Outono
ELA
O forte verão
O sábio outono
E até o mais rigoroso dos invernos
Conhecem a força dela
E sabem que a primavera não se pode deter.
OUTONO
No cair das folhas de outono🍁
Deixa que os meus silêncios te falem
Deixa que a minha dor se esconda
Deixa que a minha solidão te procure
Deixa que as palavras se tornem carícias
Deixa que a minha voz vagueie muda
Num sonho coberto de amor
Como no outono,
Folhas caídas no chão,
Cores mortas,
Sempre em estação,
Primavera veio pra agitar,
E cores vivas para alegrar.
Quando aceitamos, suportamos e aproveitamos as podas que as dificuldades nos proporcionam no outono da nossa vida, chegamos mais belos, floridos e perfumados na nossa primavera.
Nossas emoções são como as árvores na estação do outono, onde as folhas caem para economizar sua energia, assim, precisamos economizar nossas energias não deixando o desequilíbrio nos derrubar
Que todo amor se proteja do frio do inverno, medite no frescor de outono, renove-se na beleza da primavera e festeje muito no calor de verão.
Por todo o lado havia flores e ainda não era Primavera. Nasceu no Outono este amor que nos fez Renascer quando pensávamos que o Inverno seria para sempre.
"De olhos fechados,amando,alta noite,no outono,respiro o cheiro bom de teus seios fogosos,vejo entreabrir-se além cenários deleitosos, cintilando ao ardor de um sol,morno de amor."
Memórias do Espelho
Naquela tarde ensolarada de outono, onde o verão ainda imperava, ela olhou-se no espelho, entretanto, não conseguiu ver-se. Ao contraio do que acontecia fora das muralhas do seu quarto, ali, em frente ao espelho havia tanto frio, tudo era cinza, chuvoso...
Sentiu vontade de gritar, percebeu que sua voz nãos seria ouvida...
Havia nela tanta culpa por senti-se assim, ela não tinha nenhuma doença física, deformidade, a vida lhe dera oportunidades, não era ignorante em muitos sentidos, e no entanto, havia em si tanta dor, tanta certeza do incerto.
Nesse momento, eu, o espelho, olhei para ela, seus olhos verdes ardiam em meio as lágrimas, dando-lhe nuances azuladas e turvando-lhe a imagem.
_ As lágrimas lhe caem bem _ sua voz interior ecoou como uma sentença fazendo seu coração quase parar por um segundo. Sim, ela parou de respirar por um instante, quase senti sua dor, as horas implacáveis seguiram em um tique-taque frenético movido pelo tempo, mas nada aconteceu, nada mudou dentro daquela menina. Então, ela vestiu-se de solidão, blindou-se de desesperança, sepultou qualquer réstia de sonho e adormeceu para a vida.
Dormiria ela todos os dias que restassem dentro da sua rotina viciante do dia-dia. Sabia que nunca mais iria despertar então, aceitou o sono e esperou que uma nova vida chegasse.
Caíram lágrimas naquela madrugada do outono princípio. Tenho dormido pouco, e a noite tem se tornado a perfeita escuta. De noite paira uma sinfonia de silêncios daqueles que bailam sob o luar alto os ânimos intermináveis de tempos dissolúveis. Um caminhar jocoso num tapete acidentado em íngreme escalada, a coluna retorcida pelo peso grave da bonita idade passada, uma era distante, fragilmente povoada, uma colônia esquecida. Não havia nada ali naquele vão, um lampejo fosco, um sangue velho, una desgraciada faísca, uma cruz, e cinzas, cascalho, pó...enquanto abria-se no corredor um feixe pequeno de luz. Ouvi que houve o sabor do antigo degrau de madeira, adormecido por milênios, desacordado esta noite infelizmente por mim. Chove, como chovia lá fora, eu podia ouvir as gotas triunfando em atenuadas perenes esverdeadas...quase não tinha vento, apenas um sopro fino e alado silenciando delicadamente no fundo, os carros passando aos poucos pouco a pouco de minuto a minuto, frio, o peito cuspindo sangue, um azedume inquieto que já exalou do frasco, aquele rastro que caiu e quebrou em pedaços, as memórias varridas, as correntes presas, corroídas, enferrujadas de lapsos contidos, serpenteando as marmoreais antes impecáveis, o que sobrou das cartas, a tinta vencida, o carinho difícil, o poema que já não rima mais graça, o tácito beijo da morte.
O outono é a estação mais difícil. As folhas estão caindo, e elas estão caindo como se estivessem se apaixonando pelo chão.
Tudo era flores,então chegou o outono,as pétalas do nosso amor caíram e não retornaram mesmo depois do fim da estação do ano!
E lá vem ele com seu guarda-chuvas encantado de sonhos
com folhas penduradas de outono
em sua maleta ele traz poesia
as mais lindas reflexões
que faz bem aos corações
Eu me pergunto:
de onde veio este homem tão alto?
Que traz consigo um sorriso tão belo
e eu com meu coração de criança
fico encantada com tanta elegância
Para onde está indo
com seu terno tão bonito?
Não me digas que veio aqui só para me encontrar
e contar as suas histórias...
adoraria compartilhar suas memórias
Confesso que sou uma boa ouvinte!
Mas eu tão pequena diante de um gigante
me faz pensar que sou gente grande
e fico a imaginar
as histórias que tem para contar
06/01/2019
Nós nos casamos de baixo daquela árvore, sob as flores de Outono fizemos os nossos votos e caminhamos pelas ruas e pelos parques, o pássaro nós acordava todas as manhãs nós comprávamos um jornal no domingo, mas nunca lemos uma palavra se quer, o inverno então chegou e me surrou com um soco, o vento bateu minha janela que foi feita com a carta que lhe escrevi, para o nosso amor me envie lírios brancos, para o nosso amor deixe todos os pombos de cor de rosa, para o nosso amor envie todas as cartas lindas, não é que você tenha um coração ruim, mas posso me confortar apenas em lhe ouvir, para o nosso amor, envie o amor de um poeta.
Nas estações da vida, muitos invernos, produzem flores, alguns verões, neve, o outono, imprevisível, gosta de marcar presença em todas as estações e a primavera, alheia a tudo, floresce, sem se importar com as estações.
by/erotildes vittoria