Outono
Trova
A saudade, em sua essência,
lembra outono e primavera;
ora é fruto da existência,
ora é flor junto da espera.
“Envolto em meus pensamentos, estive durante todo este outono. Os dias transpassavam por mim tal qual o tempo, pelo amor. O tempo e o amor unem-se sob o pretexto de pertencerem um ao outro, mas, por si sóis, não se revestem de autonomia e interdependência, isto é, não se sabe se o tempo sustenta o amor ou se este é quem alimenta o tempo.”
A estação que se faz outono e o prata invernal da minha cabeleira, tentam desmistificar o ardente verão dos meus pensamentos e vontades...
odair flores
Mais uma noite vai
Os dias correm em vão
Já se foi o outono
Nenhuma folha cai
E quando vão chegar
Seus dias de verão
Você não têm mais sonhos
Mas isso vai passar
SOU EU !
A cada ano a Terra é contemplada com quatro estações:
Verão , outono , inverno e primavera.. E pergunto, onde você se identifica?
Verão - calor que surge nesta estação, podemos aquecer ou podemos queimar, isso caberia buscar em cada um de nós.
de nós criarmos um verão que possamos aquecer cada pessoa que esta dentro de nós Outono - podemos renovar aquelas pessoas que amamos ou podemos deixá-las como elas estão.
Com qual tipo de pessoa você se identifica: Verão, outono, inverno ou primavera?
Esta dentro muitas vezes, por dúvidas acabamos queimando pessoas, que nosso verão interior possa ser aquele verão que Cristo nos ensinou aquecer cada pessoa que passa na nossa vida com amor, com ternura, para que possamos ser pessoas melhores que ontem, e possamos ser esse verão aquecedor que esta dentro de cada um de nós... Assim como nosso outono possa ser renovado dentro de nós, que o seu inverno seja menos frios com as pessoas. Que a nossa primavera interior possa ser florida de pétalas de amor, de compaixão com nosso semelhante...
Que entre nossas estações prevaleça o que temos de melhor.
Autor .Nilton César Gois.
"As folhas do Outono, já davam aquele tom frio, escuro e lúgubre, ao solo do pequeno cemitério da cidade.
Foram poucos, os que apareceram, é verdade.
Mas de pouco adiantava, a presença dos que o conhecia, naqueles momentos de infelicidade.
Alguns transeuntes, paravam para confirmar, se era mesmo realidade.
Uns suspiravam de alívio, por pensar, que a pequena cidade voltaria à sua normalidade.
Outros, vislumbravam o caixão do velho, ao longe, com um misto de desdém e curiosidade.
Houve, também, alguns sorrisos, como se tivessem se livrado de uma praga, livrado a cidade da insanidade.
Não houveram lágrimas, não houvera luto, o que se percebia, era uma certa felicidade.
Ao fitar o velho, em seu eterno descanso, notei um uma expressão de serenidade.
Como se realmente, pela primeira vez em séculos, após uma vida tão tribulada, em seu leito de morte, finalmente descansasse.
Fiquei sabendo, alguns anos mais tarde, que morrera com os seus trinta e três anos, embora, não aparentasse.
As mazelas da vida, a ausência daquela mulher, fizera com que o algoz e inexorável tempo, o maltratasse.
Ela, pelo contrário, era somente três anos mais nova que ele, tinha uma pele que daria inveja a qualquer anjo, parecia, ainda, permear a puberdade.
Seria pecado, até mesmo vislumbrá-la, resolveria com o próprio Deus, o homem impuro, que a tocasse.
Quando no enterro, ela fora vista na cidade, chorando como uma criança, em uma antiga esquina, embaixo de um ipê rosa, que devido a estação, a muito já perdera a sua folhagem.
Narraram-me, posteriori, que foram a seu socorro, tentando afastá-la do pranto, tentaram descobrir qual o mal, acometera à tal beldade.
Ela não quis dizer, enxugou as lágrimas e nunca mais fora vista arrabalde.
Encontrei-a, cantando uma canção melancólica, em um velho teatro, anos mais tarde.
Perguntei-a: '- Não tentarás ser feliz novamente? Ele não iria querer assim, acabarás como ele, mergulhada nas amarguras, nas lembranças, nessa cacimba de insanidade.'.
Ela fitou-me, com aquele negror de olhos, mergulhados em lágrimas, que ela lutava para que nenhuma, se derramasse.
Era inenarrável, o belo e atemorizador rubor, em sua face.
Embalada em tristeza, ela me disse: '- Já fui feliz, hoje, minha felicidade, está enterrada naquele cemitério, com um véu de folhagens; fui feliz naquele casebre, naquela cidade.
- Não valorizei a minha felicidade, abandonei-a, das mulheres, fui a mais covarde.
- Então Deus a levara de mim. Céus! Que maldade!
-Restara-me, apenas, a viuvidade.
- Infelizmente, agora é tarde.'.
Ela saiu aos tropeços e esbarrões; não a segui, não existem palavras de conforto, para a alma presa à uma vã realidade.
Mas ela estava certa, para o desalento de todo aquele que ama, tudo o que dissera, era a verdade.
Hoje, rogo aos céus, para que Deus, dê à alma do velho, descanso e serenidade.
Prostro-me de joelhos, para que Cristo, daquela bela moça, tenha piedade.
E ao cair da noite, me indago sempre: Os amantes jazem nos cemitérios; e os amores, aonde jazem?- EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, O Cemitério da Cidade
A natureza se mostra tão meiga quanto cruel. Entre brisas de outono e enchentes de verão, ela oscila na celebração de cíclicas antítesis.
Implorei por um sono noturno, mas não dá
Só fumo, não como, não durmo
Eu já tentei, de outono a outono
No turno, eu fujo da queda do trono
Me enfurno nos sonhos pra ver se eu me aturo
Eu sumo pra ver se eu volto
Depois volto pra ver se sumo
O escuro que veio só pra livrar meu apuro
Desestressa e me deixa mais seguro
By Hkss
Todos os dias são de primavera com flores
Todos os dias são outono e as folhas cai
Todos os dias são inverno com vento e chuva
Todos os dias são de verão com sol a brilhar
Dos os dias são de todas as estações
Com flores coloridas e folhas caindo
De sol com chuva
Todos os dias as estações são para te amar...
Estações do amor
Assim como as árvores lançam suas folhas no outono, preparando-se para renascer na primavera, os fracassos semeiam a renovação da alma. Eles nos concedem a oportunidade de abandonar antigas crenças, florescendo com perspectivas renovadas, enquanto fortalecemos nossa essência como uma raiz que penetra ainda mais profundamente para aquilo que chamamos de vida.
(@marcellodesouza_oficial)
Deves ser belo como a brisa das manhãs de outono,
um sussurro suave que acaricia as folhas,
pintando o ar com a paleta dourada do fim,
mas sob essa doçura, esconde-se o veneno.
Como a cobra Naja, elegante em seu deslizar,
ou o Viúvo negro, com seu manto de sombras,
a beleza que seduz, um abismo a despertar,
onde o toque é um convite e o aviso, um silêncio.
Era época de verão, onde o outono partilhava as rosas de março,
O outono e o inverno?
São comumente associados a uma época de melancolia
Era época de verão, com o fim do verão,
Hoje é o dia de dar oi ao outono,
Essa é uma ótima estação para a primavera,
Aproveitar o dia sem sentir o corpo cansado. Apreciando as rosas
Colhidas por outono no verão de março."
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.