Os Olhares se Cruzam
Olhares se cruzam, corpos se tocam...músicas falam de nós dois. Frases se perdem, se escondem, se calam. Vontades florescem, desejos crescem. Sorrisos se encontram, pele se desejam...em nós tudo conversa, se entrega, se dá...em silêncio nos conhecemos cada dia mais !
Não há segredos quando olhares se cruzam, não há disfarce quando olhares se encontram...olho no olho, a verdade no encontro de um olhar.
São olhares que se cruzam e se desviam
São sorrisos que se procuram, se esbarram
São águas de saudades, são rios de mar
São sonhos que se completam, rosas no falar
São jardins com borboletas, flores a voar
São pegadas na areias, são amassos
São toques em pensamentos,
São aconchegos, chamegos no olhar
São quero e não quero, vê se deixa disso
São não dá, fica como está, deixa rolar...
São depoises, vamos vê
São quem sabe...esperar
São quente, tá frio,
São qualquer coisa, qualquer lugar
São bolero, vem que eu te quero
São na cama, na rede
São na fonte, beijar.
São na música, no tocar
São cantando, dançando
No vento, coladinhos, no ar !
Nas cenas são centenárias mas não há quem não sonhe ser a mocinha ou o mocinho que cruzam olhares no embalo de uma serenata, que tenham nos olhos o reflexo da chama amarelada das velas sobre a mesa de jantar o que, emocionados, molhem o sorriso com lágrimas na entrega da rosa.
O comportamento parece ridículo, mas também não há que não sonhe em ficar sentado horas esperando o telefone tocar para depois relembrar palavras por palavras dada do outro lado da linha; escreve frases bregas no cartãozinho mas brega ainda ( o achar um exemplo de bom gosto e originalidade ); ficar sem fome ( ou comer demais ); ouvir músicas ( Melosas) sem descanso e perder o maior tempo imaginando os passos do outro.
Não há quem não queria ser o motivo da “loucura” e da inspiração (mesmo desastrada) para o versinho que vem assinado pelo Chuchu, pelo Fofo ou pela Gatinha – apelidos que fazem o resto do MUNDO cair na gargalhada e ele(a) se sentir realmente Fofo, um Chuchu ou uma Gatinha. Os últimos românticos ganharam milhões de companheiros. O romantismo sobreviveu a todas as formas de Revoluções de comportamento. Ele pode ter emprestado as vestes da modernidade mas, despido, ainda tem as velhas formas que emocionaram todas as GERAÇÕES.
Não há como negar. Não há quem não queira ser o te do EU TE AMO.
Sem Amor tudo o que fazemos torna-se monótono e repetitivo nada tem graça na Vida; Sem Amor somos obrigados a conviver com a eterna Insatisfação interior nada e capaz de nos fazer Feliz tornando nos limitados e pior de tudo Vazio.
Se Tivéssemos Mais Amor
Se tivéssemos mais amor,
Nos olhares que cruzam sem ver,
Nos abraços dados com pressa,
Nos momentos que passam sem ser.
Se tivéssemos mais amor,
Na rotina que cega os sentidos,
Nos gestos pequenos, esquecidos,
Nos corações que batem feridos.
O amor que aquece e renova,
Que traz luz ao dia cinzento,
Que faz do sorriso um alento,
E do encontro, um momento.
Se tivéssemos mais amor,
Nas palavras ditas com calma,
Nos silêncios que falam à alma,
Nos sonhos que voam sem trauma.
O amor que acalma e encanta,
Que faz do simples, sublime,
Que em cada canto imprime,
A essência pura, que canta.
Se tivéssemos mais amor,
Na vida que corre sem freio,
Na busca incessante de anseio,
No viver que precisa de meio.
O amor que transcende e envolve,
Que une e jamais dissolve,
Que faz da lágrima, alegria,
E da dor, poesia.
Se tivéssemos mais amor,
Nos dias cinzentos e frios,
Nos rios que correm vazios,
Nas noites de medos tardios.
O amor que cura e transforma,
Que dá à vida nova forma,
Que faz do tempo, eterno,
E do inverno, um verão terno.
Se tivéssemos mais amor
Buscando sempre o fim,
De um começo sem fim.
Se tivéssemos mais amor,
Em cada gesto, em cada olhar,
No simples ato de amar,
Encontraríamos a paz,
Que só o amor é capaz.
Solitário Conhecido
Visitam-me os olhares que me reconhecem na rua, os acenos que cruzam meu caminho, os nomes que me chamam como se me soubessem. Visitam-me as vozes que me cercam em diálogos breves, as presenças que dividem espaço, mas não profundidade.
Sou um solitário conhecido. Caminho entre muitos, mas pertenço a poucos. Estou onde me veem, mas nem sempre onde me encontram.
Visitam-me, mas quantos realmente ficam?
Em um canto oculto, onde sombras dançam,
Nossos olhares se cruzam, a tensão avança.
O mundo lá fora, tão distante, tão frio,
Aqui, neste abrigo, encontramos nosso fio.
A adrenalina sobe, o coração acelerado,
Um espaço secreto, nosso amor revelado.
O toque dos dedos, como fogo a queimar,
Sussurros de desejo começam a ecoar.
No silêncio da noite, sob a luz da lua,
Nossas almas se entrelaçam em pura rua.
Proibido e intenso, o momento se faz,
Cada beijo ardente é um passo audaz.
As paredes guardam segredos de paixão,
Enquanto nos perdemos em nossa canção.
O medo do mundo se dissolve no ar,
Quando nos entregamos ao prazer de amar.
E assim, naquele lugar onde tudo era nosso,
Desafiamos limites, quebramos o colosso.
A primeira vez é um doce arriscar,
Um hino à liberdade que vem nos guiar.
Que o eco daquela noite nunca se apague,
Que a lembrança viva em nós sempre se trague.
No sussurro do proibido, eternamente guardado,
Nosso amor floresce em cada instante vivido.
Quando te vejo, o coração dispara,
Nossos olhares se cruzam, a paixão se declara.
Teu toque, um fogo que queima devagar,
Neste momento mágico, só quero te amar.
Teus lábios, convite para o paraíso,
No encontro de almas, o desejo é preciso.
Nossos corpos entrelaçam, num abraço ardente,
És a razão da minha paixão, eternamente.
A noite se torna palco da sedução,
Quando te vejo, é puro êxtase, a canção.
Nossos suspiros sussurram segredos profundos,
Neste amor ardente, somos eternos vagabundos.