Os Olhares se Cruzam
Olhares que se cruzam
Dizem que são as portas da alma
E que podem revelar se existem sentimentos
Olhares que se cruzam
Deixam os seres perdidos
Querendo disfarçar
O que já se é perceptível
O início da paixão avassaladora de corpos e almas
Dois olhares se cruzam
Sonoros, em um dueto
Em sedução o coração
Em criação um soneto...
DOIS AMORES
Dois amores carentes de amor
Em seu mais puro sentimento
Entoam-se num dueto regedor
De carinhos, prazer e momento
Dois olhares repletos de ardor
Um ao outro o tratado atento
Dois seres ao agrado com valor
Juntos, num ímpar pensamento
Donde vem tanto afeto, cortesia
Álacre canto de canto incomum
Que enche o peito de tal poesia?
Do querer, do haver dois em um
Onde o tornar alcança a alegria
E a sensação um pulsar comum!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2020, 16’29” – Araguari, MG
Dois olhares se cruzam
Sonoros, em um dueto
Em sedução o coração
Em criação um soneto...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2020, 16’29” – Araguari, MG
Nas cenas são centenárias mas não há quem não sonhe ser a mocinha ou o mocinho que cruzam olhares no embalo de uma serenata, que tenham nos olhos o reflexo da chama amarelada das velas sobre a mesa de jantar o que, emocionados, molhem o sorriso com lágrimas na entrega da rosa.
O comportamento parece ridículo, mas também não há que não sonhe em ficar sentado horas esperando o telefone tocar para depois relembrar palavras por palavras dada do outro lado da linha; escreve frases bregas no cartãozinho mas brega ainda ( o achar um exemplo de bom gosto e originalidade ); ficar sem fome ( ou comer demais ); ouvir músicas ( Melosas) sem descanso e perder o maior tempo imaginando os passos do outro.
Não há quem não queria ser o motivo da “loucura” e da inspiração (mesmo desastrada) para o versinho que vem assinado pelo Chuchu, pelo Fofo ou pela Gatinha – apelidos que fazem o resto do MUNDO cair na gargalhada e ele(a) se sentir realmente Fofo, um Chuchu ou uma Gatinha. Os últimos românticos ganharam milhões de companheiros. O romantismo sobreviveu a todas as formas de Revoluções de comportamento. Ele pode ter emprestado as vestes da modernidade mas, despido, ainda tem as velhas formas que emocionaram todas as GERAÇÕES.
Não há como negar. Não há quem não queira ser o te do EU TE AMO.
Sem Amor tudo o que fazemos torna-se monótono e repetitivo nada tem graça na Vida; Sem Amor somos obrigados a conviver com a eterna Insatisfação interior nada e capaz de nos fazer Feliz tornando nos limitados e pior de tudo Vazio.