Orgulho de Pai

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Ah ! O amor ...
É o único que te faz sorrir,
mesmo quando olhas para trás.
Te faz sonhar,
quando olhas para frente.
Te faz completo,
quando olhas para o
lado.Te faz paz,
quando olhas para dentro.

Eu não sinto odio dos que me atacam pelas costa mas simplesmento prefiro me distanciar do tal individuo

O tempo não pode esperar por sua indecisão.

A nudez habitual, dada a multiplicação das obras e dos cuidados do indivíduo, tenderia a embotar os sentidos e a retardar os sexos, ao passo que o vestuário, negaceando a natureza, aguça e atrai as vontades, ativa-as, reprodu-las, e conseguintemente faz andar a civilização.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Pascal é um dos meus avôs espirituais; e, conquanto a minha filosofia valha mais que a dele, não posso negar que era um grande homem. Ora, que diz ele nesta página? [...] Diz que o homem tem “uma grande vantagem sobre o resto do universo: sabe que morre, ao passo que o universo ignora-o absolutamente”. Vês? Logo, o homem que disputa o osso a um cão tem sobre este a grande vantagem de saber que tem fome; e é isto que torna grandiosa a luta, como eu dizia. “Sabe que morre” é uma expressão profunda; creio todavia que é mais profunda a minha expressão: sabe que tem fome. Porquanto o fato da morte limita, por assim dizer, o entendimento humano; a consciência da extinção dura um breve instante e acaba para nunca mais, ao passo que a fome tem a vantagem de voltar, de prolongar o estado consciente.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).

Barriga esfomeada não tem orelhas.

Podemos ler nas testas daqueles que vivem cercados por um luxo insensato que a fortuna vende aquilo que se pensa que ela dá.

Reinvenção

Mudar sua personalidade não é tão simples, nem tão rápido quanto cortar o cabelo.
Principalmente quando se tenta mudar para melhor...
Não corte quatro dedos da sua personalidade antiga e anseie que todos percebam instantaneamente ao anoitecer.
Essa recriação mental e consequentemente comportamental, depende inteiramente de um processo chamado "tempo".

Pequenas mudanças acarretarão mudanças maiores;
E uma hora isso será visível!
Se não visível perante todos;
visível a você mesmo.

É preciso passar sobre ruínas,
Como quem vai pisando um chão de flores!

Antero de Quental
Odes Modernas

Ter sido moço é ter sido ignorante, mas inocente.

Antero de Quental
Primaveras Românticas

Deixá-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, à morte silenciosa…

Que a luz que irradia de seus olhos nunca deixe de trazer alegria e conforto até mesmo para ambientes inóspitos.

“” Estou preferindo o nada. De migalhas já estou cheio...””

Sem dúvida, a falta de concorrência na busca de uma vantagem reduz a vaidade.

Pensamento de mãe é como o incenso
Que os anjos do Senhor beijam passando.

Álvares de Azevedo
Poesias Completas de Álvares de Azevedo

“” Sacanagem prender alguém a um relacionamento
Ou se é livre para amar ou se é prisioneiro de um simples desejo...””

Cristo tem um corpo cósmico que se estende por todo o universo.

Quão glorioso é, e também quão doloroso, ser uma exceção.

Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo
o eterno ruído do mar batendo
No entanto, como está longe o mar
como é dura a terra sob mim...
Felizes são os pássaros que chegam mais cedo
que eu à suprema fraqueza
E que, voando, caem, pequenos e abençoados,
nos parques onde a primavera é eterna.

Vinicius de Moraes
Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Nota: Trecho do poema O incriado.

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A arca de Noé

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.

Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre – "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista.

Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.