estacionar, um amor de estação, a qual a estadia fosse leve e sólida. Aprendi que um amor de estação iria permanecer ali, mesmo com o passar dos verões a cada estação, embora muitos trens passassem com os seus transeuntes frios e distantes.
Presenciei tudo isso e cheguei a uma conclusão: para aquém dos amores de verão a cada estação, quero continuar pensando que o amor onde eu possa estacionar, seja trilhado pelo afeto, tão livre e leve quanto a fumaça da locomotiva que baila no ar.
E sim, eu estava lá, a todo vapor!
Uma brisa outonal, que por aqui passeia, traz um perfume de saudade do que foi, do que não foi e do que poderia ter sido. Ela deixa também o coração com um gostinho de quero mais, mas nem ele sabe do quê. Apenas a percebemos quando nos envolve em carícias, perpassa os ramos, dança entre as flores e rompe qualquer espaço, fazendo um brinde à poesia dela mesma, pois é a própria.
É a vida acontecendo no crepuscular outono de todos nós. O tempo promete a virada, o calor forte arrefece aos poucos e pela paisagem já sente-se o ar de boas vindas à alguma chuva e frio.
Final de tarde, outonal hora sagrada,
cantam pássaros em despedida ao dia,
pela paisagem chega uma brisa perfumada
trazendo de algum lugar a prece Ave Maria
Final de tarde, tudo vai seguindo o tempo,
olhando apenas o que lá atrás ficou,
mas há sonhos novos e bons, sem lamentos,
neste devaneio nem percebo que tão só estou
Chego a ouvir o toque do meu coração,
um ritmo quente, quase de felicidade,
ele seria bem melhor em diapasão
se junto ao teu tocasse em realidade
Ambiguidade
Dias com o azul limpo e quente do verão. Crepúsculos e manhãs que permitem um cappuccino ou cachecol.
Frio e calor, chuva e sol, luz e sombra, folhas verdes e galhos secos...
Outono é estação. Estação é lugar de passagem, de chegada e partida.
Uma mulher do seu tempo, uma mulher à frente do seu tempo e com ampla estabilidade no seu agora e absolutamente resolvida com o passado. Uma suavidade de ventos que carrega folhas de outono, uma força avassaladora de furacão que não destrói , mas só constrói pontes e amizades. Uma mulher elegante no andar, no falar, no trato com os seus semelhantes.
Uma mulher que cuida do corpo sem jamais esquecer que a sua verdadeira beleza vem da sua essência interior e que desabrocha como flores no primeiro dia da Primavera.
Para Vani Martins
A Queda ( de uma Folha )
Ó Vento que embala este meu corpo
Que liberta os sentidos de uma doce melancolia
Ó Luz que invade e purifica os sentidos
Que abraça enquanto o tempo pára
Outrora Verde, corpo vestido de uma Primavera passada
Hoje Castanho, corpo despido de um Outono presente
“E doravante?”
Doravante cá estarei de novo para mais uma dança dos sentidos
Enquanto lá fora, águas prenunciam a chegada de um novo ciclo
Cá dentro, verão perdido sem brilho e sem viço!
Por vezes a cambalear, mas sempre esperançoso de, mentes pacíficas, no caminho encontrar.
Agora que uma nova temporada à porta se anuncia
Espero que, estejamos, pois, capazes de uma maior união entre gentes
Pessoas que sejam apenas sinceras com elas mesmas...
Assim não teremos uma farsa, vestida de gente, e a frequentar nossas vidas.
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