Olhares
Ela especialista em atraí olhares.
Ela é sortuda, e tem o dom de fazer as pessoas se apaixonarem por ela.
Mas tem o azar de querer quem não a quer, e aqueles que a querem ela não quer.
Ela é de bom coração, mas tem o azar de cruzar com pessoas de má conduta.
Ela sempre vê a melhor forma das pessoas, quando são pessoas más, custa acreditar.
Ela demora, mas tenta. E se não conseguir, só resta prosseguir.
Ela teve sorte por ser a âncora de si mesma. Pois só assim ela descobriu a força que tem e a capacidade de levar os passageiros desse barco
E tem aqueles olhares que não se trocam, mãos que não se tocam, bocas que não se beijam. E tem aqueles corações que não param de se sentir, aqueles nãos que querem virar sins, aquelas vontades que nunca passam. E tem aquele desejo de ir lá, de chegar e de ficar e num abraço se perder. Pra depois compreender, que quando a história está escrita, não há nada nessa vida, que não a faça acontecer.
A noite esconde as imperfeições dos lugares ao mesmo tempo em que estimula a perfeição dos olhares...
Pôr-do-sol...
Ele está lá deslumbrante, mas invisível a muitos olhares apressados, que não se dão conta que ele deixa o céu em tons diferentes e radiante...
Que ao olhá-lo, você se esquece dos problemas e por um segundo que seja, é só você e ele...
Ah! Os olhos destraidos, como deixa passar despercebido algo tão deslumbrante...o que emociona aos amantes ao entardecer a beira mar.
O que faz o encontro de dois corações, mesmo sem poder se tocar.
Ah, olhos... Se soubesse o que está a perder, ficaria atento não só no pôr-do-sol, mas também no amanhecer.
Analisando olhares.
Olhar alegre, mostra que o que foi visto,
era bom.
Olhar sério, talvez indique uma interrogação.
Olhar perdido, mostra que o corpo ali esta,
o espírito não.
Olhar tristonho, algo errado ou o fim de um sonho.
Olhar evasivo, disfarçando um querer secreto.
Olhar apaixonado, é o de quem tem um amor para
ser lembrado.
Olhares são vários. e todos mostram o que cada
um carrega dentro do coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
“Paisagens me fascinam
Palavras me ensinam
Sorrisos me encantam
Olhares me atraem
Corações me conquistam
Poesia é minha vida.”
Corredores
Pelos corredores, encontro pessoas com olhares inquietos,
Com andar vacilante
As vezes paradas em silêncio
As vezes conversam sozinhas
As vezes andam a esmo pelos corredores
Uma caminhada que as vezes termina sentado em um sofá ou mesmo no colchonete no chão, guando o sono as dominam.
Querem ser ouvidas, querem carinho, atenção.,
Alguns vieram das drogas, outros de alguma doença
Ao cair da noite, uns ficam outros se vão
Uns para o aconchego do lar, outras vão para a rua é a sua única companheira
Tentam em não voltar para o mesmo corredor mas as vezes tem que voltar.
E assim começa a caminhada nos corredores
Dois olhares que se encontram
Dois caminhos que convergem
Duas bocas que se conhecem
Dois desejos que se satisfazem
Duas notas que se harmonizam
Duas pessoas que se amam
Duas chamas que não se apagam
Dois mundos que se unem
Duas liberdades que se juntam
Duas mãos que se entrelaçam
Dois amores que se bastam
Dois destinos que se abraçam
Duas vidas que se multiplicam
Duas almas que se completam
Infinito
Sempre que te olho sinto a mesma emoção da nossa primeira troca de olhares.
Sinto vontade...
De olhar no fundo dos teus olhos e dizer:
Eu te amo!
Com todas as minhas forças.
Meu amor,
Vamos juntos estar, viver momentos inesquecíveis sob a luz do luar...
Quero te beijar e te abraçar, pois é em você que me descubro e me encontro...
Vou amar-te por completo, pois contigo me sinto
Invencível
Inatingível
Inabalável
Com você...
Sou INFINITO!
