Orar com Deus
A oração não exclui a necessidade de se curvar perante Deus; pelo contrário, exige-a, mesmo que os joelhos não estejam dobrados.
Contemplação
Quando estou diante do esplendor de uma flor desabrochando, do glamour do sol nascendo, do espetáculo do pôr do sol;
Quando estou diante do céu bordado de estrelas; das asas brancas de gaivota da lua envolvendo a noite escura;
Quando estou diante do mar azulado, das ondas rendadas abraçando a areia;
Quando estou diante de um pássaro fazendo serenata para a aurora;
Quando absorta estou diante das maravilhas que Deus criou a minha contemplação ganha ar de poesia e o tom sereno da prece. De joelhos minha alma se rende à beleza e em silêncio agradece ao criador.
Quando a resposta a uma oração não for o que você esperava, desconfie da sua pergunta e não da resposta de Deus.
A oração é um canal que nos conecta com Deus, fortalece os nossos laços espirituais com o divino e nos põe em sintonia direta com o universo e as forças do bem.
Mesmo quando os obstáculos que eu encontro no caminho são grandes demais para que eu possa ultrapassá-los, eu não desisto e nego-me a voltar. Paro, respiro fundo e com a alma em posição de prece olho para o céu e peço um pouco mais de força e coragem a Deus e sigo confiante porque sei que Ele vai atender-me.
Quando você ora pedindo a Deus para ser livrada do mal e algumas pessoas somem da sua vida, não esqueça que eles também oram
O poder da oração…
A oração é uma ponte que transcende o visível e nos une ao infinito. Não é um gesto mecânico nem um ritual vazio, mas a tessitura de uma comunhão profunda entre o finito e o eterno, um diálogo silencioso onde a alma se desnuda e o coração encontra repouso. Orar não é apenas falar; é abrir-se ao mistério, é reconhecer a própria insuficiência e, ao mesmo tempo, vislumbrar a plenitude que se revela além de nós. É um ato de coragem e humildade, no qual nos colocamos diante daquilo que não controlamos, mas que nos sustenta.
Ao elevarmos nossas palavras em busca de sabedoria, como nos exorta Tiago 1:5, reconhecemos que o entendimento humano é limitado e frequentemente obscurecido por paixões e ilusões. Pedir sabedoria é mais do que buscar conhecimento; é clamar por discernimento, pela luz que ilumina os passos em meio às incertezas da existência. É suplicar para ver além das aparências, para agir com justiça e caminhar em retidão.
Quando oramos por perdão, como nos ensina João 1:9, não estamos apenas confessando falhas ou admitindo erros. Estamos nos rendendo à misericórdia divina, reconhecendo que o fardo da culpa não pode ser carregado por um coração que deseja ser livre. O perdão, nesse sentido, é uma experiência transformadora: ao sermos perdoados, aprendemos também a perdoar, e nesse ciclo de graça, somos renovados.
A súplica por força e coragem, refletida em Isaías 41:10, é um apelo para que não sejamos vencidos pelas tempestades que nos cercam. Não é a ausência de medo ou dor que buscamos, mas a fortaleza para enfrentá-los. Orar por força é confiar que existe uma mão que nos sustenta quando as nossas fraquejam, e pedir coragem é acreditar que, mesmo diante do abismo, há um propósito que nos impulsiona a avançar.
Em Salmos 147:3, encontramos a promessa de cura, não apenas para o corpo, mas para as feridas mais profundas da alma. Clamar por cura é aceitar nossa fragilidade e entregar ao Criador aquilo que em nós está quebrado. É um ato de esperança, de quem acredita que nenhuma dor é definitiva, que o amor divino pode restaurar até os fragmentos mais despedaçados.
Em Salmos 25:4, ao orarmos por direção e propósito, buscamos mais do que um caminho a seguir: ansiamos por sentido. É o desejo de que nossos dias não sejam um somatório de eventos desconexos, mas uma jornada marcada por significado. Pedir direção é confiar que há uma vontade maior que guia nossos passos, e buscar propósito é alinhar nossas escolhas ao chamado divino que habita em nós.
Assim, a oração é mais do que palavras proferidas; é um encontro transformador. Não é fuga, mas entrega. Não é imposição, mas abertura. É a arte de ouvir o sussurro do eterno no silêncio do coração, de permitir que a graça nos molde e nos prepare para viver com sabedoria, perdão, força, cura e propósito.