Onde Anda você
Máscaras-X… a última…
Anda em nós, cá tanta gente enganada;
Por escondida atrás de um proteger;
Que só existe em tal, para inglês ver;
Devido a de um vírus, proteger; nada!
Não protege, mas transmite um sentir;
Que dá fraca ilusão de segurança;
Indo em tais provocar, falsa esperança;
Implantando neles, desprevenir!
Por isso acautela-te com a tal;
Que realmente impede o teu tossir;
De ir infectar a alguém, caso; tu o estejas!...
Mas nela, um proteger, a ti não vejas;
Daí devas: do seu fechar sair;
Por contido no tal, só fazer mal.
Nota: Se leres todas a obs. finais, destes dez poemas, tal como os mesmos; que sobre as mesmas publiquei, ficarás mais do que informad@ relativamente a máscaras!... Caso tal não te apeteça, diverte-te, usa-a só nos tais ambientes [mas opta pelos respiradores: FFP3] e não tenhas medo de RESPIRAR sem a tal, pois este vírus nada mais é que: um 80 ou 15 a 5!!!!! [procura esse poema na minha cronologia].
Com tranquilidade;
"Procure identificar muito
bem aqueles com quem anda.
Temos amigos e conhecidos.
Amigos são aqueles que estão
com você em qualquer
situação; os outros..."
Livro: Aceite ou Mude...
- Amo o jeito que você anda.
- Eu também amo o jeito que tu andas.
Convidei-a para caminharmos juntos.
E então, assim, admirando o passo do outro, andamos pelo resto da vida.
Se eu amanhã não tiver a esperança noutro depois, é sinal que o meu hoje anda de mal comigo e não me dá futuro.
A POESIA QUE ANDA NO AR
Não te quero ver.
Enquanto em ti não houver,
Pombal aberto
De pombas a voar
Nos céus de sal,
Na paz com abraços
Estilhaços
De abraçar
A poesia que anda no ar,
Como estrelas prenhes
De estrelar.
Nos céus do mar
A abarrotar
Por inventar
Nostalgias,
Sem alegrias
De escrever
Para agradar.
É que depois,
Vem a inveja
Negra cereja
E a poesia anda no ar
Aos tombos.
Sem destino,
Porque o poeta é pequenino.
(Carlos De Castro, in Poesia Sem Censura Em Portugal Existe, no Brasil Não, em 03-09-2022)
DEMÊNCIA
Ela, vem de mansinho
Como gato matreiro,
Ronceiro,
À caça dum passarinho.
Anda, vem, não tenhas medo
Ladra dos seres pensantes,
Fazedora de cenas chocantes.
Anda, que eu fico quedo
Como uma estátua a rir de ti,
Aqui,
Sem medo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-09-2022)
A N D A
Anda comigo agora:
Mulher de chicote em riste.
Anda comigo agora:
Vaca senhora,
Que de mim te riste.
Anda comigo agora:
Cruel destino,
Que me torturas desde menino.
Olhai:
Vinde comigo agora,
No pouco que me resta
Nesta gesta
Pela curta estrada fora.
Andai:
Que lá ao fundo
Está o cutelo
Que há de decapitar
O imundo
Que fez chorar
Um poeta singelo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 18-10-2022)
VAMOS
Anda, linda,
Vamos por aí,
Tu comigo e eu sem ti,
Mais ou menos lado a lado,
Mostrar as cores
Das flores
Que tens
E reténs
Nos anelos
Das pétalas dos teus cabelos.
Vamos descobrir o mistério
Flor linda
Do meu refrigério,
Ainda
Segredo do meu ermitério.
Encosta-te a mim,
Na comunhão do cheiro
Inebriante,
Contagiante,
Que têm as flores
Dos meus amores,
No jardim do cemitério.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-03-2023)
Anda por aí muita gente camuflada em trânsitos de santidade que julga que estou apanhado do clima.
Após breve leitura de algum escrevinhar que fazem, concluí:
Quem seria o iluminado que estabeleceu as primeiras regras de loucura, sabendo de antemão que já era louco por natureza?
CORRE MEU VELHO
Anda, poeta velho!
Escarcavelado!
Escaravelho!
Pingarelho desarmado
De olhos cerados,
Magoados,
Galga, meu velho!