Fecho o livro Gênesis de Sebastião Salgado e percebo que há uma infinidade de olhares cravados em mim.
Não consigo mais deixar de visualizá-los impregnados na retina da minha percepção humana. São olhares que não olham, são olhares que apenas permitem serem olhados e o infinito mora dentro desses instantes.
Desta vez, Sebastião mostra além de um mundo que desconhecemos. Ele desnuda um mundo que desconhece o nosso mundo. 46% do planeta ainda existe intocado como no Gênesis da vida. E quase como quem percebe que durante muito tempo estava errado sobre algo, me envergonho por saber tão pouco do que vive além da nossa dita civilizada sociedade.
Lembro a primeira vez que cruzei com um desses olhares. Eu tinha uns 12 anos e era frequentadora assídua da biblioteca da escola em que estudava. Um dia caiu nas minhas mãos uma capa conhecida da revista National Geographic, com o rosto de uma jovem afegã em um campo de refugiados na fronteira do Paquistão. Era uma foto de Sebastião, a primeira que me apresentou para ele. Lembro de chegar em casa sem fome, visivelmente abalada. Percebi que eu também cabia ali dentro, que a esperança e a sofreguidão que aqueles olhos denunciavam a partir daquele momento eram responsabilidade minha.
Somos o que vivemos e também aqueles que vivemos.
Gênesis retrata o meio e, com a sensibilidade dos que olham além da superfície, o homem misturado a esse meio. São homens, mulheres, crianças, animais selvagens, animais marinhos, vastidões cobertas de neve, reflexos nas margens dos rios, vulcões que fumegam, horizontes esverdeados mesmo no preto e branco do livro que é só mais um convite para colorirmos a nossa revelia.
E tudo e todos olham num profundo silêncio de quem, como os mais velhos, tem prioridade nessa vida. São os lugares quase intactos, os que ficaram mais próximos da nossa origem, os que podem, com propriedade, contar a história. É o distante do que somos hoje, mas que habita nossa epiderme, comove nossa descendência, que ainda existe nas lembranças genéticas do que nos trouxe até aqui.
Animais, homem e meio falam a mesma língua. Uma mulher olha o horizonte com os filhos carregados no dorso e na força de continuar o mundo. Uma onça leva a caça para a casa e olha com a mesma intensidade para a sua função maior: gerar e alimentar os que permanecerão. Nesses olhares maternos cabem a admiração de uma batalha vencida. A mãe, a natureza, a mãe natureza dando sentido à palavra.
Fecho o livro, mas sei que, assim como carrego desde os tempos da escola aquela imagem que olhou para dentro de mim, tudo e todos que eu pude observar agora seguem comigo.
E todos esses olhares, todo esse mundo que vive tão longe e tão do nosso lado, imploram a mesma coisa.
Pedem, com a calma de uma vida que só vive, que possam continuar intactos.
São olhares que não querem ser vestidos. Que nos permitiram a bondade de olhá-los, mas que avisam com a calmaria de uma margem adormecida:
"Deixe-nos para que possamos continuar genuínos. O mundo que aqui começou pode muito bem apenas continuar. Existir é a nossa grande reivindicação".
Troquei olhares com você
Fiquei toda arrepiada
Minhas mãos gelaram
paralisei.
Fiquei completamente encantada
Completamente envolvida nos teus olhos.
o meu coração saltitava,
a pulos dentro de mim
Uma sensação estranha
para eu sentir
com um completo desconhecido
Como você...
Mesmo assim,
Poderia dizer agora em prantos
Que te amo,
Que te quero
E te desejo,
Como nunca desejei ninguém...
Amo você do meu jeito. Te amo no meu silêncio, representado em gestos de carinhos, olhares e concluídos no beijo.
Não me censure,por mais improvável que possa ser,não me culpe por trocarmos olhares e nos comunicarmos por sorrisos,eu sei dá saudades.
há dias difíceis,e hoje cada um tem sua rotina.
Eu não escolhi te amar, aconteceu em uma troca de olhares entre você e eu, eu te olhei com coração você me olhou sem pretensão agora não sei o que faço com meu coração...