Olho
A lista dos desejos é enorme: dinheiro, sucesso, saúde, beleza. Entretanto, o que mais tem brilhado meus olhos é a bondade.
A invisibilidade não é uma limitação do olho. É uma qualidade da alma que nos permite ver além das aparências, capturando a essência imaterial do ser.
Certa vez, um professor me disse que o olho que olha também é olhado. Na época, entendi isso de forma literal, mas hoje compreendo a profundidade dessa afirmação, algo que levou décadas para se revelar. Já refletiu que os olhos também são feitos de átomos? Isso nos leva a perceber que há uma subjetividade intrínseca no ato de ver e ser visto. Não é apenas uma questão física, mas também uma interação profunda entre o observador e o observado, sugerindo que a realidade é cocriada na troca de olhares e percepções.
A invisibilidade não é uma limitação do olho. É uma qualidade da alma. Assim como a delicadeza e a gentileza, ela revela a verdadeira força interior que não pode ser vista superficialmente.
Se eu te trago uma lembrancinha de algum lugar ou um presente em um dia aleatório, é porque eu lembrei de você.
E se eu lembrei de você, significa que é
importante na minha vida.
Tudo é tão simples como a certeza que o sol vai se pôr, e a Lua vai nascer a noite.
Sonhar em baixa atividade não é o meu forte, assim eu nem consigo sentir. Todo esse inconsciente reprimido e complexo, gosto mesmo é de sonhar insights em ondas rápidas, e com os olhos bem ávidos.
Sei que sem ele, existe
Mas sem não vou te ver
Pois ele assim te veste
Nele não consigo te ter
Por isso te olho tanto
A noiva vestida de luz
OLHO-TE: (soneto)
Olho-te - o espanto de meus olhos salta
- Da tua boca o beijo num delicado cheiro
De tuas mãos aquele cuidado prazenteiro
Tudo de tua poesia sinto uma grande falta
Toda a nossa estória: - aqui nesta pauta
Do meu primeiro: - olá, o nosso primeiro
Encontro; - me completando por inteiro
Tudo neste poema é som de doce flauta
Sinto o palpitar no peito não mais calado
Quanto mais escrevo, mais de te anseio
Mas olho-te, em ti o meu destino amado
Ouço nas lembranças cada tal passeio
Cada sorriso, sempre aqui ao meu lado
Incitando comigo cada desejo que freio
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2019
cerrado goiano, 05'20"
Olavobilaquiando
Acostumamos a resolver a vida com atalhos, mas nenhum atalho te ensina o valor do percurso. Aproveite a vista, ame toda dor que encontrar no caminho, ela te ensinara o valor da sua paz.