Outono
Primavera que cura, verão que embriaga
outono que chega e inverno que não passa.
Mulher que hidrata, e que não se disfarça.
resolvida de si, sorriso me abala.
Gelo que não derrete, congela minha alma.
Você é a quinta estação, a unica que nao passa.
Cicatriz que não cura, amor que não Sarah.
TERRA-MÃE
Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.
Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.
Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.
Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.
Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)
"Na lagoa tranquila o sapo pula,
Outono cai, as folhas se desprendem,
Em cada pétala de íris existe uma centelha divina,
As montanhas ecoam meu suspiro e o vento responde.
Sob o céu estrelado os versos fluem como rios,
Nas águas dos rios transcendo o eu,
Palavras escritas, pensamentos tecidos,
Na poesia breve encontro a essência da alma.
Nas palavras simples, aprofundo-me,
No toque suave da tinta encontro a liberdade,
Cada pincelada é uma meditação silenciosa ,
Caminho estreito, mente vasta.
Cavalgo pelas estradas do mundo procurando respostas,
Busca incessante do autoconhecimento,
A transcendência pessoal está na aceitação do efêmero,
Na busca do eterno, na poesia das páginas em branco."
OUTONO SEM CASA
Toda a vida eu sonhei
Construir uma casinha
Como só eu sei,
Numa bela arvorezinha
E fazer dela o meu trono
No agora vindo outono.
Que ilusão esta a minha,
Ó sonho louco e fugaz!
Nem árvore nem arvorezinha
Ou casa ou minha casinha,
Utopias que a vida traz.
Na montanha, tudo ardeu,
Tudo queimou e até eu
Como pássaro que fica sem asa,
Como cão que fica sem dono,
Ficarei sem aquela casa
Que quis construir neste outono.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-09-2023)
OUTONO INFIEL
Falso este Outono
Ou um rapaz rapace,
Tomate feito de alface,
Ou ridícula manha do dono?
No fresco do seu calor,
Naquele falso ardor
Ele mente,
E a gente nem sente
A infidelidade premente.
Quem és tu outono
O, dos poetas?
E ele (respondeu-me em seu mono):
Eu já não sou quem tu pensas,
Poeta de tantas parecenças,
E agora sem mais ofensas,
Digo: Não sou mais o teu outono.
OUTONO SEM COR
Dantes, eram cores e terra em sono.
Eram paletas de inebriar no outono.
Agora, não sei porquê,
Ele já não pinta nem dorme
Nem come com fome.
Será que ele vê
O mundo mais estarrecido,
Que já nem folhas deixa no chão,
Quase todas tombadas no verão?
Que outono este, tão distraído…
E eu que queria tanto pintar
Talvez mais até borrar
Uma tela,
Simples, singela,
Com cores mágicas de encantar.
A minha musa inspiradora
Do outono multicor,
Sumiu-se farta da pose,
Nervosa pela neurose
Do mau pintor
Plebeu,
Que sou eu.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2023)
Outono: essas folhas que tombam na água parada dos tanques e não podem sair viajando pelas correntezas do mundo...
A MAÇÃ
Era outono.
Havia uma maçã no chão,
Caída da árvore cinquentenária.
O homem, esfomeado, vergou-se
No ranger dos ossos castigados
Por longos jejuns lazarentos,
De uma vida de naufragados
Num barco de pobres assinalados,
Pelas misérias dos tempos.
Tinha já a podre maçã
O bicho que a carcomia,
Fruto de macieira arraçada
Também velha e corcovada,
Triste por não ser sã,
Nos ramos em agonia.
Prestes a pegá-la do chão
Pousa um passarito aflito
E o homem com prontidão
Diz ao pássaro com emoção:
Come, come tudo sem parar,
Pois assim me capacito
Que minha fome pode esperar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 11-10-2023)
Deixei aquele sentimento se esvair, como o cair da última folha de uma árvore ao vento do outono 🍃. Sabendo que não iria ver o chegar da Primavera🌱
Neste triste adieu, as sombras do vazio se entrelaçam, como folhas de outono caídas, sem destino certo. A solidão, um espectro voraz, dança ao redor, enquanto a ansiedade tece uma teia implacável, sufocando a alma. No silêncio da ausência, percebo que a solidão mata lentamente, como um veneno sutil que se insinua nos recantos da existência. Que os ventos da vida levem consigo os ecos desvanecidos de um coração que agora bate solitário, em meio a uma sinfonia de memórias dolorosas. Adeus, como uma nota melancólica, ressoa na partitura da despedida, onde a esperança se despede, deixando apenas a melodia triste da saudade.
