Ostentação
Depois de tanto alarido e de tanta ostentação natalícia, foi-se mais uma noite de Natal, entregaram-se as prendas, saciaram-se as expectativas, encheram-se os contentores do lixo de papéis amarrotados dos embrulhos das prendas, e a próxima etapa será desejarmos um bom Ano Novo a quem gostamos e até a quem queremos ver pelas costas, porque parece sempre bem desejar um bom Ano Novo a toda a gente.
Maldito o homem que usa a sua vida só para o trabalho, enriquecimento invejoso e ostentação do eu, sabendo que da sua alma serão cobradas o mal uso do seu tempo e da sua caridade.
Não me encanto com ostentações. Aprendi que onde há simplicidade, há coisas valiosíssimas que nem todo dinheiro do mundo é capaz de comprar.
Não importa se você veste Chanel, Dior, CK, LV, Hollister ou se frequenta as melhores festas e baladas, toma das bebidas mais caras e come das melhores iguarias. -Se você é um idiota, continuará idiota ostentando marca, comendo e bebendo bem ou não.
"Aquele que realmente está bem consigo mesmo, se compensa mais no bem viver o seu próprio bem estar do que em exibi-lo. Quem mais busca aprovação de fora geralmente, pouco ou nada se compensa por dentro. Aparência pode até impressionar, mas não é garantia de nada. Quantos você pode afirmar com segurança que conhece além daquilo que eles próprios escolhem por se deixar conhecer?"
As vezes eu dou bola mesmo, sou atencioso e simpático mesmo, só pra ver até onde chega o interesse alheio. E não é que eu seja tudo isso, mas muitas pensam que eu tenho muita coisa para oferecer. E antes que você se equivoque, digo que muitas pensam que eu tenho muita coisa material para oferecer. É justamente aí que eu descobro quem é quem, que eu distinguo o verdadeiro diamante de uma simples pedrinha que brilha. Eis que muitas imaginam que irão ostentar alguma coisa as custas do meu carro importado, do meu salário que eu consigo com o meu trabalho e da minha moral? Ao envés disso, apareço na sua porta com um bilhete único e uma bolacha de água e sal pra gente dividir sentados na calçada de casa. Não perca o seu tempo me procurando onde não estou. Não frequento os camarotes das festas mais badaladas e fúteis da cidade, e nem ando com aquela pólo com o bordado do jacaré cujo nome me fugiu da memória. Sou simples e bem humorado, papo de "patrão" deixo de lado. Prefiro um papo sossegado, uma camisa básica, chinelo e um jeans rasgado. Tudo que eu tenho é para o meu uso, para o meu conforto, sou eu que desfruto. Não acho graça em se mostrar para os outros.
Fábrica de ilusões são as redes sociais, onde as pessoas alimentam seus egos mostrando aquilo que não são por pura vaidade e ostentação.
O que mais tem hoje em dia é gente querendo ser o que não é, ostentando uma vida que não tem, pra alimentar o ego cheio de uma vida vazia e supérflua.
Há dois tipos de invejosos: aquele que invejam os outros e aqueles, invertidos, que ostentam-se com a pretensão de que os outros os invejem.
Tem gente que pega o que não tem, gasta com o que não precisa, para impressionar quem ela não gosta.
A vontade de ter e de ostentar posses está sendo substituída pela vontade de viver e de compartilhar experiências.
“ Não ostento grandes riquezas ou empreendimentos fabulosos, mas pequenos êxitos e façanhas realizadas com muitas dificuldades graças a minha labuta diária e persistente que jamais abdiquei”.
Ostensão é o ato de fazer alarde de si ou de alguma coisa sua, por orgulho ou vaidade, um modo de exibir-se de forma imponente, mas não com magnificência, sem esplendor, não há riqueza nem brilho, apenas egoísmo e um falso glamour. Se alguma vez ostentei algo, com certeza não foi para minimizar ninguém, provavelmente tenha sido um gesto de repartir algo auspicioso, que retratava de forma positiva e salutar, algum conhecimento, alguma experiência vivida, uma emoção sentida com fulgor, realmente algo que valia a pena ser compartilhado. Jamais vivi na futilidade, tudo que conquistei foi com muita luta, noites em claro, trabalho árduo, sacrifiquei mordomias e muitos finais de semana, na verdade ainda os sacrifico, então mereço um pouco de apreço por tudo que um dia consegui realizar. Longe de mim achar que sou pura modéstia, desprendida da vida, e do amor próprio. Aprendi aos duros passos da minha jornada que a frugalidade completa nem sempre é fato, mas tento de alguma forma manter a sobriedade nos meus costumes sempre que isso se faça possível. Como já mencionei antes, ninguém é perfeito e eu como ser humano posso errar, e erro invariavelmente, mas de dia a dia aprendo um pouco mais, corrijo aos poucos, nem tudo, nem sempre, mas o suficiente para melhorar um pouco mais. Amanheceu e que Deus nos abençoe mais uma oportunidade de tentar novas conquistas.