Olho
Quando eu olho para trás, sinto um enorme arrependimento. No entanto, quando olho para frente vejo um líder de inúmeras vitórias e derrotas.
Olho pra você, mas não posso ver...
Deus tampa meus olhos ou faça meu olhar mudar de direção...
Não quero Amar você!!!
Sentimento Solitário
Sozinho em uma cadeira, sentando ao lado de uma fogueira, olho ao alto das chamas e enxergo através do ego.
Pensamentos que não esqueço, vai voando em minha mente, atravessando levemente as linhas que compõem meu rosto.
Chamas da vida, ventos frios que trás a calmaria no inverno. Não tão rápido, nem tão lento, talvez o amanhã esteja atrasado ou simplesmente ser esqueceu de aparece.
em sua alma vi meus encantos
em sua palidez vi meu reflexo
penso em você quando olho a cada canto
por dentro já me sinto perplexo
em seus lábios bebi da mais pura essência
me fez tremer e sentir
o gosto mais belo de minha transparência
e enrolado em seus longos cabelos negros
quero sonhar e sorrir
que dia, dos mais belos dias
o calor de sua energia
fez minha alma suar fria
e imaginar o quão lindo a gente sería
o frescor de sua sinceridade
me fez te olhar com outra visão
adentro de mim mais intensidade
que aquece meu coração
tu és como um dia de verão
a mais serena e amável
e ao fim do dia
o por de seus olhos é incomparável
costumava admirar o brilho estelar
e depois que vi o brilho de seus olhos
as estrelas passaram a se ofuscar
e aos mais belos pensamentos comecei a viajar
seus olhos claros como madeira polida
reflete sua insegurança demonstrada e seguida
de que outros olhos viessem a me distrair
mas só os seus eu posso sentir
me vejo perdido em seu sorriso
que propaga encanto, simples e bonito
me faz esquecer das palavras ditas, e eu começo a rir
esqueço tudo a minha volta e navego em um labirinto
o amor vive guardado em um porão
esperando ser despertado
e a entrada você me fez enxergar
o caminho da paixão
eu me desfaço
quando seu brilho nefasto
teima em me encontrar
e a vontade de te conhecer
já excede em meu pensar
assim te deixo claro toda minha utopia
mas acho que só de me olhar você já sabia
pois se palavras faladas pudessem expressar
eu nunca terminaria essa poesia
As vezes eu olhava para o céu, buscando as estrelas, só para me acalmar, agora já não olho para o céu, se busco uma estrela, basta eu te olhar.
Com olhos de águia rastreio a minha casa na câmera secreta de um olho, e vejo-te a espiá-la feito cão sarnento.
Chuva
De nenhuma parte chega. Partir?
Não há palavra mágica que rompa
este costume de olho, este silêncio
sonoro de dardos. A primavera, o luxo
dos anos e da luz, se perdia agora
no caminho vencido. As esperanças
morreram a tempo. De novo, tudo é perfeito
ao longo do vazio: a chuva lenta
não vai a parte alguma.
Eu tento não te achar linda!
Eu juro!
Mas todas as vezes que olho pra ti eu percebo que é impossível.
Quando olho a mesma alma
Parecendo crescer
Está pronta a evoluir
Como o brilho das flores
E pergunto se podes olhar para mim
E me emprestar um pouco
Desse teu brilho!
Teu sorriso!
Dessa sensação de pura vida!
Que ostenta em cada gesto que faz. [...]
Olho naquele olho
O olhar escuro de alguém
A beleza nós olhos dos que vêem.
São lembranças daquelas que só se tem
Quando se viveu muitos amores .
De um lado tão distante
É que observo a pensar .
Que mesmo obstante do físico espaço, posso estar.
Tão próximo me posso fazer
Se assim mesmo eu querer
Extremidades posso aproximar .
A noite
Olho a noite e penso...
Meus sonhos, pra onde vão?
Meus medos, onde estão?
Meus amores, quem são?
Minha vida é combustão?
Olho pra noite e sinto...
O frescor que relenta
O arrepio que afugenta
Pesadelo que atormenta
Que silêncio ostenta?
Olho pra noite e vejo...
A lua que ilumina
As estrelas que dominam
O céu que predomina
Nuvens como cortina
Já chegou a matina?
Olho pra noite
Penso, sinto e vejo
Olhos da noite
Encanto, mistério e fascínio.
A NOITE
A noite cai
É noite de lua nova
Sozinha no meu quarto
Olho para o teu retrato
A saudade é como uma
Espada que dilacera o meu coração.
E de repente, a gente tira o olho do ponto fixo em que ele estava e descobre que a vida tem outras cores e que o céu tão anil que víamos antes tem outros tons de azul.
