Os Dias Passam

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Sou viciante, mas não passo de um início mal-feito. Vicio por dias seguidos, causo mal em dobro. Sou um acordo sem assinatura. Mistérios, quem sabe alguém desvende. Entediante, mas avassalador, talvez. Ainda que alguém tente me acompanhar ando em ritmo acelerado, mas em compensação corro vagarosamente. Ser preguiçoso, mas investigador. Procuro as coisas, mas sempre as perco minutos após. Meio-termo, vanglorioso. Orgulho na pele, indecisão na ponta da língua. Não sei o que falar, mas entendo muito bem o que sou capaz de ouvir. Sou mais do que um título, mas nunca serei uma história. Capacidades eu tenho guardadas no meu armário, aos montes. Mas como todo armário, uma bagunça. Não sei o que vestir, mas sei me conservar. Sou um ser, mas nunca fui alguém. Ninguém me nota, mas me questionam. Complicado, sim. Complicações aos montes. Canetas, lápis, borrachas. Algo inapagável, mas impossível de ser escrito. Sim, sou este meio-termo que tanto venho a te explicar, mas como sou metade, nunca completo. Sou meio-alguém, por falta de alguém. É, talvez seja isso, a falta que me traz metade, metade que só se completa por outro batimento. Metáforas ditas que em meio as palavras haverá alguém a minha espera. E espero eu que não aguente mais esperar. Porque eu não me entendo, aliás, ninguém entende. Como disse-lhe, sou entendiante, meio-termo. Sempre a dúvida estará por cima de qualquer outro porém. E tu nunca me compreenderás. Porque tua sabedoria é pouca demais para desvendar um mistério pela metade.

Haverá dias bons, haverá dias ruins, mas Deus estará em todos.

Dias de chuva

O sol, assim como eu, parece ter tirado umas férias.
A rua parece pedir socorro, se afogando em tanta água.
As crianças não correm na rua, os cachorros não cheiram os postes
e os passarinhos não entram pela janela para roubar comida.
Pela janela só tem entrado o vento que em mim provoca calafrios.
Do sofá para a cama, da cama para o computador.
Isso sem contar as compulsivas visitas à geladeira.

Já fiz e desfiz minhas unhas milhões de vezes,
Já arrumei meu quarto, fotografei as nuvens e dormi sem sono.
Já escutei meu Cd's antigos, e foliei as revistas.
Já acabei com os doces da geladeira,
Já tentei estudar, já consegui enrolar.
Já beijei meu espelho, já cortei o meu cabelo.

Aqui dentro as coisas parecem não acontecer.
A parede ainda não mudou de cor e a porta não consegue se abrir sozinha.
Esperei uma visita inesperada, mas não aconteceu.
Os dias foram passando, e eu fui agonizando.

E assim foram meus dias de chuva.

Respeite o meu tempo nublado, aquele dentro de mim. Há dias que irradio sol e outros que sou tempestade.

Morte é que dá sentido à vida. Saber que os seus dias estão contados. Que seu tempo é curto.

— Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.

Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas.

Machado de Assis
Dom Casmurro

⁠O dia em que caí sem minhas asas
Aqueles dias sombrios quando eu estava presa
Você deveria ter acabado comigo quando teve a chance

Você pode escolher a pessoa que quer se tornar. Todos os dias você decide se continua do jeito que é ou muda. A grande glória do ser humano é poder participar de sua autocriação.

Roberto Shinyashiki
O Sucesso é Ser Feliz. São Paulo: Editora Gente, 2013.

Por que é que se gastam todos os dias milhões para a guerra se não há dinheiro para a medicina, os artistas e os pobres?

Agradeço a Deus tanto pelos dias de chuvas quanto pelos dias de sol, ambos existem por serem suas criações, e Ele não criaria nada que não tivesse sua utilidade.

Que os nossos corações estejam sempre abertos para receber todos os dias as bençãos lindas que a vida e o milagre dela nos trás.... nos pequenos e mais simples detalhes de amor esculpidos pelas perfeitas mãos de Deus....

Tem dias que parece que o mundo não faz sentido.
Você está aqui sozinha e você não vê ninguém, ninguém que possa te ouvir falar.
Porque todas as pessoas não te entendem, elas não te fazem feliz, elas nem ao menos te enxergam, e tudo que tu queres é gritar, colocar pra fora tudo aquilo que dentro de ti vai se acumulando.
Olho para o relógio e parece que o tempo tá parado, as horas não passam, tenho a sensação de estar presa, presa na solidão.
Meus sentimentos desconhecidos e estranhos vão machucando meu coração, me matando por dentro.
No momento não consigo pensar nos fatos, mesmo sabendo que isso vai acabar, que logo vai passar, afinal, a vida sempre dá voltas.
Eu tô cansada, eu cansei desse mundo, cansei de falsidades, cansei das mentiras, cansei da ilusão.
Entre resistir e desistir, minha desistência tá pesando mais.
Nesse momento o equilíbrio é fundamental, só ele vai continuar a me manter viva.

O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar. Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva.

Eliane Brum
A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006.

Linda tarde para você que, com alegria, espalha amor e carinho todos os dias!

Senhor, leve-me sempre a fazer a Tua vontade, pois em Ti eu espero todos os dias da minha vida!

E quando te trato mal, são dias te amando aqui, nos espaços vazios que você jamais preencheria e que são absolutamente você

É que eu gosto do riso de tudo. De flores. De gente. De bichos. Dos dias de céu azul lisinho. Das noites carregadas de cachos de estrelas. Da canção que as ondas cantam quando tocam a areia. Às vezes, eu vejo até o riso contido do que não tem coragem de rir.

Ah, no fim destes dias crispados de início de primavera, entre os engarrafamentos de trânsito, as pessoas enlouquecidas e a paranóia à solta pela cidade, no fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, no que resta de cabelos na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva para Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem. O telefone toca três vezes. Isto é uma gravação deixe seu nome e telefone depois do bip que eu ligo assim que puder, 0K?

Tem dias, que tudo me cansa, me estressa e me irrita.

Há dias cheios de vento,
há dias cheios de raiva ...
há dias cheios de lágrimas.
Mas depois ...
Existem dias cheios de amor,
que nos dão a coragem de ir em frente,
todos os dias de nossas vidas.”