Os Pobres poesia
A burguesia nunca vai se preocupar com os pobres.
Não adianta o que se diga. Infelizmente isso nunca vai acontecer.
Pobres Imaginações
Imagine provar dos temperos da insensível solidão,
Saborear do fel doce-amargo que é a ilusão,
Mergulhar em águas profunda, onde mora a decepção,
Sentir o perfume da esperança, sabendo que o sim, sempre é não,
Comer o pão do desespero, e se acalmar com ingratidão,
Provar da maçã pecaminosa e degustar da traição,
Sentir amor e até gostar, mas ser um corpo sem coração.
Mundo de pobres mortais,
Desgraçados e sem fé!
Se fostes santos,
Ajoelhavam e agradeciam os filhos
Que lhes fostes confiados a cuidar.
Se fostes HOMENS,
Esperariam a sorte criá-los,
E quando estivessem do “seu tamanho”,
Olhando dentro daqueles olhos, você dissesse:
Quero te violentar, só porque sou o seu pai!
"Pobres dos meus Sonhos
Se enxem de ar
Quando em ti estou a pensar
Nobremente so sei Te Amar.
Vejo seus olhos
me acabo de dor
pois eles nunca
Brilharam por Mim
Como me Abandonaste
Assim,Saindo sem explicar ao menos
O porque do Nosso
FIM."
Estive uma vida entre os pobres
E uma vida entre os ricos
Na primeira aprendi os mais lindos sentimentos
Na segunda aprendi devaneios e lamentos
Na primeira respeitei a idoneidade
Na segunda tive medo da verdade
Na primeira experimentei nobreza
Na segunda me afoguei em tristeza
Na primeira era tudo realidade
Na segunda nada era mais que falsidade
Na primeira sobrevivi e quis muito viver
Na segunda sobrevivi porém quis muito morrer
Na primeira sabia que a vida tinha sentido
Na segunda nada era suficiente tudo estava perdido
Se pudesse escolher uma terceira vida pra viver
Ah se pudesse escolher...
Vermes
quem somos nós,
pobres coitados,
que ostentamos
tanto poder,
tanto orgulho,
e tanta vaidade,
que pensamos
somente em nós mesmos,
mergulhados no imenso universo,
do nosso doentio egoísmo?...
tudo se acaba um dia,melancolicamente,
de repente,
dentro de um buraco de sete palmos,
entregues à decomposição,
e à podridão,
reduzidos ao pó,
e chegamos então à triste conclusão,
de que nesta vida nada mais somos,
senão,míseros vermes,
alimentando vermes...
Falta de Talento
Nesta composição barata
Escrevo versos pobres,
Nada originais
Sem combinações complexas
Com frases desconexas
Por vezes, infernais
Poesia desequilibrada
Fruto de viagem insensata
Nas profundezas
De limitada imaginação
Não consigo traduzir nenhum sentimento
Ou descrever qualquer pensamento
Com alguma coesão
Tento brincar com palavras
Fingindo ser poeta
Sem qualquer talento
Ao expressar minha emoção
Para demonstrar o que sinto
Busco naquilo que me completa
A mais divina inspiração
E num raro momento
Não atormentado pela incerteza
Vislumbrando sublime beleza
Gerei esta composição
(Felipe de Lima: fusão das duas primeiras poesias, escritas em 2005)
Sem fuga, completa.
Por onde eu tentar
A fuga será inevitável,
O ar foge dos pobres pulmões
Você controla os meus olhares,
Mas os meus pensamentos ainda dançam
entre os homens ruins.
E a fadiga não consola a desilusão
As laterais estão se comprimindo
e o caminho estreita
e fica mais longo.
Nada muda apenas se destrói
Me deixe ir, não tente me controlar.
Além do que já pode,
Preseve-me
Não gaste aquilo que guardei
Até agora para você.
Poeta Obsoleto
Era só um poeta
Medíocre, de rimas pobres
Em poesias profanas
Para a musa idealizada
Se achava o tal
E era feliz em seu mundinho
Bastava-lhe o amor
Da que lhe dava inspiração
Mas seus sonhos ruíram
Implodidos num conto
De um infante contador
Infanto juvenil
O bom moço contador
Com porte de príncipe
Profanou todas as poesias
Do poeta cabisbaixo
Abandonou-lhe a inspiração
E a musa encantada
Pelos contos estampados
No peito do contador
Sem mais forças pra rimar
O poeta ultrapassado
Silenciou a poesia
Restando-lhe chorar
Suas noites insones
Outrora rabiscadas
Agora são testemunhas
Das lagrimas derramadas
O infante conta a alegria
Com mistérios e magias
Enquanto o velho poeta
Obsoleto, vê nascer o dia
Sem amor e sem humor
Silencia sua poesia
Para que não nao revele mais a sua dor
Em palavras rimadas e escritas
Pobres daqueles que temem a escuridão de suas almas.
