Olhos Alma
Ouça com ouvidos de tolerância.
Veja através dos olhos da compaixão.
Fale com a linguagem do amor...
Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro. Os números de sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém mas não há ninguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem no chã você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você, e só vão ter algumas musicas repetindo no seu rádio: AS NOSSAS!
Em um novo momento você vai sentir um aperto uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter nosso mundinho delicioso de novo, o nome disso é saudade aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente discar meu numero, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta ela estará muito trancada, se aberta, mostrará uma casa vazia. Teu olhos te ensinarão o que é lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento , e a falta de fome que virá chama-se tristeza. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa e provavelmente o remédio para toda essa sensações acima é o tal do tempo em que você tanto falava.
Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar, esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram.
Nota: Trecho de "É Proibido", poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Pablo Neruda.
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina Lua!
Ela tem estrelas nos olhos
E a lua crescente no sorriso
Se eu fosse astronauta no seu céu
Eu iria ao paraíso
Ela tem o sol nos cabelos
E um caleidoscópio no rosto
O vermelho da sua boca
Eu quero tanto saber o gosto
Ela tem jeito de fada
E um porte de princesa
Mas quando passa não enxerga
Que me deixa sem defesa
Ela tem sonhos secretos
E um corpo que vicia
Me tira o juízo e o sono
Me maltrata, me angustia
Ela tem tudo aos seus pés
E consegue seja o que for
Eu não tenho mais que o desejo
De um dia ser seu amor
Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido.
Olhos verdes
Eles verdes são:
E têm por usança,
na cor esperança,
E nas obras não.
Cam. Rim.
São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma — vida, outra — morte;
Uma — loucura, outra — amor.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
depois que os vi!
São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp’rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mim!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!
Olhe nos meu olhos. É onde meus demônios se escondem.
Teus olhos insistem em me chamar para essa eterna dança de olhares... Eu só espero que a música não pare...
Gosto muito de você...
Gosto do seu sorriso descontraído,
Gosto dos seus olhos bonitos
Gosto do seu jeito indecifrável
Que me confunde e me deixa frágil
Mas que deixa você ainda mais amável
Quem te conhece nunca te esquece
Sabe se defender sozinha
Mas quer sempre uma companhia
Nem que seja só pra abraçar
Ou ficar do seu lado
Hora calado
Hora a falar
Gosto da sua proteção
Dizem que sufoca
Mas faz bem ao coração
E por hora
Já ta bom
Sei que também gosta de mim
E que continuem assim
E que cada vez mais forte
Você seja minha sorte e eu seja a sua
Que esse amor seja eterno
Enquanto durar e
Que dure eternamente...
E quando seus olhos encontraram os meus, senti um clique, como uma chave destravando um cadeado. Acredite, não sou romântico. Embora já tenha ouvido muito sobre amor à primeira vista, nunca acreditei nisso, e ainda não acredito. Mesmo assim, havia algo ali, real e reconhecível, e eu não conseguia desviar o olhar.
Nos seus olhos encontrei o brilho mais lindo do que as estrelas oferecem.
No teu sorriso encontrei a paz que me adormece.
Nos teus braços, todo o calor que me aquece.
Em você, tudo que eu preciso e me enaltece.
Se eu pudesse escrever a beleza dos teus olhos,
E em novos números numerar todas as tuas virtudes,
A geração por vir diria,
'Este poeta mente; toques tão celestiais jamais tocaram rostos terrestres'
Para olhos tortos, a realidade pode ter um rosto desvirtuado.