Os Dias Passam
O olho que fere vê dor.
A boca que grita tem pavor.
A mente que é fria sofre o horror.
A mão que espanca falta amor.
Toda violência tem o amargo nos sentidos.
Não é preciso ir tão longe...
Nem temer as tempestades ou fazer tanto esforço.
Esqueça as grandes teorias.
Abandone os atalhos.
A felicidade mora na exata dimensão do seu coração.
Meu amor, amor meu e de tantas outras que hoje tenho ciência, venho apelar a sua consciência a recuperação de minha autônoma ilusão. As lágrimas que derramei, serviram para regar as flores que brotaram. Nada como dia após dia, o nascer do sol para renovar as energias. E fique certo meu querido, todo amor sofrido não passará de textos líricos, não virão ao saber das suas amadas e muito menos despertarão mágoas pelas tuas noitadas. Que a cachaça possa apagar a dor que há de vir, eu prevejo a perda na sua vida,pois dessa vez ela depende de mim. Nas esquinas, nos bares, nos shows ou em outros lares, você poderá me procurar, mas eu estava aqui o tempo todo e só você não viu. Ao lado do rio, no mesmo lugar. A mudança está na constância, não sei se irá me encontrar. Não há coerência em se prender a quem é livre. A menina que se enganou sem esperanças, hoje vive. Eu não desisti do amor, não desisti de você. Fique bem meu bem e assim posso sorrir. Não quero me afastar, mas não vou ficar aqui. Até um futuro onde suas responsabilidades estejam niveladas ao meu amor, onde sua falta de compromisso não me cause dor.
Não sei como lhe saudar, ainda não inventaram honras para amizades, o que é injusto, já que fazem mais por nós que as autoridades. Querida amiga, rogo-lhe seu companheirismo nessa aflição, já estou ciente de que essa doença também afeta o seu coração. O que as folhas esconderam, o vento revelou, eu já havia lhe contado desse meu velho caso. Infelizmente toma conta de mim a cada hora que passa, sonho de dia, penso de noite e tudo se converte a um Eduardo e Mônica sem certeza de final feliz. Hoje vejo a coerência entre precipício e precipitar-se, eu me joguei num abismo a espera de um rio abaixo. E se o rio não existir ? E se a água estiver gelada ? E as piranhas ? Tudo isso me preocupa e já não me reconheço mais. É doentio o modo como o amo, sinto os sintomas em mim. Eu que tinha um coração gelado vejo alguém me incendiando e simpatizo com a dor ! Minha confidente, eu não lhe peço conselhos, exceto se estiver ao seu querer, mas me sinto confortada em dividir isso com alguém, ao comparar nossos anseios aos encontros. No mar ou na floresta, com peixes ou leão, ambos são aventuras que escrevo desde então, tentando aliviar a espera do convite. Parabenizo a você, que em seu drama tem medo do que já lhe pertence e talvez eu a entenda. Desejo-lhe a sorte, a maturidade e principalmente a paciência que venho desfrutando, nunca achei tão cansativo e desesperador ficar sem respostas. E de fato estamos ferrados, pelo bem ou pelo mal, espero o aprendizado. Depois de tanto criticar as vítimas, o barco virou para o nosso lado.
Prima, eu me apeguei a ele.
Por trás de todos esses apertos de mão, você sempre será "A opção", a primeira opção. Embaixo dos panos, os encantos nunca se esconderam entre pessoas tão sinceras com a vida, mentindo consigo mesmo. E fingir, frustrar, frustrar-se, finalizar e recomeçar um ciclo por falta de coragem. Os amantes são molduras de um quebra-cabeça que sabemos bem como completar. Peças como o tempo, a confiança e a certeza não podem faltar, por isso abramos as portas e deixemos entrar. Os carvalhos imitam seu perfume, eu me apeguei aos detalhes que você esqueceu. No mundo inteligível de Platão não se previa que uma pequena e eventual mudança rotineira afetasse o que planejamos a ponto de mudar a vida. As indiretas cantadas no verão aqueceram o coração de quem te reencontrou nesse inverno, com uma lareira tão perto. Por isso cuidado meu bem, há perigo longe de mim, eles não podem saber e é bom que se mantenham assim. Quando eu ia, você voltava. Não gritei seu nome e você já esperava. Agora estamos na mão do relógio e tudo isso é avesso, o mundo está ao contrário e ninguém reparou. Todo start-up precisa de um capital inicial para o começo. Os filósofos não dizem nada que eu não possa dizer, a química pode me ajudar. Em meu modo pessimista, se os opostos se atraem.... Prazer, Polo negativo (-).
