Ontem
Hoje você me causou muita dor de cabeça.Aliás, não só hoje, também ontem, antes de ontem e assim por diante. Mas essa é sua especialidade,certo? Me deixar mais tonta que o vinho, mais viciada que chocolate e mais sentimental que legião urbana
Quando à corte silente do pensar eu convoco as lembranças do passado, suspiro pelo que ontem fui buscar, chorando o tempo já desperdiçado, afogo olhar em lágrimas, tão rara, por amigos que a morte anoiteceu;
Depois de ler uma triste carta de uma freira pedindo doação para ajudar doentes pobres ontem, o que mais me impressiona é o abandono dos doentes pelos seus familiares, sociedade, governo e me pergunto o que fizeram com sua juventude produtiva, ontem, esses doentes pobres de hoje.
Desde de ontem comecei a meditar sobre esse tema, e não pude deixar de voltar ao meu passado; pois a vida é como livro, que tem começo, meio e fim; e não podemos rasgar as páginas que não apreciamos; pois nós somos conteúdo de todas elas; e tudo que nos acontece fica registrado permanentemente, e quando acontece algo, automaticamente, somos impelidos (as) a ler novamente essas páginas que não gostaríamos de nos relembrar...
Devo ressaltar que quando aconteceu os acontecimentos que vou narrar eu ainda não era cristã, e não permeava a minha vida através dos santos desígnios de Deus; senão assim poderia ter evitado os ambientes que me fragilizava mais, e de viver determinadas situações alheias a minha vontade.
EU NÃO MERECIA SER ASSEDIADA!
Eu não merecia ser assediada no passado, eu não merecia ser humilhada, nem afrontada, nem lesada, nem envergonhada!
Por quatro vezes, momentos diferentes da minha vida, eu fui assediada; a primeira vez, foi quando eu fui dormir na casa de uma grande amiga; e no meio da noite, o seu irmão mais velho entrou no quarto dela e tentou me tocar; mas eu sempre fui muito desaforada e peguei nas suas mãos e disse, pra ele, que se continuasse, eu começaria a berrar, gritar, e acordaria todas as pessoas da casa, inclusive a sua mãe, que era viúva.. Ele cedeu e se retirou do quarto. Mas esse momento me marcou, além de contar a minha amiga e a minha família, jamais fui dormir em sua casa ou em qualquer outro lugar.
A segunda vez foi quando estava numa Festa de Largo do bairro que eu morava, a Pituba, e eu estava passeando, toda alegre, com minhas irmãs e prima, e um homem passou bem perto de mim e apalpou, com toda força, o meu seio; fiquei tão revoltada com isso, que fui no posto policial e contei o ocorrido e saí com um policial a procura desse homem. E o encontrei e ele foi conduzido ao posto e sorrindo, sem ao menos se sentir envergonhado confessou o que tinha feito, e ainda disse que eu não deveria usar collant apertado, pois o que era bonito era para ser apalpado. Imagine a chateação que sentir, pois ainda era adolescente.
A terceira vez foi quando eu e as minhas irmãs resolvemos aceitar o convite de uma amiga para uma festa de Réveillon num sítio; a festa transcorria muito bem, mas o filho caçula do dono da casa, começou a beber, e a insistir comigo pra eu dançar com ele, eu recusei e ele começou a tentar me beijar e abraçar, e porque eu o afastei, ele começou a me agredir. Foram momentos terríveis, pois as pessoas tentavam afastar ele de junto de mim e ele estava alucinado, bêbado. Imagine se eu estivesse sozinha com ele o que aconteceria?
No primeiro dia do ano, eu tive de ir fazer corpo de delito com meu pai (que ficou muito entristecido), dar uma queixa numa delegacia; mas acabou não dando nenhuma punição para esse rapaz, pois o pai dele veio conversar com o meu, e o meu pai achou melhor esquecer essa situação, retirar a queixa. E também evitar algo pior, pois esse rapaz sabia onde eu morava, e apareceu no ponto onde eu estava esperando o ônibus para eu ir ao trabalho, tendo o cinismo de me oferecer carona, uma forma de me amedrontar e afrontar!
E a quarta vez foi ainda pior, pois estava grávida do meu segundo filho, e peguei um ônibus executivo (que saía do Shopping Iguatemi e circulava por vários bairros de minha cidade) para ir ao médico; e quando entrei nele percebi que ele estava vazio, e resolvi sentar num dos últimos assentos dele; e quando percebi que tinha um homem do outro lado me olhando insistentemente, ele trocou de assento e ficou mais próximo de mim. E o inusitado aconteceu, esse homem não respeitou nem a minha gravidez e quando eu percebi ele já tinha aberto a sua calça e tirado o seu órgão genital. Apesar de bastante nervosa, me levantei e fui falar com o motorista, e contei ocorrido e que queria ir a uma delegacia, ele argumentou que iria atrasar o seu itinerário, que podia pedir que o homem saísse do ônibus. E insistir com ele, fomos parar numa delegacia, e o homem ficou detido para averiguação, por atentado ao pudor. Mas sei que com certeza, ele foi liberado, mas pelo menos, não aceitei o ocorrido com passividade
Ontem, relembrando do meu passado, percebi que eu não tinha esquecido esses momentos tristes que fui assediada; que lá bem no fundo de mim, ainda existe aquela adolescente acuada que se sente afrontada totalmente contra a sua feminilidade e a sua dignidade. Que o meu relato e tantos outros relatos, acordem as autoridades, as pessoas, a dizerem NÃO, UM BASTA, a tanta agressões, a tantos desrespeitos, a tantos assédios, a tantos estupros, a tantas mortes, a quantas violências praticadas contra as mulheres.