Olho que ilumina, sol que brilha, como coração, na forma de uma canção, que grita de alegria ao ver um novo dia
Porque hoje a noite vai ser só o som
Fecha o olho e sente comigo tá bom
Vai tá proibido baby proibir
E eu duvido alguém me tirar daqui
Janela da alma
Quando olho pela janela e não vejo mais as crianças brincando lá fora. Pergunto-me, o que aconteceu?
O que aconteceu com a espécie humana que estava aqui, na bolha artificial do mundo?
Um vírus! Um vírus, meu Deus, está acabando com os seres humanos.
Mas, espera! Veja! Alguns humanos ainda sobrevivem e usam máscaras.
Máscaras, não da vergonha que são alheia, mas da proteção. Pessoas morreram, crianças nasceram. Uma nova sociedade está surgindo com o nascer do Sol desta manhã. Lá fora, pela janela da alma, já não vejo, no silêncio das grandes cidades, a ansiedade humana. Nem a luxúria do consumismo. Apenas vejo o horizonte e, no silêncio, distante de mim, o inconformismo da ignorância alheia. E eles usam máscaras, parecem humanos, mas ainda resistentes. Ainda resistentes, meu Deus, a luz do novo mundo que vai surgir!
Quando te vejo
Você nunca está igual
Aí percebo
Que a vida não está normal
Olho nos seus olhos
Quando amanhecer
Tudo fica mais claro
Lógico que é você
As coisas mais simples
Ali você está
Das coisas mais difíceis
Você me faz ignorar
Olho nos seus olhos
Quando amanhecer
Tudo fica mais claro
Lógico que é você
Universo Aquário porque o mundo lá fora não se pode explorar
Porque olho daqui, só me resta contemplar
Como um peixe observa o desconhecido, eu observo o luar
Universo Aquário porque dentro do que conheço formo meus conceitos
Porque preciso me basear
Aquela eterna discussão do que é certo ou errado
Senão algumas pessoas podem não gostar
Universo Aquário porque todo mundo vive dentro de algum
E é por isso que não se deve querer guerra ao invés de paz
Cada um forma a sua verdade universal
Discussão sem fim
Vamos querer paz
Toque de recolher
Olho de minha janela e vejo o deserto das ruas. Onde até ontem pessoas circulavam com passos frenéticos sem trocar um único olhar, agora posso ver até os buracos das calçadas do alto de minha sacada do décimo andar. Pois não há ninguém para bloquear minha visão. Inacreditável, se alguém me contasse que isso se daria não acreditaria, mas é verdade, está bem debaixo de meus olhos que buscam por uma imagem que se mexa e nada vê.
O mundo parou, silenciou diante de uma criatura que nem ao menos podemos ver, um ser invisível aos olhos, mas nocivo a própria vida.
De uma hora para outra tivemos que mudar a rotina, nos trancafiar em casa em quarentena e refazer nossos hábitos, reinventar a vida. A vida que não tinha tempo para ser vivida e agora está tendo que aprender o que fazer com ele.
De repente a vida chega e diz: pendura a correria ali no cabide e vamos escrever um capitulo novo, uma nova forma.
Mas e depois que a quarentena passar? Será que voltaremos correndo para mesma vida de antes, ou vamos gostar tanto desse novo ritmo que ficara difícil retornar? Um risco que teremos que correr.
O mundo parou e curiosamente as pessoas em seus afastamentos parecem se unir muito mais do que quando as mãos podiam se dar e não sabiam o verdadeiro valor da aproximação.
As sensibilidades afloram, a tolerância parece rever seus limites e as prioridades mudam. A vida vira seu foco para a busca do sobreviver. Os interesses se unificam entre ricos e pobres, religiões, raças, gêneros e orientações sexuais. Todos estão unidos por um único objetivo, o de acordar na manhã que será anunciada que vencemos esse inimigo invisível e que as portas do viver livremente serão reabertas.
Enquanto essa manhã não chega vai se vivendo tentando ferozmente acordar a cada dia identificando as alterações nos valores que vão surgindo como brotos de uma nova arvore.
Descobrimos habilidades até então desconhecidas do mundo da correria e da falta de tempo. Lembramos de pessoas com quem não falávamos há tempos e de repente simplesmente queremos saber se elas estão bem. O afastamento compulsório causa aproximações inesperadas e surpreendentes tão ou mais que as mudanças de hábitos e de prioridades.
Talvez o mundo tenha parado para poder voltar a girar, talvez fosse necessário nos afogarmos no medo para voltarmos a respirar na esperança, talvez tivéssemos que morrer para poder viver. Mas isso é só e simplesmente talvez, o mesmo talvez que estamos vivendo a cada dia sem ter a certeza de nada a não ser de que nunca mais seremos os mesmos e que estamos vivendo um momento histórico da humanidade.