Olhar Além do Óbvio
Está na cara!
Mas o óbvio... É muito, mas é muito difícil de enxergar.
Assim pensa o mundo carente de uma boa visão.
O ÓBVIO... está atrás do olhar. É atrás, além do olhar, dentro de minha alma que mora o que sinto. Só quem me vê ademais dos olhos... sente.
Flávia Abib
Fundo tão escuro
Obscuro está essa noite
Tão obvio e reluzente
O brilho que escondes
O olhar das estrelas contentes
Um futuro baseado em imaginações
Que em seus ouvidos ecoam as belas canções
Um abismo que lhe foi concedido
Por um ser que não sabia seu destino
Na escuridão davasta existência
Encontrada seras a luz do luar
Um dia que querias saber de amar
Saberás o fardo que terás que carregar
E um amor que te deixara sua primeira dor
Em uma terra que habita flor
Habitarás seu grande amor
Uma terra florescida
Com uma nova semente renascida
Flores bem vividas
Lindas e reluzentes
Farão sentido a sua vida
Tempo no tempo fará sentido com o tempo a aprendizagem que se aprende com o tempo se dá valor ao tempo da paz que o tempo lhe oferece e o conhecimento que o tempo tem pra ter tempo de seu próprio tempo.
Havendo um olhar bastante atencioso que transcende sabiamente o limite do óbvio, penso que será possível ao menos vislumbrar um mundo vívido e majestoso, que abraça o lúdico e o realismo, proporcionando um efeito mágico que transforma através do que é visto e também do ativo imaginário.
O véu da racionalidade é rompido
assim como a da obviedade, isso de uma maneira sábia, oportuna, considerando que a realidade continua relevante, não pode ser abandonada, tratam-se de outras formas de perceber a intrínseca veracidade, às vezes, imaginada, daquilo que se pode ver.
Percepção ampliada que permite ler nas entrelinhas das páginas de um livro, até mesmo numa simples poesia, quiçá, em algumas atitudes, os sentimentos contidos na beleza de uma arte, a euforia representada em uma música, a vida presente na simplicidade, uma distinta captura.
Em um mundo cheio de padrões e valores distorcidos, minha visão é enxergar além do óbvio, explorar o inexplorado e viver a vida de forma criativa e tornando as oportunidades únicas.
O óbvio para algumas pessoas é a conveniência mais difícil de se enxergar. Às vezes, as soluções mais simples estão bem diante de nós, mas por algum motivo acabam complicando as coisas. Seria diferente se mantivessem as mente abertas para enxergar o óbvio e encontrar soluções reais e verdadeiras, que são mais práticas, e assim descomplicar suas vidas.
O óbvio não é a coisa mais difícil de enxergar ou perceber, mas sim conveniente de ignorar. Isso remete à resistência humana em questionar dogmas, seja por medo, comodismo ou interesse. Afinal, quem está disposto a enfrentar a verdade quando ela ameaça todo um sistema de crenças?
Ela vê além. Não é um olhar simples, como os outros, que se perdem nas sombras do óbvio. Não, ela enxerga o que não se diz, o que está entre as palavras, naquelas lacunas sutis que o mundo tenta ignorar. Sua percepção é afiada como uma lâmina, cortando através do véu da superfície. E, ao contrário de mim, que escrevo as entrelinhas com o cuidado de quem desenha um mapa secreto, ela as lê em silêncio, sem fazer alarde. A diferença entre nós? Ela disfarça que não as vê. E eu, disfarço que as escrevo.
Eu, que sou um artífice das palavras, um criador de mundos secretos onde as linhas se entrelaçam com o não dito, tento codificar o indizível, moldar o invisível em algo tangível. Mas ela, com sua graça quase impassível, capta tudo. É como se tivesse um olhar que fura as camadas de uma realidade que todos tentam fingir que é simples. Ela não revela que viu, apenas sabe, e sua sabedoria é mais vasta que as palavras que tentam nomeá-la.