Estava tudo certo no incompleto, talvez me adaptasse aquela normalidade. Mas se a maré estava baixa, é tsunami. E antes do tsunami, um monstro se revelou, voltei à superfície. Na superfície encontrei alguém, alguém que ao avistar de longe percebi uma luz, a mesma luz da caverna de Platão. Convidei para sentar, ele aceitou. Me ofereceu vinho, eu recusei. Desde então se tornou inevitável os convites de ambos, o abraço na chegada, a saudade na partida, a indireta no facebook e a percepção alheia da compatibilidade. Hoje eu desfaço todo amor que havia espalhado, recolho os pedaços, pois sei que migalhas nunca funcionaram. Estou disposta a me monopolizar, se você quiser ser minha propriedade privada, é claro. Um amor A la Olavo de Carvalho, com toda a sinceridade sem moderação na defesa da verdade.
Se não fosse cômico seria trágico, uma santa com tantos fiéis querendo atenção de um céu que termina com três pontos. Os fiéis a veem de baixo, ainda não conheceram a luminosidade do céu que de lá do alto pode ver os riscados em sua capa. Hoje em dia santo, essa fogueira não queima dor. Eu tentei evitar, tentei recuar, mas cada vez que eu fujo eu me aproximo mais. E é assim, tentando subir nesse altar que tento compreender se o céu que me anseiava agora não sente mais minha falta, se as estrelas que eram minhas companheiras estão ofuscando meu brilho, se faltam colunas ou ainda não subi os três degraus. Não sei se foi o tempo ou a necessidade, mas se for pra dar ausência justifique com a verdade. Eu não parei, não desisti, ainda me restam duas armas, duas entradas.
E eu que fui tão racional, encontro-me presa na tentativa de um suicídio passional, uma janela de oitavo andar com três lados pra pular.
Um lado eu já não quero mais, fica ao sul e jurei que se fosse pular, não voltaria atrás.
Na frente eu vejo um passado que sempre foi presente, mas se desmotivava ao ver o sul. Mal sabia o poder que tinha, o sul foi ocupado por sua falta de espaço, quer dizer, por ter expandido esse espaço pra tanta gente, tantos lugares... Hoje você faz uma festa interna e me convidou, será que vou?
Ao lado eu vejo a verdade, a própria sinceridade em forma de relevo. Veio no momento em que o sul precisava ser desocupado, de um modo sutil engraçado e com o cheiro da terra muito agradável. Se eu aqui acampar, corro o risco de fazer morada.
Hoje preciso dormir em algum lugar, não sei se é festa ou acampamento, sei que preciso residir, pois essa inconstância nômade emocional já me agonia. Eu quero um terreno pra chamar de meu, pra regar e fazer chover, pra plantar e conhecer até enquanto Deus quiser.
E essa é a parte favorável de um coração gelado, não sentir as facadas. Nada me surpreende, nada dói, nada sinto. E foram as dúvidas tão condenadoras que me deram a salvação da escolha errada. Acredito que nada é em vão, tudo é participativo e em seu tempo revela o porquê. Os fins justificam oa meios.
Tanto a ida, quanto a chegada, o abandono e o retorno, fazem de mim a mesmice e não careço do novo. O medo da surpresa pode me privar de felicidades, mas nada comparado as dores da realidade. Já não sinto falta das palavras, do abraço, do aviso e do beijo roubado, qualquer um substitui... Qualquer um toma o lugar.
E não espere eu ir embora pra perceber, não irei. Estarei sempre aqui, sentada, sorrindo e observando a hipocrisia de seu imaturo e precocemente amor jurado. É tão notável a significância mínima, pela falta de lembrança emocional. Tens o valor do chocolate, bom e substituível, proveitoso enquanto saboreie e hoje se resume em memórias, vagas como esse texto.
Eu o amo e sinto que é recíproco. Eu o vejo em suas roupas simples, cada dia mais bonito. Entendo como proteção o que muitos denominam opressão, e não vejo mal algum em cozinhar, lavar roupa e limpar o chão. Sei que sou rainha da casa e do meu amor, sendo submissa a organizar meu lar, uma obrigação que faço sorrindo à cantar.
Nada me impede ser mulher. Lavo, passo, cozinho e trabalho, trabalho feliz em saber que sou completa e me completo em minhas obrigações, e ao ser completa vejo sua admiração. E ao anoitecer, sinto seu amor em cada parte do meu corpo, dos pêlos aos cabelos. Para me completar por inteiro, o tenho completo, como amigo, companheiro, amante, ajudador, ouvinte, conselheiro e homem, um homem que me faz mulher. Amo e sou amada, no dia e na madrugada, pelo corpo e pelo trabalho, pela opinião na hora do jornal e as risadas no jantar. As mais belas escrituras sagradas já me condenaram a estar presa no cuidado de suas mãos, estou agradecida por esta prisão.