Que os pais não criem seus filhos para serem machos e sim homens respeitosos, amorosos, santos, tementes a Deus. Que os filhos não sejam criados vendo os maus exemplos dos pais sendo arrogantes, desrespeitando as suas mães, as suas filhas, ou até pior, as bolinando, as estuprando!
Ontem
na tentativa d´adormecer
resolvi contar as estrelas do céu ...
três milhões setecentos e ...
... adormeci
nunca o ontem
foi tão infinito !...
[Távola De Estrelas] Estrelas
“Sempre queremos ser melhor do que ontem. Mas eu acho que tem algo que tenta nos impedir. Não, não é a sociedade cheia de pessoas falsas. Somos nós. É. São nossos pensamentos, nossa importância sobre a opinião dos outros. Devemos ser melhor para nós mesmos, não para os outros. Nós nos preocupamos tanto com outras pessoas, que no final, esquecemos de nós. Esquecemos de viver, de aproveitar as oportunidades que a vida nos dá. Experiências, enfrentar nossos medos, conquistar nossos sonhos. Deixamos de fazer algo por medo de críticas. Cara, não tem dessa de “medo de críticas”. Somos quem queremos ser, vivemos do jeito que quisermos viver e não tem nínguem para impedir isso, a não ser, nós mesmos.”
Eu olho aquela foto antiga, e vejo que tudo o que vivemos ontem, hoje não se passa de uma lembrança. Vejo as brigas que tivemos, os beijos que damos, as lágrimas de alegria, e percebo que o que restam são apenas memórias. Memórias que com o tempo vão se apagando, se desmanchando e machucando meu coração de uma forma que ás lágrimas caem involuntariamente. Lágrimas não de alegria, mas sim de sofrimento. Sofrimento de ver a pessoa que eu amo e pensava que me amava, seguindo em frente, sorrindo, enquanto eu, estou desmoronando, não tendo onde pisar pois estou sem chão. Expressar meus sentimentos é difícil, por que todos em quem confiava, eu deixei para trás, para viver ao lado dele. Mas hoje percebo que eu tenho mais é que viver e deixar ás magoas para trás, por que um dia eu sei que vou rir disso tudo, e vou perceber, que esse sofrimento todo, nunca valeu apena (:
Onde houver amor
Sempre haverá ódio
Se te odeio hoje
É porque já te amei ontem
E se te amar novamente
Não me faça te odiar para sempre
Invocação
(a uma filha morta)
Ontem a minha dor foi tão grande
como um terramoto
que vertiginosamente correu
para dentro da loucura.
Foi da espessura da morte!
As árvores podem correr
para mim de braços abertos
as rosas do campo sorrir,
que os lírios choram por dentro de mim
às portas da sepultura
onde te foram a enterrar.
À tua chegada
transformaram-se os céus noturnos
em nítidos céus
e chama
e calor
e luz,
quando tu os abriste
com ígnea chave em tua mão
tão franzina.
Interrompeu-se o olhar
sobre a terra
que te cobriu.
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Ontem eu caminhei ao seu lado, senti sua necessidade em ter paz, paz é tudo o que eu sempre desejei para nós...
O ontem ja foi...
Do amanhã não sabemos nada nem tampouco o que nos espera,
mas o HOJE é um certeza, é um presente que Deus nos deu,
tudo o que temos que fazer é vivê-lo intensamente como
se fosse o último dia das nossas vidas. (Priscilla Rodighiero)
Foi bom te ver ontem. Mentira, porque no momento em que você pisou no salão de festas eu quis me engasgar com a carne, desmaiar, ir correndo para casa como o leão de Oz faria. Quis fugir dali e te jogar pela janela ao mesmo tempo , e em minha cabeça eu já havia feito tudo mil vezes. Porém, eu não sou o leão de Oz e tive que ser forte , sorrir, dar atenção as outras pessoas e fingir que sua presença não me incomodava.
O hoje é tão curto que não o vejo passar
O amanhã está muito longe pra se esperar
O ontem ficou pra trás que não me lembro...
Viva hoje oque gostaria de ter feito ontem, e esqueça um pouco o "Ontem", e não se preocupe com o " A Manhã", essa é a graça do "Agora".
" Ontem foi meu aniversário
Um ano de lutas e alegrias
Ficou para trás...
Ontem foi meu aniversário
E sei que à minha frente
Encontrarei lutas e a alegrias
Mas,Deus estará comigo
Todos os dias...
Tatiane 04-10-2012*
O ontem não existe mais, se foi...
O amanhã não existe ainda, não aconteceu...
O hoje esta acontecendo, é o único momento que importa.
Ilusão é pensar no que poderia ser e no que vai ser, em cima de suposições...
Por isso o que passou, passou...E o que vai vir, não sei...
O presente me diz muito mais..
O Tempo
Ontem e hoje, manhã ou noite, agora e o depois, não importa o momento, o tempo nunca carrega mágoas.
Ele não é implacável, tirano e nem cruel. Ele é leve, livre e suave como a
doce fluidez das águas.
Sempre corre, brinca e nunca cansa, como a criança do mais puro coração.
Constrói pontes, cria histórias, músicas e danças. Permite relembrar cada emoção.
Em seu fim, existe o recomeço. Uma verdadeira viagem de eterna duração.
E ensina o quanto somos infinitos e finitos por melhorar e que não importa quanto tempo dure, certeza é que sempre chegaremos lá.