Os Dias Passam
Quando é amor
fica estampado nos olhos,
fica estampado no riso,
evidenciado no aperto que só a saudade dá.
Tem saudade que não cabe na espera,
Que não cabe na janela,
Nem ao menos no portão.
Tem saudade que não cabe mais no peito,
E por não caber nos olhos,
Escorreu até o chão.
Tem saudade que não cabe na partida,
Não cabe na despedida,
Nunca coube em um adeus.
Pois, saudade
Cabe mesmo é num abraço
Que quando dado bem forte
Aperta pra aliviar.
Tinha um jeito sério, centrada, ar de mistério, mas, no fundo era igual a todo mundo.
Esperava algum dia sentir um transbordar de amor, ter aquele risinho ridículo de quem está apaixonado, sussurrar breguices, ter olhar cafona.
Diziam que a velha casa não tinha nada de mais.
Tinha sim, em cada canto esquecido tinha história.
História de amor, história de dor, alegria e medo.
E vai saber quantas outras histórias cabiam apertadas aos cantos da velha casa...
Dia desses uma amiga minha tinha acabado de terminar o namoro e me veio com a seguinte reflexão: -Às vezes eu fico pensando... Será que eu vou morrer sozinha?
Depois de morrer de rir com a cara de choro dela me fitando, lembrei que ela tinha apenas 17 anos e ameacei bater na cara dela caso chorasse outra vez. Para acalmar contei a história de uma professora que guardo comigo e compartilho sempre que possível:
Era noiva e estava prestes a fazer o vestibular para comunicação quando faltavam poucas semanas para o casamento e ele soltou a pérola: "Se casar comigo, não vou deixar você trabalhar!". Ela não acreditou no que seus ouvidos tinham acabado de ouvir. Como? Logo ela que depois de todo esforço de bolsista em uma escola, sempre sonhou com a vida profissional e ter esse sonho impedido? Foram muitas tentativas, mas nenhum dos dois arregou da decisão e acabaram seguindo caminhos diferentes. Ela fez letras, seguiu carreira acadêmica, casou, teve filhos, ficou viúva e em um certo dia recebe um telefonema. No celular sua amiga dizia que sua ex sogra por quem tinha muito apreço estava muito mal de saúde. Lá foi ela, dias e dias visitando essa senhora, quando no quinto dia alguém abre a porta e de repente ela se sente como se tivesse 18 anos de novo. Com o coração acelerado foram tomar um café e pasmem! Ele também ficou viúvo! Desde então estão juntos de novo, ela o primeiro amor e é uma nova integrante: A cachorra.
Por fim ela sempre pondera: Por mais que o meu primeiro marido tenha sido importante na minha vida, tendo sido o pai dos meus filhos, agora eu entendo o que é amor de verdade, e talvez se nós tivéssemos ficado juntos lá no começo não teríamos a maturidade que temos hoje.
O amor é assim, "Maktub" se tiver que acontecer vai acontecer. Qualquer coisa que custe sua paz é muito cara. Como diz Bauman, virá "Ab nihilo", a partir do nada.
...E se eu morresse amanhã?
Depois de amanhã estaria ainda presente na vida;
Embora inerte, velado, ainda assim existiria;
Já não mais vivo, apagado, gelado;
Sem mais querer, nem visão;
Sem tocar, sem chamar, sem bater, sem pensar,
Só com o tal “Ai” por alguém que se foi!
Com sorte filhos encaminhados, crescidos, amigos...;
Vários dizeres dizendo estou subscrito em cada um;
Tornem efêmera a dor;
Que sempre tem o tamanho do amor;
Copiem-me, me leiam, me entendam;
Decifrem-me, tentem tentando!
Lamentos, dizeres bem ditos;
Exagero talvez, humano é que o fez (eu);
Descontem estes, do rol de meus erros;
Entendam meus fartos garranchos;
Terminem meus deveres consignados,
Atrapalhados, honestos, insofismáveis;
Tentem me ver pelo prisma
Que a doutrina me doutrinou;
Mas não façam ilações definitivas;
Façam funcionar a balança justa e precisa;
...Não vim trazer brigas;
Entendam meu ponto inicial!
