Os Dias Passam
São textos que confirmam a vivência do autor e passam ao leitor a importância de uma vida mais plena de realizações, dedicação, e firmeza nas decisões.
Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
Pensamos que a saudade foi feita pra machucar, mas os dias se passam e vemos que ela é a mais certa de quanto gostamos de alguém!...
Naufrágio
Os dias passam...se arrastam...
Sinto-me tão fraca e pequena diante desta imensidão
De palavras e atos...que férem...
Que machucam meu coração...
Não aguento mais me sinto incapaz
Estou presa a um passado bonito
A um amor que eu julgava infinito e que um dia
Na maresia da vida em atos e insultos naufragou...
Eu luto como sobrevivente mas minha mente
Minha mente relembra os momentos vividos
Existiram momentos bonitos
Mas acabou...nada sobrou...
O pesadelo do presente me assusta
Eu não luto, eu escuto...escuto meu coração
Sinto a certeza de vida que ele me dá
E eu tento na vida me agarrar...
Afinal preciso lutar, mas com a certeza
De nunca mais me enganar
Nunca mais voltar a amar...
Para nunca mais naufragar...
Os dias passam devagar. A consciência insiste em predominar em cada atitude, o arrependimento e o senso de vitória. Decisões erradas e precipatas.São tantas coisas que nem sempre consigo compreender e acreditar.. Volta..Insisto que o passado volte, porque era tudo tão fácil quando não havia lágrimas para descer, porque sempre havia um sorriso pra substituir. e agora? Tudo parece ter ido embora com o vento e meu choro se torna quente a ponto de queimar. Acordar todas as manhãs e não ter vontade de viver. Olhar para aqueles olhos e enxergar exatamente o que eu temia ver. Não dói as coisas serem assim..Mais dói por elas não poderem ser diferentes...
Você sabe o quanto eu te amo. O quanto o meu olhar e meu coração te procuram enquanto os dias passam devagar. Minha expectativa era grande, hoje, a dor supera qualquer uma delas. Você sabe que eu gosto de você, sabe o quanto eu te quero, o quanto eu preciso, e ainda fez uma escolha. Pensou só em você, em o quanto era bom saber que lá fora, depois da janela, do tempo frio, tinha alguém que pensava em você antes de dormir. Alguém que gosta da idéia de um dia te abraçar. Alguém que não nega, assumi.
Dói você ser você. Eu não me apaixonei pelo hoje. Apaixonei pelo que você era pra mim. O meu conforto.
E olha o que o tempo fez com a gente. Apodreceu tudo de bonito que nós tínhamos juntos. A amizade, não sei mais aonde ela se encontra. Escondeu-se. As palavras bonitas, hoje um tanto raras, se esconderam por trás de detalhes ridículos que pra você fazem mais importância. Ta doendo muito. E eu gostaria muito que você entendesse.
O tempo voa e eu nem dou por isso. Os dias passam e eu continuo presa no tempo. Algo não me deixa seguir em frente. Ou será que eu não quero que esse algo se vá embora? Inúmeras perguntas rodeiam a minha cabeça, mas todas elas sem reposta. Como becos sem saída. Um beco escuro…nem uma luz me acompanha. Estou sozinha. Sozinha, triste e abandonada. Comigo apenas levo os meus pensamentos profundos e a minha alma vazia. Um longo caminho percorro, numa rua estreita. Apenas oiço o som dos meus passos. Não está ali ninguém, ninguém para me ajudar. Fui abandonada quando mais precisava. Mas aí eu percebi…percebi que não posso contar com ninguém. E agora reparo que todos aqueles a quem eu chamei de amigos, não passam de meros conhecidos. É triste saber que foram-se todos embora sem deixar rasto. Jogaram-me como se eu fosse algo descartável nas suas vidas. Algo sem significado, sem importância. Como se eu fosse um simples objeto. Sinceramente não sei que mais possa fazer. As minhas energias esgotaram-se. Sinto-me fraca, completamente sem forças. As cores deixaram de ser vivas e alegres. Alimentar-me deixou de ser uma necessidade. O sono já nem me persegue. O sol perdeu o brilho que tanto me encantava ao fim da tarde. As pessoas deixaram de ter importância, pois não passam de meras criaturas que se movem de um lado para outro, que respiram o mesmo ar que eu. Agora, e mais que nunca, sinto-me sozinha na multidão. E não me destaco, apenas me isolo cada vez mais. E mais ainda.
Os dias prósperos não vêm por acaso. São granjeados, como as searas, com muita fadiga e com muitos intervalos de desalento.
Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.
Se perdi os meus dias na volúpia, ah! devolvei-los a mim, grandes deuses para que eu volte a perdê-los.
É tão fácil desperdiçar nossas vidas: nossos dias, nossas horas, nossos minutos. É tão fácil existir ao invés de viver. A menos que você saiba que existe um relógio marcando o tempo. Muitos de nós mudamos nossas vidas quando ouvimos o relógio biológico, e decidimos ter filhos. Mas este som é um murmúrio se comparado aos sinos da mortalidade.
Um marido é apenas um amante com a barba de dois dias, um colarinho sujo e queixando-se o tempo todo de enxaqueca.