Outono
Feliz ano novo.
Outono é igual meus momentos.
Nem frio, nem calor, apenas instável.
Triste e solitário.
Resquício de um mau sentimento.
Estou tentando superar a dor que está aqui.
Lembro de você nos momentos alheios.
Sinto-me vivo.
Mas muitas vezes não queria.
Aceito e sofro, porém, alegre e feliz.
Mas realmente eu sei que, sou frio.
Agradeço em orações aos amigos que tenho.
Vejo, e percebo o quão fundo estou.
Peço que um dia ela volte.
Mas se não voltar, que eu possa encontrar alguém.
Hoje nesse último texto por ela, deixo meus sentimentos.
Até um dia ela voltar.
o outono está batendo
às portas do coracao
lançando folhas ao chão
uma a uma
sem nenhuma compaixão
porque é seu dever
deixar-se ir
deixar o vento levar
o que não mais agradar
o que não mais servir
o que não mais precisar
e assim o que for importante
fica em seu lugar
as folhas que ainda vão balançar
dançar com o vento
com as borboletas
e ouvir os pássaros cantarem
voarem rumo ao céu azul
já os frutos vão se tornando
levemente coloridos
e adocicados
e suculentos
e são (re)colhidos
para serem saboreados
pelos animais
e pelos seres racionais
que não sei por qual razão
desperdiçam os frutos
enviados por Deus
e desperdiçam a vida
e o tempo
e o amor
e as oportunidades
e as energias vitais
e depois não adianta mais chorar
as folhas derramadas
os frutos despedaçados
a falta da sombra refrescante
e da brisa ausente
é aí que a gente sente um desespero
por não ter (se) cuidado tão bem
(se) dado algum valor
e ter tido o mínimo de gratidão
quando a árvore estava inteira
bem ali na nossa frente
mediante a última estação
antes do trem partir
sem (re)volta
ficou um clima péssimo
entre o outono e eu!!!
PASSEAMOS
Passeamos pela noite afora,
tinhas os cabelos soltos em
uma brisa leve de outono.
Bem junto a mim caminhavas,
teu rosto de sonho, junto ao
meu encostastes.
Senti a suavidade da tua pele,
macia e quente.
Trocamos olhares, nossas mãos
se juntaram.
Ao teu ouvido, disse; te quero.
Coraste, mas nada fizestes,
mais junto a mim então, ficastes.
Rostos virados, um para o outro,
lábios que se procuram, e em um
beijo de amor, ficamos segundos
unidos, abraçados.
Continuamos,sentido do amor o
efeito, que nunca passa, mas
prende.
Nos deixa um ao outro ligados,a
cada segundo, mais presos, mais
juntos,mais apaixonados.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R.J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"As folhas do Outono, já davam aquele tom frio, escuro e lúgubre, ao solo do pequeno cemitério da cidade.
Foram poucos, os que apareceram, é verdade.
Mas de pouco adiantava, a presença dos que o conhecia, naqueles momentos de infelicidade.
Alguns transeuntes, paravam para confirmar, se era mesmo realidade.
Uns suspiravam de alívio, por pensar, que a pequena cidade voltaria à sua normalidade.
Outros, vislumbravam o caixão do velho, ao longe, com um misto de desdém e curiosidade.
Houve, também, alguns sorrisos, como se tivessem se livrado de uma praga, livrado a cidade da insanidade.
Não houveram lágrimas, não houvera luto, o que se percebia, era uma certa felicidade.
Ao fitar o velho, em seu eterno descanso, notei um uma expressão de serenidade.
Como se realmente, pela primeira vez em séculos, após uma vida tão tribulada, em seu leito de morte, finalmente descansasse.
Fiquei sabendo, alguns anos mais tarde, que morrera com os seus trinta e três anos, embora, não aparentasse.
As mazelas da vida, a ausência daquela mulher, fizera com que o algoz e inexorável tempo, o maltratasse.
Ela, pelo contrário, era somente três anos mais nova que ele, tinha uma pele que daria inveja a qualquer anjo, parecia, ainda, permear a puberdade.