Se é que vivi sem loucuras
Confesso, de fato não sei;
Ajudem a me definir, por favor,
Ajuda vem sempre a tempo;
Peço não deixem esse, gorar a razão
Num calor árido fustigar, respingando em vocês!
Trabalhem e vivam bastante;
Se encantem, sempre com os pés amigados,
Soltos mais rentes ao chão;
Pra correr, ficar, dizer não, por que não!
Reforço o pedido quase ensandecido;
Entendam meu ponto inicial!
Depois que o dever me chamar;
Para última volta axial;
Debulhem todas as respostas possíveis;
Joguem tudo naquela mesma balança...;
Quem sabe um ou outro desponte e se lance;
...Com sorte explique meu ponto inicial!
Como isso tudo são fatos inconclusos;
Conjecturas vãs num momento de pouca lucidez
Que não posso afirmar cem por cento;
Talvez tudo fique pra depois, do Depois...;
E se eu merecer “um extra da vida”;
Agradeço prometendo entender e explicar meu ponto final!
...E se eu não morrer??
Nos cantos da sala estava eu , com uma música inaudível ,as pessoas eram sem brilho e sem calor .Á vista disse ,surgiu tu ,alvo da minha admiração ,retrato perfeito do meu paraíso .Teus olhos logo foram ao encontro dos meus .Então ,pareceu-me que o muindo parou ,mas o sentimento continuou e ele foi avassalador e encantador .O pensamento também ficou inerte .Como poderia eu ter ideias ou falas perante a ti ?Mas apesar de toda a inércia do mundo , meus pés e os teu pés caminharam na mesma direção ,com batimentos cardíacos na mesma proporção .O mundo voltou ao seu movimento desordenado ,com todas aquelas pessoas estranhas ,porém no nosso mundo só havia nós dois e os lábios úmidos sedentos ,o meu por ti e teu por mim , que mesmo com toda a insanidade e caminhos incertos do mundo externo ao nosso não puderam nos atrapalhar , pois os teus lábios colidiram com os meus , que estavam ansioso pelos teus
Eu, Tu, Nós.
Ele tem uns olhos...
Ah, uns olhos que sorriem
Sempre que encontram os meus.
Aqueles olhos que refletem luz
Olhos que conversam, que enamoram
Que encontram morada quando pousam em mim.
E tem um sorriso
Ah, o sorriso
Que me emudece, me aquece
E me faz esquecer de tudo que não me apetece.
Ele produz carinho nas palmas das mãos
E salpica um pouquinho em mim
Várias vezes ao dia.
Ele me oferece a palma
e eu sinto minha alma repousar
Leve, confiante, tranquila.
Ele tem pés que parecem dançar quando encontram os meus
E mesmo sem saber, se entendem, se atraem...
Nessa dança? deixa o amor conduzir.
Que vida louca é essa
Em um dia você é um, em outro é 2 em 1
Um dia é só silêncio
Em outro a gente se descontrola
Gritando ao mundo um amor que não cabe na gente.
Em um dia a gente se assenta sério e sóbrio,
em outro a gente enche a cara até cair,
De todo aquele riso frouxo que não deu mais pra segurar.
Se preciso a gente se reveza entre calma e tempestade,
Entre choro e consolo,
Sem nunca deixar de ser paz ou porto seguro.
E apesar daqueles dias que a saudade aperta a gente,
Bom mesmo é se apertar no abraço
Até não caber saudade.
E quem diria...
Que dois corações tão distantes
Um dia se encontrariam
pra bater assim tão sincronizados?
Sou um universo dentro de mim!
Um infinito de amor,
Um infinito de ódio.
Um infinito de alegria,
Um infinito de tristeza.
O poeta é o mais frágil dos sonhadores, rabiscando entre linhas poesia, mostrando que tudo é infinito.
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