Os Ratos
Ratoeiras servem para pegar os ratos, mais os ratos pensam que é para esconder o queijo, por isso que eles caem, Buscando algo escondido.
- Isso não é sobre ratos.
Carrapatos de gravata e sapatos
Defecam como patos na piscina de ratos
Os pobres não tem pratos, os pretos não tem pratas
Políticos tem pactos, suas almas são opacas
Somos heróis, mas de inicio não reconhecemos o nosso poder! Colocamos em mãos de míseros ratos engravatados e esperamos que voem com os nossos sonhos de um novo pais.
Ela era minha esposa
Já cheirava a sangue coagulando
e os ratos pelos cantos
enquanto eu sentia ela se despedindo
dos meus cantos
e dos meus cantos
os ratos analisavam o meu pranto
e eu sentia a hora da partida
A mesa suja
e a tinta escorrida
decorriam sobre minha alma
e a calma
e a fome
já aos tempos, oferecida
Ah, minha amada
se meu lugar fosse o teu
eu seria mais feliz
pois te ver sangrando
ao me ver chorando
me abre cada cicatriz
Peço ao tempo que me leve
logo que tu for
minha vida não é vida
sem tuas mãos
e teus olhos feitos de amor
e de amor sou feito
de ódio
peso
frieza e despeito
sou feito
porque min'alma é ardida
e cada ferida
ferida por meu tempo
Ninguém mais sabe, como tu
as doenças
as vermelhas doenças
da minha alma
Já podes ir
eu tenho o álcool como anestesia
eu tenho os cigarros como tranquilizantes
e todos os ópios
que só nós dois, como amantes
vivemos.
Os Roedores
evangelista da Silva
Os roedores roeram a minha poesia...
Os ratos sociais ambientais
Sacanas e morimbundos
Roeram a minha poética e
Lascaram as páginas
Dos meus versos
Em reversos...
Santo Antônio de Jesus, 04/01/2017. às 21 h 28 min
Ratos sempre serão ratos, não importa aonde estejam. Você sempre os atrairá para a ratoeira com um pedaço de queijo.
Altos e baixos
Sãos e insensatos
Porém salvos e sensatos
Gatinhos e ratos
Dúvidas e fatos
Razões e portões
Claridade e tempestade
A voz algoz da razão
Os pés e as mãos
Na dúvida inquieta do coração
que clama por paixão.
Paixão resumida em pensamentos,alentos
Sonhos,idéias...
Idéias misturadas a realidade dos sonhos
mais insanos e infundados...
Até os ratos percebem que o problema está chegando, afogando a cidade eu os vejo, tão pequenos, correndo. É sempre a mesma coisa.
Ela permanece sentada em seu sofá, apática, com seu cinzeiro cheio, mesmo que seja com as cinzas do cigarro roubado do maço dele e sua garrafa vazia de um consolo temporário, que acabou cerca de vinte segundos depois que ele virou as costas. Mesmo ansiosa por sua chegada, ela não quer acelerar um suspiro, manterá sua indiferença.
Ele sabe dizer exatamente como ela se sente só de olhar em seus olhos cinzentos, e quando ele vê que ela está sorrindo e suspirando sincronizadamente, ele parte, a fazendo miserável novamente. Ele parte porque sabe que ela sente sua falta, e nem ele sabe dizer porque ainda ainda volta. Ratos sempre voltam.
Não importa o quanto ela diga, grite, esperneie que testá-la será em vão, pois o fim já havia chegado e ela não sentirá mais sua falta pois ele já não importa mais, ele continuará a ir e voltar como se não tivesse nada a dizer, pois não importa o quanto ela minta, ele sabe ler seus olhos.
Resolveu partir. Ela. Com sua incerteza e depressão se chocando e a corroendo a cada pingo da chuva fria que toca seu rosto. Com sua garrafa vazia e seu cinzeiro cheio de lembranças da memória dele, Ela se afastará para que ele sinta saudades. Pena que não sabe ler os olhos que pertencem a ele. Ela tirou o casaco do mancebo e o vestiu com pressa, prendeu os finos e curtos fios de seu cabelo preto com um elástico que mantinha no pulso, colocou a mão na maçameta e respirou fundo, assim que abriu a porta, ali estava ele. Fingiu que não viu apesar de seus olhos brilharem e praticamente mudarem de cor ao atingir os olhos dele. Ela parte.
Ele a segura segura pela mão e pede num sussurro que ela fique. Enquanto ela o olha de cima a baixo ele entrelaça seus dedos nos dela, como se a prendesse. Ela apertou os olhos como se lutasse contra. Não conseguiu partir depois que ele riu, aquela risada tão única que franze seu nariz. Então ali, no corredor, ficou. Sua raiva hipócrita partiu. Mas aquela risada cheia de cinismo não foi a troco de nada.
“Se tivesse segurado minha mão enquanto eu me afastava, nunca teria partido.
Culpada livre..
Piolhos e ratos me rodeiam
Já não me lembro da liberdade
Escuridão é o que me resta
Perdida estou, nada vai melhorar
Insanos, inocentes e rebeldes
Deu vacilo, sofre muito
Eu sinto não ter mentido
A culpa é minha e quero voar
Com você percebo a burrice
Deixo passar despercebida
Se duvidar posso te esperar
Mas se bobear te ponho no meu lugar
A vida passa, a vida continua
Eu vou, você vem, ele fica
Eu não quero ficar, você não quer vir,
Ele? Ele sobra! Não mandei acreditar em mim.
A vida é como esta Casa Vermelha: em seu bojo roído pelo tempo, habitado de ratos e infectado de angústias, leva toda uma raça de exilados. Cada um, com sua grande nostalgia, sua insaciável sede, tenta adaptar-se como pode. Alguns jamais conseguirão.
("Exílio")
Os Especuladores retiram os seus haveres e abandonam o navio, como fazem os ratos.
Os Investidores são os únicos que permanecem, e para eles se a Bolsa cair ou subir não fará diferença nenhuma.
Deus não tem nojo dos ratos e baratas, mas sim das imundícias e das impudicícias do coração humano.