Bem-vindo, Outono!
Enfim, acordou de seu profundo sono.
Folhas e flores dançam em harmonia,
como é bela sua ventania.
Estação que traz renovação,
confortando o coração.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Que o outono chegue renovando os corações, renovando as esperanças e renovando a vida de quem acredita num futuro melhor.
Outono a estação em que o calor e o frescor da noite se encontram para mudar o dia.
Mudanças é preciso e a natureza nos mostra independente a estação.
Seja bem vindo outono.
Outono é a transição
Outono,
É a transição,
Do começo,
De uma nova estação,
É um tempo diferente,
Em cada dia presente,
Outono,
Tem um clima,
De versão amena,
No tempo que descreve
O seu poema,
Na ocasião do seu dilema,
Outono,
É o tempo que muda,
Com as folhas
Caindo no chão,
No olhar dessa sensação,
O outono
Tem a sua bela companhia,
De inspiração e poesia.
Outono tem
Esse momento único
De ser,
De ser o recado
Para o nosso viver.
O outono tem
Uma encantadora mensagem,
Em nosso meio de passagem,
É preciso observar
Atentamente,
O nosso mundo
Existente.
No sopro suave,
Do vento frio,
Outono também
Tem o seu brio.
Nesse ciclo que se completa,
Onde a vida na natureza
Se manifesta,
É a vida em sua celebração,
Em mais um tempo
De conclusão,
Outono não tem despedida,
Vai e vem com saudade
De nossa vida.
No palco do outono
Onde a vida desafia,
A mais bela romântica
Poesia.
Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷
Outono
As folhas caem, proporcionando a renovação das árvores.
Os doces sabores da terra, se multiplicam. E a gente faz o mesmo. Aprendendo com a natureza que a melhor forma de se estar neste planeta é praticando o ciclo das estações na nossa vida.
Ano a ano, devemos qualificar a aplicação deste método, provadamente eficiente, que resulta no aperfeiçoamento do nosso comportamento, das nossas relações, no nosso ponto de vista, e do nosso bem estar no mundo.
Março caminha para o fim.
Já vejo o abril chegando...
Quarta de tarde, a brisa de outono, que vem do leste, entra pela varanda sem pedir licença.
- Fique à vontade, a casa é sua!
Ah, Outono!
Sinto minhas folhas caindo.
Secas, ao vento dançam e se vão.
Voam distante, carregam ilusão.
São sonhos que se foram.
Faz parte do ciclo, folhas se renovam.
Outras irão surgir.
O importante é deixar ir!
Edileine Priscila Hypoliti (Edí escritora)
É no OUTONO que as folhas caem.
E muitas vezes reclamamos da sujeira que fica debaixo das árvores sem perceber queeste processo é vital para que novas flores e folhas venham a nascer.
Assim a vida ensina que cair também é importante paralevantar e VENCER!
Não espere pelo sol se por para amar,
Ou pelo outono chegar para colher,
Pois a vida é feita de prazeres raros,
Que em um descuido podem se perder.
Não hesite em dizer ao coração amado,
As palavras doces que ele quer escutar,
Pois o tempo é breve e pode ser limitado,
E numa fração de segundos pode terminar.
Não perca a chance de olhar o mundo
De sorrir para o desconhecido na rua,
De abrir seu coração para o novo amor.
Pois a vida é um sonho incerto e passageiro,
E cada dia pode ser nosso último suspiro,
Então aproveite enquanto há vigor.
Uma flor de outono
No outono, uma flor solitária floresceu
Com pétalas de um lindo tom de amarelo
O vento frio soprava e ela tremeu
Mas sua beleza resistiu ao desmazelo
Ela não era como as flores da primavera
Que exibiam cores vibrantes e intensas
Mas ainda assim, tinha uma beleza sincera
Que a fazia única e especial, como as princesas
Seu perfume não era tão forte ou doce
Mas ainda assim, tinha um toque suave
Que trazia paz e tranquilidade ao entardecer
E atraía borboletas e abelhas em enxame
Ela floresceu sozinha, sem companhia
Mas ainda assim, mostrou ao mundo sua graça
Uma flor de outono, que com sua magia
Ensinou a todos a valorizar a vida em sua breve passagem.