Ordem

O belo é o esplendor da ordem.

A ordem não cria a vida.

A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.

Não há ordem sem justiça.

A marca de uma inteligência de primeira ordem é a capacidade de ter duas ideias opostas presentes no espírito ao mesmo tempo e nem por isso deixar de funcionar.

A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida.

A tarefa atual da arte é introduzir o caos na ordem.

A ordem é o prazer da razão: mas a desordem é a delícia da imaginação.

O progresso não é mais do que o desenvolvimento da ordem.

Achar em tudo desordem é prova de supina ignorância; descobrir ordem e sistema em tudo é demonstração de profundo saber.

Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.

Ali, tudo é ordem e perfeição. Luxo, calma, e sensação.

Se a regra é a desordem, pagarás por instituir a ordem.

Toda a ordem dos céus e todas as coisas que preenchem a terra - em suma, todos aqueles corpos que compõem a enorme estrutura do mundo - não possuem nenhuma subsistência sem uma mente.

Seja em que poesia for, o caos deve transparecer sob o véu cerrado da ordem.

Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito.

A felicidade mora aqui comigo até segunda ordem.

O caos é uma ordem por decifrar.

Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas
escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te
sôfrega
Como se fosses morrer colado à
minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do
amanhecer.

Por enquanto há diálogo contigo. Depois será monólogo. Depois o silêncio. Sei que haverá uma ordem.