Os Seres Vivos
Gostamos de pensar que somos seres racionais. Humanos. Conscientes. Civilizados. Pensantes. Mas quando tudo dá errado, mesmo que só um pouco, fica claro que não somos nada além de animais. Temos polegares opositores, pensamos, andamos eretos, falamos, sonhamos. Mas lá no fundo, ainda estamos ligados às nossas raízes primitivas, mordendo, dando patadas, arranhando uma existência nesse mundo escuro e sombrio como o resto dos sapos e dos bichos-preguiça.
[...]
Há algo de animal em todos nós e talvez isso seja algo a ser celebrado. Nosso instinto animal é o que nos faz procurar o conforto, aconchego, um grupo pra andar. Talvez nos sintamos enjaulados, talvez nos sintamos presos. Mas como humanos, ainda podemos achar caminhos para sentirmos livres. Nós somos os protetores uns dos outros. Mais ainda: somos os guardiões da nossa própria humanidade. E mesmo havendo um monstro dentro de todos nós... O que nos separa dos animais, é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar. E contra todas as possibilidades, contra todos os instintos... nós evoluímos.
Dizem que os seres humanos são criaturas irracionais, mas chegar tão longe sem uma razão é raro.
(Kirari Momobami)
Quero viver num mundo em que os seres sejam simplesmente humanos, sem mais títulos além desse, sem trazerem na cabeça uma regra, uma palavra rígida. Quero que a grande maioria, a única maioria, todos, possam falar, ler, ouvir, florescer. Nunca compreendi a luta senão como um meio de acabar com ela. Quero um caminho, porque creio que esse caminho nos leva a todos, a essa amabilidade duradoura. Quero uma bondade ubíqua, extensa, inexaurível. Resta-me no entanto uma fé absoluta no destino humano, uma convicção cada vez mais consciente de que nos aproximamos de uma grande ternura. Neste sobressalto de agonia, sabemos que entrará a luz definitiva pelos olhos entreabertos. Entender-nos-emos todos. Progrediremos juntos. E esta esperança é irrevogável...
A maior descoberta de qualquer geração é que os seres humanos podem modificar suas vidas alterando sua maneira de pensar.
Em um mundo tão violento, em que os humanos tornaram-se seres tão frios... Ser vampiro tornou-se algo romântico... Eu até entendo... Os humanos assumiram atos tão monstruosos, que diante deles, parecemos os mocinhos !
(Ser Vampiro)
"A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas."
Meus animais de estimação já me disseram e fizeram por mim muito mais do que muitos seres humanos que me cercam.
Para associar os seres humanos entre si, não basta a identidade da sua natureza; é necessário ensinar-lhes a falar uma mesma linguagem, isto é, a da compreensão; a usufruir uma cultura comum; e a compartilhar os mesmos sentimentos. De outro modo, o ser humano preferirá encontrar-se com o seu cão, a encontrar-se com uma pessoa estranha".
As pessoas ao redor parecem manequins.
Olhar os seres humanos já é depressivo,
se exibindo por pagar mil reais num jeans
que sai da moda, por isso prefiro comprar livros.
Segundo Platão, originalmente, os seres humanos tinham duas faces, quatro braços, quatro pernas... e eram felizes assim, completos! Porém, desafiaram os deuses, que os puniram dividindo-os em dois. Separaram os humanos, que eram andrógenos, de suas metades. Ele diz que cada um de nós, enquanto separados, está sempre buscando a outra metade. É a natureza humana.
"É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento" (Platão - O Banquete).
Quando as duas metades se encontram, eles se perdem mergulhados em uma explosão de amor... amizade... intimidade... Sensações tão extraordinárias, que eles não querem mais se separar, sentem a vontade de se fundirem novamente em uma só carne. É assim que se deseja quando se encontra a cara-metade, porque éramos completos... e essa busca pela totalidade se chama amor (eros).
Contudo, Platão nos adverte que só se ama o que não se tem. O objeto do amor sempre é solicitado, mas está sempre ausente. Quando julgamos alcançá-lo, escapa-nos entre os dedos. Essa nossa inquietude na origem do que se busca, o amor... amor daquilo que nos falta, pois o "que deseja, deseja aquilo de que é carente, sem o que não deseja, se não for carente" (Platão - O Banquete).
Sendo assim, porque sou carente do seu amor é que te desejo! Uma vez que não é completamente minha, serei para sempre seu! Te amo!
as mulheres são
consideradas
posses
antes de sermos
consideradas
seres humanos
& se nossas portas
& nossas janelas
forem arrombadas
por homens perversos,
então somos julgadas
sem valor…
excluídas,
desprezadas.
então nos mudamos dos
nossos bairros
& criamos lares
em cada uma de nós.
Os seres humanos podem ansiar pela certeza absoluta; podem aspirar a alcançá-la; podem fingir, como fazem os partidários de certas religiões, que a atingiram. Mas a história da ciência - de longe o mais bem sucedido conhecimento acessível aos humanos - ensina que o máximo que podemos esperar é um aperfeiçoamento sucessivo de nosso entendimento, um aprendizado por meio de nossos erros, uma abordagem assintótica do Universo, mas com a condição de que a certeza absoluta sempre nos escapará.
Estaremos sempre atolados no erro. O máximo que cada geração pode esperar é reduzir um pouco as margens dele e ampliar o corpo de dados a que elas se aplicam. A margem de erro é uma auto-avaliação visível e disseminada da confiabilidade de nosso conhecimento.
[Carl Sagan em: O mundo assombrado pelos demônios, capítulo 3 - Ciência e Esperança]
Houve um época que eu alimentava falsas esperanças de encontrar seres que, perdoando minha aparência externa, me amariam pelas qualidades exelentes que eu seria capaz de demonstrar.