Olho
SEGUIR EM FRENTE
Em oração, olho para os céus
Tristeza e ansiedade deixo pra trás
Me separar do amor de Deus
Absolutamente nada será capaz
Ao meu redor, tudo observo
Sinto que não estou sozinho
O invisível posso enxergar
A cada passo no caminho
Pedras querem me derrubar
De tudo, me fazer desistir
A gratidão dá força para continuar
Lembrar da ajuda para estar aqui
Vergonha e medo já me deixaram
Sigo em frente, não vou retroceder
Confiante, me sinto seguro
Favor aos olhos de Deus desejo ter
PRIMAVERA ENCANTADA
Na época de primavera, em uma noite de frio
Pude conhecer alguém que os olhos brilham mais que a lua cheia ao esplendor
Sua energia és fenomenal e irradiante
Embora seu sorriso ensolarado repousa em meu coração e aquecendo-me
Seu semblante ficou em sua sede, mas não me apagou a chama que me aquece, do amor do meu coração
Eternamente estará guardado em meu interior todo aquilo de uma primavera encantada e frio me proporcionou e presenteou.
Gosto
Quando podemos conversar
Quando deito em minha cama
Olho para a janela
E você está lá.
Como é linda
Toda noite de Luar.
O dia me cativa
Permite ver coisas
Há vidas
Que só podem ser vistas
Com a luz do Sol
A Luz do dia
Mas a noite...
A noite me deslumbra
Me facina
Me apaixona
É a minha vida
Sem pressa,
Sendo vivida.
O escuro
O silêncio
Não há solidão
Está cheio de vida
Meu coração
Vida noturna
Ruas escuras
Ruas vazias
E tem a sua companhia
Majestosa Lua
Minha melhor amiga.
As vezes me vejo apostando uma corrida e quando olho para frente me vejo la dando tudo de mim para vencer de mim mesmo e quando olho para tras me vejo dando tudo de mim para me superar.
Enfeitiçado
Disfarço, olho para os lados,
quando de repente viro a cabeça
e te vejo para mim sorrindo
com esses olhos de uma meiguice
infinda.
Com medo, fecho os olhos, esse teu
olhar conheço-o bem.
Não quero voltar a vê-los, são olhos
que enfeitiçam.
Permaneço firme olhando o infinito
mas mesmo me esforçando, volto o
rosto para trás, e lá estas a me olhar,
e eu, sorrio.
Vou de novo ao teu encontro.
Voltastes a me enfeitiçar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
O amor
É um cisco no olho
Que faz chorar
Quem é tocado, por alguém especial,
Onde ninguém mais
Pode tocar
"Sentado no barco, olho para o horizonte infinito e pouco vejo; As lamúrias sobre isto se tornaram desgastantes, entretanto, me obrigou a tornar-se mais forte, mesmo em pouco espaço; Assim quando o barco atracar-se, não necessitarei de ajuda para continuar"
Eu olho para o céu, ao lembrar,
Eu percebo mais uma vez
Que não há um momento em que eu não esteja pensando em você
A gente precisa de toque; olho no olho,
A gente precisa de conexão,
A gente precisa se sentir importante; amado,
A gente precisa de presença física,
A gente precisa sentir segurança; do abraço,
A gente precisa se sentir acolhido,
A gente precisa de um ombro,
A gente precisa de suporte,
A gente quer se sentir especial.
Todo mundo está buscando isso, é que as pessoas não se conscientizam, e se perdem em tantos estímulos que tem. Mas se a gente parar e pensar: Espera um pouquinho, o que eu estou fazendo na minha vida que está de fato alimentando a minha essência?
Olho o amanhecer e percebo que tudo é perturbador, que tudo pode acabar, que tudo pode ser apenas uma ilusão!
VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024
Quando eu olho o mar no horizonte, não consigo ver o fim
E mesma sensação quando eu tendo medir o que eu sinto por você
ponto cego
o outro é exigência do olho
que perscruta os rasos
pensando serem profundos.
mas eu - ponto cego -
não sei revirar meus forros
e por isso mesmo
desconheço meu dentro.
Não olho para trás
Quase nunca
Não tenho medo
Não tenho sonhos
Não tenho
Tenho Eu
Tenho passado
Dele tenho feridas
Cicatrizes
Tenho que ser
Pois sendo eu sou
Olhar o que não é
E olhar o que não foi
Ser hoje o que se pode ser
Para ser enquanto se dá
Consigo te sentir, mesmo quando não te olho,
Vejo-te nos meus pensamentos, um sonho constante.
Tua voz, silenciosa, ecoa em meu coração,
Dizendo que me ama, sem precisar de palavras.
E se eu perdesse todos os meus cinco sentidos,
Ainda assim, te amaria, além do que é conhecido.
Pois o amor transcende o físico, o tangível,
É uma chama eterna, um laço inquebrável.
Assim, mesmo no silêncio, na escuridão,
Nossos corações se encontram, em comunhão.
E eu, apaixonado, sigo te amando,
Além dos limites do mundo, além do entendimento humano. 💕