Opostos
O universo é como a eterna dança de ideias opostas, que poderiam se complementar, mas escolhem inconscientemente a polaridade.
Não existem partes que se complementam. O que existe são somas iguais que se unem, e juntas formam o todo. Os opostos se repelem. Os iguais se juntam.
Tenho a sensação de que eu, o sol, encontrei com ela, a lua, e que nós somos um dos poucos sortudos a realizar isso, pois são muito pouco os que conseguem, são poucas primaveras que entrelaçam-se com seus outonos, poucos sóis que se abraçam suas luas, e eu me sinto tão bem e tão feliz por ter tido a sorte do destino de encontrar-me com meu outono, a brilhante e sublime lua, eu o próprio por do sol nunca imaginaria me encontrar com essa linda noite estrelada, parecia tão distante... e agora me parece tão irreal de tão bom, sabe? Sinto que é um sonho, uma realidade alternativa algo que não devia acontecer, uma falha na matrix, e fico feliz por ser parte dessa falha.
"A raiva e o desprezo quando expostos, soam como necessidade de autoafirmação. Algo como se atacar a outra parte preenchesse o ego ferido. A verdade que te conforta, certamente é diferente da minha."
Realidade
Da rima pra palavra
Felicidade,
Mas, é uma pena que as palavras
possuí significados
opostos. 😔💭
Ritmo e silêncio
Eles eram como o dia e a noite, tão distintos que parecia impossível coexistirem. Ela carregava o caos das manhãs ensolaradas, cheia de energia e risos que explodiam sem aviso, como o canto de pássaros numa floresta desperta. Ele, por outro lado, era o silêncio do crepúsculo, contemplativo, com olhos que pareciam guardar segredos das estrelas.
Enquanto ela dançava pela casa, improvisando passos ao som de músicas que nem sempre ele entendia, ele a observava do sofá, com um sorriso leve, como quem encontra beleza naquilo que não se pode controlar. Quando ele lia seus livros densos, mergulhando em pensamentos profundos, ela se aproximava com uma xícara de café e o interrompia com histórias do dia que, para ela, tinham mais cor do que qualquer romance.
Eram opostos que se completavam sem esforço, como o céu que precisa do azul e das nuvens. Discutiam, é claro, pois ele amava a ordem e ela adorava o improviso. Mas mesmo nas discordâncias havia uma harmonia: ele aprendeu a apreciar o caos das risadas dela, e ela encontrou beleza no silêncio dele.
Assim, seguiam juntos, um equilíbrio improvável entre diferenças que, em vez de separá-los, os uniam. Pois, no fundo, o amor não é sobre sermos iguais, mas sobre aprender a dançar no ritmo um do outro, mesmo que a música pareça, à primeira vista, totalmente diferente.