Mas vai ser eternamente assim, uma complicada e infinita indecisão de indiretas . Vai ficar colocando pessoas pra desviar atenção, tentar entender o que se passa em mim e mais uma vez desistir pra tentar de novo .Seu ídolo carnal ou de espírito é essencial para essa busca. Vamos nos prender as consolações,aos conselhos e apegos aos abraços.As lembranças de um passado distante em nossas mentes, tão perto cronologicamente. Quando se é jovem é tudo tão intenso que em meu modo masoquista me animo para o sofrimento. Quem dera eu soubesse me perder, os erros fogem de mim e as certezas levam até você . Nunca vai dar certo, eu sei, você também ,mas é inevitável os seus braços abertos mesmo que esteja tão distante, do meu lado.
Até quando as fogueiras reais ou simplesmente morais (estas não menos cruéis) serão usadas para eliminar aqueles que teimam em fazer uso da liberdade de pensamento?
(O Santo Inquérito)
Não há nada mais próximo do ódio do que o amor dos humildes pelos poderosos, o culto dos oprimidos pelos opressores.
(O Santo Inquérito)
Meus oito anos
Tenho tantas saudades,
brincar até o pôr do sol,
de pique-pega, pique-esconde,
médica, escolinha;
Entre tantas não dá para escolher a melhor.
Acordar todos os dias
com o belo canto dos pássaros
e com o cheiro de pão de queijo pela casa
Ir para a escola cedinho,
aprender cada dia mais...
Que saudades que tenho
de tudo que vivi
com apenas oito anos
Hoje precisava escrever
Uma busca incessante há muito tempo, desde os dias em que comecei a ter entendimento por o que seria o sentimento chamado de “amor”, no fundo sabia que seria uma procura intensa, não palpável e sim sentida, um sentimento vivenciado na alma. Uma voz e /ou um simples sentimento no fundo da alma, essa presença mostrava que há em algum lugar alguém que é capaz de transformar meu mundo, aquele que sem palavras muda a sua direção, passa a ser tão natural como a minha energia vital, a qual não suportaria viver sem, raio de sol, vibrante, incandescente, deste que só no olhar se compreende. Seria verdade, seria sonho!
Não sei explicar! As palavras não conseguem exprimir o tamanho sentido que faz esse sentimento no meu ser. Muitas vezes pensei, sou sonhadora isso é ficção dessas que a telenovela planta na nossa mente. Porém a busca permanecia no meu intimo. Motivo esse de falar sozinha, os amigos mais chegados até criticavam ou às vezes deviam pensar ela é “louca” acreditar nisso! Não é porque queria, mas simplesmente nasceu comigo e dali nunca saiu, como uma gestação para os que tiveram a graça de poder sentir sabe que nada é anormal, ela evolui conforme a natureza e chega ao ponto que precisa ter vida própria.
De vida própria excludente e espontânea enganou algumas vezes o seu próprio sentimento, mas no fundo sabia a verdade. Um dia ele saberia o que seria esse sonho inconsciente, sentiria, não imaginaria. Perdão aos que magoei! Não foi por vontade própria e sim um sentimento o qual não despertou em mim ou não reconheci no meu ser intimo, pois sabia que nada era forçado, às vezes parecia encaixe perfeito, mas tudo muito perfeito, logo a verdade, não seria o ideal, a dificuldade aumenta a grandeza do sentimento. Será¿ a dor incomoda meu coração, essa que você vê nos olhos das pessoas, tenho essa benção que muitas vezes não compreendi como graça e sim castigo, como dói ver essa dor e não saber o que fazer para aliviar. Apenas sente, gostaria que essa pessoa tivesse o prazer de sentir o que eu sento e assim entender que não era culpa minha e sim da minha alma. Não controlo apenas sinto.
Será verdade! Encontraria a pessoa certa, que faria o que jamais alguém fez. No momento certo ou no errado¿ Ao longo já nem eu mesma acreditava. Assim vem a duvida, ele reconheceria¿ entenderia tudo isso, acharia irreal demais¿ estórias!
Quero falar do que esqueci,aquilo que deveria escrever logo que eu peguei na folha e na caneta.Agora lembro me daquilo que esqueci,sei que nao sou perfeito o suficiente para falar de mim mesmo,porque sinto falta de esclarecimento sobre o conteudo.
Quando falo de me esquecer,e uma forma de desconhecer a minha realidade,embora seja um conhecimento inato a aplicar,contudo nao sei como me posso falar.Penso dias e noites nas palavras mais puras e simples que possam qualificar,descrever o meu eu.
Mas onde e que reside este desconhecimento?
Bem sabemos que viemos de muito longe,com missoes ja distribuidas,e nao sabemos quando terminaremos,mas o nosso guiador,sempre diz:fiquem prontos,a qualquer dia a sua missao termina.
No fundo do coracao vem a pergunta quem sou eu?