Errar sim, OMITIR-SE nunca.
Quanto custa o seu sorriso?
Somos palhaços do sistema.
Trabalhamos pra um país de ladrões,
Onde os pobres continuam pobres e os ricos ficam
Cada vez mas ricos
CHEGA!
Não existem diferenças entre ricos e pobres, não, o pobre troca RIOCARD e o rico o PASSAPORT. Fora disso, somos todos iguais. Otário.
Amor maior
Distante aos nossos olhos Se torna
Pela falibilidade de nosso julgamento.
Pobres mortais, ressequidos de julgamentos infantis
Pautados numa lei inconstante e indigna
Não conseguimos vislumbrar a integridade da Sua Lei.
Confundimo-nos nesse emaranhado.
Perdoe-nos!
Somos seres pequenos, mas confiantes e vigilantes de Sua palavra.
Ventos e tempestades insistem em nos maltratar
Mas somos talhados no Seu amor
E sempre fomos fieis seguidores de seus valores.
Por isso, mesmo cônscios de Sua Bondade Infinita
Precisamos reconhecer nossas falhas
Para crescermos em ser Seu reflexo.
Rimas pobres, frases feitas
é assim que tento me entender,
contando os dias, mascarando a dor
da ausência de alguém que não posso ter.
O meu grito ninguém ouve
o que eu sinto ninguém quer saber,
para abafar a confusão da mente
só me resta escrever.
Eu vi também.
O jázigo dos pobres
Melancolia e saudade
Ai, a dor dos pobres homens
Ai, lá se vai minha mocidade.
Trechos curtos de longo alcance
Refletidos na luz do luar
Sereno pranto vi de relance
Também vi o amor acabar.
Sorrisos arregaçados também vi
Nas noites chuvosas vi também
Regai-me fruto de meu colibri
Jorrai meu sangue na escuridão!
Almas cansadas também atendi
Almas confusas atendi também
Ajudai o próximo como ajuda a ti
Sangrai bem pouco na imensidão!
Minha voz agora me falha
Minha visão me falha também
Erros tolos cometi na farra
Assustado, disse amém.
Já chorei por quem amava
E por quem eu odiava também
Inimigos que me odiavam,
Assustado, amava eles também.
Não me julgues por amar
Não me julgues se errei
Só me julgue se puderes
Me amar, como te amei.
Não me pinte como um santo,
Não me pinte como um rei,
Mas também não sou diabo
Sou humano e morrerei.
Existem esses tipo ai, que dizem que amar é sofrer.
pobres coitados nao sabem como é bom ter um sentimento tão nobre a florescer.
De que me adiantaria prestar minha comiseração
Aos pobres natos do descaso da paixão
De que me adiantaria entrar embaixo de um chuveiro
Enquanto descarrego intensamente e erodente
Minhas lágrimas, poucas lágrimas guardadas em
Partes de mim que eu mesmo desconheço.
De que me adiantaria salvar a mim mesmo
Se o que era importante já se foi
Se agora desatendes aos meus chamados
Que achava que era de algum tamanho significante,
Mas que ainda me profana e estranha minhas certezas.
“Pobres olhos”
Primeiro os olhos ardem
Depois ficam inundados
Aí desaguam
Vazante das mazelas da vida
Rio caudaloso de águas salgadas
Aspergindo uma existência árida
Solo arenoso, impróprio pra vida
Drenado de suas substâncias vivificantes
Alma encarcerada em um corpo amortalhado
Sequiosa de libertar-se dessa servidão letárgica
Que a obriga a uma jornada patética
Num mundo habitado por hipócritas
Gentis e sorridentes
Que só enxergam o próprio umbigo
Pobres olhos!
Sentenciados a testemunhar
Atuações dantescas de atores corruptíveis
Nesse mundo mendicante de sinceridade
Um verdadeiro teatro de marionetes
Manipuladas por narcisistas presunçosos
Esquecidos de sua pequenez
Perante a grandeza do universo
Olhos encharcados
Com as águas amargas da indiferença
Quem secará seu pranto?
Perdoar?
Para quê perdoar e deixar aquela pessoa que nos magoou feliz?
Pobres daqueles que assim pensam...
Perdoar para nós mesmo sejamos feliz,
Para que nós mesmo não sejamos assombrados por fantasmas do passado que insistem em nos manter angustiados
Perdoar para enfim, fiquemos em paz!
No fim somos apenas pobres mortais infantis e carentes...
A única coisa que a maioria precisa é ser notado, acariciado e amado.