Ontem
Tentaram me desanimar ontem!
Tentaram me deixar triste
no dia da Mães!
Mas, não conseguiram porque
Deus existe e é meu guia e
minha fortaleza e só em Deus
tenho vitórias!
Ontem à tarde
Ontem à tarde te amei,
visitei teu corpo com as mãos.
Tua pele, macia, quente e suave
senti.
Teu perfume, invade o pensamento.
Teus pudores aos poucos deixastes.
Com reservas, também te entregastes.
Horas passam, os beijos aumentam,
o coração dispara.
Teu corpo junto ao meu, colado.
Sonho, realidade ? Nâo sei.
Só sei, que ontem à tarde te amei.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
-Suposta Paixão
Amor, ontem não lhe mandei mensagem pois estava cansado.
Amor, aquele encontro irá dar certo? Não é?!
Amor, cheguei tarde e dormir, não desfrutei daquele seu carinho em forma de alimento.
Amor, tenho que avisar mesmo quando estou em casa?
Paixão, já é algo que não habitava mais ali.
Desconhecimento, era algo comum que mudava com o tempo.
Dois fantasmas, aquilo que não vivia mais fisicamente, mesmo com a presença do outro, e continuava vagando na solidão que possuía ali.
A vida só ensina através do ontem e quem sabe, para pessoas que conseguem enxergar, através do hoje, mesmo.
NINGUÉM é PERFEITO!
Ontem à noite NINGUÉM bateu a minha porta
Entrou, não disse nada, puxou uma cadeira e sentou-se
Ofereci algo para beber, NINGUÉM afirmou que sim
Abri uma garrafa de vinho e NINGUÉM brindou comigo
NINGUÉM reclamou da vida e nem julgou um ao outro
Ficamos ali emudecidos
Apesar do silencio, NINGUÉM era uma ótima companhia
O tempo foi passando...já era tarde
E NINGUÉM decidiu partir.
Bateu a porta e foi embora sem despedidas
Em vão eu agradeci por sua companhia!
Então me contestei....
NINGUÉM pode estragar seu dia, SÓ VOCÊ!
De repente, a vida exige mais. As atitudes de ontem, hoje já não são mais aceitáveis. A responsabilidade, a dependência antes designada a alguém, passa a ser inteiramente sua e, mais que isso, agora alguém também as destina a você. É preciso assumi-las. "Dar-a-cara-a-tapa", prepare-se, já tem muita mão engatilhada para fazer isso. Você vai ter que suportar e levar consigo estes adendos. É uma fase. Só uma fase. Fase de crescimento. Vai passar. Você vai se acostumar. Vai ter que se acostumar.
Ontem adormeci com a minha alma mais tranquila depois de um turbilhão de pensamentos e sentimentos que me envolveram por duas semanas. Não foram fáceis esses dias de luta contínua para entender o que aconteceu...
Após a tempestade que se apoderou de mim a calmaria chega a me deixar vazia, não encontro minha substância, meu conteúdo... e sei que se foi porque ele roubou muito de mim.
Dias à frente sem perspectivas porque depois da tormenta estou exausta, machucada. Mas sobrevivi. E temo só de pensar em quanto isso me mostrou que quero alguém para chamar de meu amor, após tanto tempo...
Ontem eu joguei fora a última fotografia. Fiz um despacho. Espero que você tenha sentido os efeitos...
Lavamos o rosto ao amanhecer para apagar o ontem, e durante o dia lavamos varias vezes, para um novo recomeço...
(Patife)
Lembranças
Ontem lembrei dos sonhos de menino quando eu só pensava em uma profissão uma casa bela e dinheiro, Hoje lembro das más escolhas que fiz ao longo da vida e finalmente, Amanhã quero lembrar destes dois dias ontem e o hoje, Para não errar novamente!
É o pecado do bom senso ser um pouco mais de mim.
É nada se comparado a isso.
Amanhã, hoje e ontem é o tempo, respondendo em vida à
morte.
Sem saber...sequer se existo.
Hoje, ontem.
A invenção do passado é a construção do futuro...
A construção do futuro é invenção do presente.
Ontem, brasa
Hoje, cinzas
Sentem-se juntos à mesa
Destarte, algumas vezes
Riam-se de si próprios, mutuamente
Jante-se os anos que se seguirem
Se cinzas houver
Juntem-nas
Antes que o vento as carregue
Um dia
A companhia da solidão
Aproxima-se de todos nós
Até mesmo a própria mesa
Um dia há de ser pó
Pra juntar-se a si mesma
Sem qualquer dimensão
Cisma, separação
Nenhuma dor norteia
O nó da madeira
Sob a lâmina que corta
A árvore que era
Agora tanto faz
Eu pensei que jazia morta
De sorte que mesmo assim
Forte permanecia
Ontem, de alma atenta
Perto do fogo se ouvia
O nó da madeira a chorar baixinho
Lancinante tristeza
De sorte que vida havia
Na seiva caramelada
A última lágrima de despedida
Tristemente escorria.
Edson Ricardo Paiva.