Seria pecado, até mesmo vislumbrá-la, resolveria com o próprio Deus, o homem impuro, que a tocasse.
Quando no enterro, ela fora vista na cidade, chorando como uma criança, em uma antiga esquina, embaixo de um ipê rosa, que devido a estação, a muito já perdera a sua folhagem.
Narraram-me, posteriori, que foram a seu socorro, tentando afastá-la do pranto, tentaram descobrir qual o mal, acometera à tal beldade.
Ela não quis dizer, enxugou as lágrimas e nunca mais fora vista arrabalde.
Encontrei-a, cantando uma canção melancólica, em um velho teatro, anos mais tarde.
Perguntei-a: '- Não tentarás ser feliz novamente? Ele não iria querer assim, acabarás como ele, mergulhada nas amarguras, nas lembranças, nessa cacimba de insanidade.'.
Ela fitou-me, com aquele negror de olhos, mergulhados em lágrimas, que ela lutava para que nenhuma, se derramasse.
Era inenarrável, o belo e atemorizador rubor, em sua face.
Embalada em tristeza, ela me disse: '- Já fui feliz, hoje, minha felicidade, está enterrada naquele cemitério, com um véu de folhagens; fui feliz naquele casebre, naquela cidade.
- Não valorizei a minha felicidade, abandonei-a, das mulheres, fui a mais covarde.
- Então Deus a levara de mim. Céus! Que maldade!
-Restara-me, apenas, a viuvidade.
- Infelizmente, agora é tarde.'.
Ela saiu aos tropeços e esbarrões; não a segui, não existem palavras de conforto, para a alma presa à uma vã realidade.
Mas ela estava certa, para o desalento de todo aquele que ama, tudo o que dissera, era a verdade.
Hoje, rogo aos céus, para que Deus, dê à alma do velho, descanso e serenidade.
Prostro-me de joelhos, para que Cristo, daquela bela moça, tenha piedade.
E ao cair da noite, me indago sempre: Os amantes jazem nos cemitérios; e os amores, aonde jazem?- EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, O Cemitério da Cidade
A natureza se mostra tão meiga quanto cruel. Entre brisas de outono e enchentes de verão, ela oscila na celebração de cíclicas antítesis.
Vejo a flor da primavera
Sinto o calor do verão
Vento sopra no outono
Vem inverno de monção
Faça frio ou calor
O meu tempo é o amor
Minha melhor estação
Veja os frutos de outono,folhas do verão e a brisa da chuva.
Veja os galhos das árvores,os rios das nascentes e o por do sol.
Aprendi que por trás todas essas coisas existe um Deus apaixonado,e acredita em ti.Amor infinito que compõe todas as maravilhas da natureza sempre para você.
Insónias de frio -
Outono, manhã cedo,
tarde quente, ensolarada,
eu dormindo sobre o medo
e tudo igual de madrugada.
Tudo igual na vida,
noite fria, nevoeiro,
minha esperança perdida
e da morte nem o cheiro.
Da morte nem a sombra
que passa por quem leva
e åi de quem se esconda
de um destino que não chega.
Sempre chega, sempre vem,
numa tarde ensolarada
pois a vida vai e vem
numa eterna madrugada.
Em uns dias, sou primavera...
Em outros, sou verão...
Alguns se transformam em outono... perco as folhas...mas,
elas continuam vivas...
HOJE ...sou inverno... folhas mortas....
A estação que se faz outono e o prata invernal da minha cabeleira, tentam desmistificar o ardente verão dos meus pensamentos e vontades...
odair flores
"JUNTOS NO OUTONO?"
Sua presença faz meu coração palpitar
Seu olhar me trás arrepios
Seu sorriso me fez se apaixonar
A sua distância me trás calafrios
Queria que me amasse
Do jeito que eu te amo
Queria que comigo ficasse
Em uma noite fresca de outono
É pedir demais pelo seu amor?
Não quero implorar por isso que desejo
Tenho que dizer um por favor?
Quando será o nosso beijo?