Quando nos cruzamos, em um momento fugaz, eu a vejo sorrir com a leveza de quem acaba de decifrar um enigma que nem eu, com todas as minhas artimanhas literárias, conseguiria resolver. Ela não fala, porque para ela, o segredo está em não falar. O segredo está em olhar. E no fundo, sei que ela lê as minhas entrelinhas com a mesma intensidade com que eu escrevo as dela.
E assim, entre o que é dito e o que se esconde, ficamos. Ela com sua arte silenciosa de ver, e eu com minha arte de tentar, desesperadamente, escrever o que não se pode dizer.
SEQUELAS
O óbvio estava claro, tão claro, que embaçou o seu olhar;
A percepção da realidade era turva e distorcida, fincada nos arranha-gatos espinhados na soberba;
O compromisso de uma primavera florida, voou na cacunda do vento;
As emoções coloridas subjugaram o cálice do juízo e da razão;
Um era um, não dois em um!...
Somente após a partida e o corte umbilical da cegueira, veio a percepção de quão grande era o amor que não dava e que sempre existiu. Ele era imperceptível no ego da fantasia.
Num passe de mágica e sob o poder da alquimia, pedras se converteram em ouro e diamantes. Era o instante da virada...
Perfumes hipnotizantes jorraram fluídos de alegria, exalando seu fulgurante cheiro de ervas raras;
O retrato na parede, que era opaco, sem luz e sem cor, brilha como o orvalho da manhã;
A cama antes rude, que era apenas espinhos, reluz como a alvorada da madrugada, em seu lençol de seda, expelindo contentamentos;
Suas noites de luar que eram apenas penumbras do passado, rabiscadas com as dores da insensatez, rejubilam candura, como o reflexo da lua cheia no pântano da existência da noite escura...
Na conversa com o tempo, desnuda a brisa da manhã, briga com o silêncio da noite, faz poesia em sua mente borbulhante,
mergulha nas águas turvas da intolerância, ultrapassa o limite do fundo d'alma, retornando límpido e puro do mais fundo do poço...
A chave do seu coração, perdida no firmamento das ilusões, foi reencontrada, aberta a caixa-preta do amor companheiro;
O médico da alma descobriu a cura, o remédio o seu efeito, a cura surgiu no horizonte da felicidade;
A comida que estava insossa e o café amargo, regozijam-se com o novo paladar;
O verde carpe a tristeza com as ferramentas do prazer;
A rosa que estava murcha, renasce, linda e faceira;
O vento levou a poeira embriagada de sentimentos tolos, trazendo, em seu bojo, a brisa de um novo tempo...
A neve derreteu as lágrimas de alegria, formando um vasto rio de amor, companheirismo e esperança...
Élcio José Martins
As pessoas se perdem em atos e fatos sem enxergar a eficácia do óbvio que sempre esteve ao seu lado.
Minha intuição e percepção me fazem enxergar além do óbvio, descobrindo verdades que muitos ainda nem suspeitam
As vezes o que é óbvio se torna uma incógnita indecifrável. Outras tantas não enxergamos o que é claro e cristalino. Por isso não podemos pensar que sabemos muito ou nada sobre algo ou alguém; somos humanos e falhos e inevitavelmente mais hora menos hora nos frustaremos por não ter acertado uma previsão ou por ter previsto errado. A fim de não gastarmos energia desnecessariamente, devemos dar tempo ao tempo e saber que o que é nosso esta guardado e no tempo certo virá até o nosso encontro; mas é preciso também maturidade para aceitar que nem tudo o que desejamos chegará a nós independente do que façamos.
A vida nos dá sinais.
Nós é que cegamente não enxergamos o obvio, ululante, e caímos nas velhas historinhas contadas por gerações vislumbradas por uma existência blasterizada a partir de nossos pressupostos.
É óbvio muito fácil te olhar sussurrar teus defeitos em rodas de gente fingidas que não tem o que fazer, quero ver quem te observa viver a tua vida no corre corre de trabalho luta no final do dia ter o teu caráter.