Olhar
Minha convicção de fazer o bem sem olhar a quem, sai bem cedo de ca-sa e circula pelas ruas até altas horas da madrugada, sem nunca ter dado ouvi-dos ao estridente toque de recolher!
Tão linda a menina que me olhou
Percebi a diferença no seu olhar
No instante que o vento soprou
E fez seu cabelo balançar.
Seu sorriso veio como um impulso
Na mesma hora que olhei Pra você
Confesso que até fiquei mudo
Mesmo tendo tanta coisa pra dizer.
Sou mestre em fingir sorrisos e em disfarçar olhares. Mas bem que poderia existir alguém para decifra-los não é? Toda via, vai continua assim. Chega a ser engraçado esta minha sina por você, não sei se posso arriscar de dizer que nunca senti algo parecido na vida, talvez seja arriscado, mas acredito que pode ser uma das minhas maiores verdades. Ai, ai. Como eu odeio verdades. Sim, odeio, principalmente aquelas que tem o dom de me machucar, que nasceram para me deixar confusa e acabar com meu mundo, pois é, eu as odeio. Porém necessito viver com elas. Não queria, mas estou sendo obrigada. E que um dia eu entenda toda essa loucura, esse desejo, essa sina, essa vontade que é de te ter aqui. Perto de mim.
Quero olhar mais uma vez em seus olhos
E me ver dentro deles, sorrindo
Para você sentir todo esse amor e afeto
E nunca mais quero te ver partindo
As vezes o que você precisa não é de mil palavras bem ditas e sim de um olhar inesperado da pessoa amada.
"Quando eu te conheci você sorria mais, quem feriu sua alma?" que pude olhar-me, não como se olha no espelho, mas quando se deixa ver além das armaduras.... e após um momento de silêncio eu respondi: " Ninguém me feriu, eu que permiti que mexessem nas cicatrizes para que eu rompa com todos os nãos que existem dentro de mim".
Somos fracos! Não mais que um sorriso ou olhar mais provocante para que nos levem a total submissão.
Ah essas mulheres!
Não olhar pra trás muitas vezes não se refere a algo que se passou há muito tempo,mas sim a algo que acabou de acontecer a poucos segundos.
Você pode até pensar que está sozinho, mais basta olhar para o alto e ver que Deus está sempre com você.
O que pode me dizer essa profundeza de líquido e de nuances que se apagam na fluidez do olhar? Tento mais uma vez recuperar, em vão, a resposta no ecran cristalino, mas perdido para sempre está o texto, sugado que foi pelo buraco negro. Tento redescobrir os vestígios do texto que se perdeu, mas, ante a mudez do computador, eis-me jogada na Idade Média, sem cartilha e nem estilo, a correspondência em atraso, ai, ai, ai... preciso reaprender os rumos que o lápis tem: "Paris, 30 de março de 2000"...(O último verão em Paris, crônicas, 2000)