Secaram-te as lágrimas,
Brotaram-te as águas
No leito do teu rio,
Tão vazio
E tão cheio de mágoas.
Não durmas mais a sesta.
Caminha,
Noutro caminho
E foge de mansinho
Da prisão desse lar
Em que te querem encerrar,
Sem te ouvir
Se queres ficar ou desistir
De pensares,
De sonhares...
Foge!
Foge!
Corre, meu velho!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 10-08-2023)
SORRI TRISTEZA
Anda comigo tristeza,
Não sintas medo ou horror,
Traz só uma capa fina
De esperança pequenina,
Nos ombros da tua dor.
Iremos então lado a lado,
Dois cegos a cantar o fado,
Sem esmola, só pelo sonhar...
Anda tristeza e meu fadar,
Para onde vamos só basta
Trazeres na tua canastra,
O vento que vem no ar.
Anda tristeza, arrasta
A nossa vida pró mar,
Sorri tristeza sem parar,
Pois sorrir até afasta,
O fantasma do penar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 20-10-2023)
O ingrato esquece rápido o bocado que comeu...Até sentir fome outra vez, assim sua moralidade anda junto com sua fraqueza de memória.
O ingrato esquece rápido o bocado que comeu...Até sentir fome outra vez, assim a sua moralidade anda junto com sua fraqueza de memória... Também são temperamentais, se irritam facilmente, caso alguém os façam recordar!
GAROTA DE COPACABANA
Copacabana também tem uma garota
Que anda marota até a praia do Leblon
Em Ipanema todos ficam encantados
Com seu rebolado quando escutam aquele som
É a beleza que caminha lado a lado
Com a natureza, com o balanço do mar
Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou
Copacabana tem uma beleza etérea
Uma musa eterna para um compositor
Um poeta velho ou um poeta moço
Cantam este colosso que ninguém criou
Foi Copacabana cantada primeiro
Pelo estrangeiro que por lá chegou
Só Copacabana ainda é princesa
Luz que a natureza nunca apagou
Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou
Copacabana todo fim de ano
Vem o mundo inteiro para lhe adorar
Mas logo em janeiro ela é só minha
Quando posso ver gente a caminhar
Na calçada larga de uma rua santa
Só o que me encanta é o seu andar
Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou
FALATÓRIO
Fiquei sabendo por boca de Matilde
Que uma certa pessoa gosta de mim
Que anda dizendo, meio secretamente
Que me tem desejo ardente, e o que faria por este fim.
Não pude acreditar que tão fina dama soubesse que existo
Ela vive em outra esfera, e, que pobre quimera eu poderia supor
Muito menos querer que tão linda mulher me tivesse amor.
Sou poeta andarilho, ando fora do trilho
Nunca quis tal grandeza, que a sorte e a beleza
Me fizessem um favor.
Diz por aí, que daria tudo por um verso meu
Que tamanha tolice, se eu fosse querer
Fazer verso em troca de um simples prazer.
Continuo a negar este vil falatório
Que um ser tão simplório lhe chamasse a atenção
Não será por encanto que serei acolhido
Por uma simples canção.
PRESSÁGIO
Quando você anda
Eu penso no mar
Na esquina da rua
À espera da lua
Eu me pego a sonhar.
A noite esfriou
A lua não veio
O mar me avisou
Que virá tempestade
A luz da cidade se apagou.
Um canto ofegante
Soprou minha sorte
Presságio de morte
Num passado distante.
Quando você acordar
Se lembre de mim
Na esquina da rua
À espera da lua
Eu me pego a sonha
Perdeu, Mané
Perdeu, Mané
Perdeu, Mané
perdeu, Mané
a fila anda
veja a vida como é.
Perdeu, Mané
perdeu, Mané
agora é nós
não amola
e mete o pé.
O estado brasileiro
está cheio de confusão
ministro matando a língua
que infinda discussão
quem não afinar o verbo
vai parar lá na prisão.
O exército brasileiro
está dividindo a nação
general querendo golpe
iludindo o povão
e os crentes doidivanas
lhe pedindo intervenção.
O congresso brasileiro
não representa a nação
deputado dando tiro
pra ganhar a eleição
e o pobre caminhoneiro
voltando pro cativeiro
sob a ordem do patrão.