Outono
Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor
Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais
As estações e a vida
No outono as folhas caem anunciando a transformação e o renascimento
No inverno com o frio e chuva é o tempo da resistência e da esperança
Na primavera a natureza se faz presente com toda a sua plenitude no desabrochar das flores
No verão o sol brilha com todo o seu esplendor trazendo muita luz e alegria
Em cada uma das estações da natureza
Um ciclo perfeito da vida
Fazendo deste pequeno ponto de luz de nossa galáxia
Um lugar encantado.
Nessa noite clara de outono, pouco tempo depois da meia-noite, Noah sentiu por dentro um turbilhão e foi tomado de desejo e saudade.
Nada acontece por acaso, tudo tem um porque. Ou você acha que as folhas do outono caem porque querem ?
Caem folhas no chão regularmente, mas o fato é que é sempre outono no outono, e o inverno vem depois fatalmente, e há só um caminho para a vida, que é a vida...
Voam folhas de Outono nas frestas da chuva que lava os rios e deles nos faz ouvir um cântico novo...
Hoje o dia amanheceu tipico do Outono, chuva fina, um leve frio se aproximando, não tem risos das crianças na rua, os pássaros estão escondidos sem cantar, os animais em geral estão recolhidos, sinto uma tristeza necessária no ar que dá vontade de dormir até a chegada da Primavera e assim não precisar enfrentar nas mudanças internas que somos obrigados, mas viver é estar em constante mutação, o que éramos ontem não somos hoje e amanhã não podemos prever como estaremos e esta incerteza benéfica nos amedronta, algumas pessoas preferem se conformar e fingir que tais mutações não estão ocorrendo, mas eu simplesmente não consigo fechar os olhos e os ouvidos pra a Alma que grita, não posso me esquecer que além do meu abrigo existe uma vida lá fora esperando ser vivida e mesmo que haja chuva, mesmo que as folhas do Outono estejam no chão e em breve o frio do inverno chegue, não posso hibernar esperando a chegada da Primavera, tenho que enfrentar as mudanças das estações da morte para estar viva quando os pássaros voltarem, as flores se abrirem e as crianças finalmente retornem a correr e rir no calor da vida !
meu caminho
tem folhas de outono
tem noite escura
tem cores quentes
tem dias frios
tem chuva intensa
tem coracao destemido
tem sussurro e gemido
tem dor desmedida
tem chão de estrelas
tem mel de abelhas
tem abrigo e aconchego
tem amor aos pedaços
tem pensamentos ocultos
tem segredos e juras
tem memória intensa
tem pés calejados
tem corpo cansado
tem mente esgotada
tem alma iluminada
tem asas de anjo
tem a luz de Jesus
tem as mãos de Deus!!!
Sou uma árvore no outono, me sinto cada vez mais despido de uma imagem que com certeza não era minha, agora me sinto mais limpo e real... na próxima estação continuarei assim...
Outono
Obscuro tornou- se
Um chão de folhas secas
Tempo melancólico
Onde as flores
Não vivas
Ocultaram sua cor
Primavera, verão, outono, inverno...
Bom é ter alguém ao lado
Para colher as flores
Tomar banho de sol,
Olhar as folhas caídas no chão
E abraçar.
Aquecer o coração.
UM POEMA DE OUTONO
Ao ver suas folhas secas
no chão,
sem vida,
e sem cor,
perpassadas
e esvoaçadas ao vento,
filhas das suas raízes,
dos troncos, e dos seus ramos,
a árvore desnudada
chorou de dor.
E deixou sucumbir
toda a ilusão
ao ver as folhas
que do seus ramos se agitavam buliçosos,
e viçosos
e que o vento
sem piedade
lhas arrancou
e lhas atirou ao chão!
Mas, não chores
ó lacrimosa
abre- te ao brando pulsar.
e despertai desses gemidos.
que tudo passa fugazmente
e o inverno não dura sempre(…)
Deixa a nova quadra chegar,
e a nova estação florir
para de verde novamente
voltar a vestir – se em ti
Céu de outono, azul bem claro.
Sol ameno, raios límpidos.
Campo aberto, cheio de flores.
Um grande rio a correr sem fim...
Pedras soltas, pérolas artificiais.
Paisagem perfeita, dentro dos olhos cansados que avistam, ao longe, pequenas borboletas, refratando as cores suaves de toda essa mágica natureza solar.
EU SOU
Eu sou o outono e o inverno,
Eu Sou do Arco-Íris o amarelo,
Eu sou do sonho, a razão,
Eu sou apenas, um coração.
Eu sou do espaço, a dimensão,
Eu sou o novo e o velho,
Eu sou do amor, a busca,
Eu sou da busca, o começo,
Eu sou do começo, o medo
Do medo, o recomeço,
Do recomeço, o fim
Muito além de mim.
O outono desenhado na paisagem não impede que a primavera se instale no meu coração. Lá fora, folhas secas correndo ao vento; aqui dentro, jardins ensolarados anunciando que é tempo de colher as flores.
“Andei a procurar-te nas noites e madrugadas do verão sem fim. Ao luar, e sonhos do outono te encontrei em mim. Logo no inverno, vejo teus olhos, nos meus; revelando-me teu amor...; na primavera que chega. Enfim...”. AJMusskoff .^.