Oi tudo bem
Tudo que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir.
Que eu me empenhe todos os dias a realizar tudo o que quero, e afaste para bem longe de mim qualquer sombra de dúvida, de vazio ou de frustração. Apenas a Glória é o que viverei!
Está tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite. Meu coração continua batendo – taquicárdico, como sempre. Dá licença, Bob Dylan: it’s all right man, I’m just bleeding. Está limpo. Sem ironias. Sem engano.[...] continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar.
Ficou um vazio que ninguém (pre)enche. e penso e repenso e trepenso em você aí. (…) Está tudo bem assim. Só que me rouba o sentido - entende? - ou a ilusão de sentido que quero ter de vida, e que é essencial para a minha sobrevivência. (…) Me sinto o camelo do poema de Cecília Meireles, mastigando sua imensa solidão.
Por que tudo isso faz bem? Porque o cotidiano anda muito monocórdico, as notícias andam muito repetitivas e a natureza pulsante da gente, pouco provocada. Bom lembrar que podemos ser viscerais sem nos rendermos à vulgaridade, ser lascivos através do blues e suas guitarras, e ficarmos excitados sem perder a classe.
Morena
É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Siga em frente como quem não quer nada, e deixe para trás tudo que lhe faz mal. O que te faz bem, leve contigo, e o que mereces, o destino colocará na sua vida.
Mas agora estou numas da corrente do bem. Tô nessa e acho genial. Tudo bem: o mal tá lá, as pessoas ruins estão lá, pessoas mesquinhas, mas não vão me atrapalhar mais. Não vou mais sofrer por causa delas.
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Nota: Adaptação da crônica "As Possibilidade Perdidas" de Martha Medeiros. Repassado sob o título "Definitivo" ou "Viver não dói" e muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Carlos Drummond de Andrade, o texto termina com uma tradução livre do trecho da novelista inglesa Mary Cholmondeley, pertencendo a última frase a Tim Hansel.
...MaisQuando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma bênção escondida; uma bênção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.
Quando fazemos tudo para que nos amem... e não conseguimos, resta-nos um último recurso, não fazer mais nada.
Por isto digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado... melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce ou não espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes é inútil esforçar-se demais... nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende a nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de nada mais fazer.
Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.
Lute. Acredite. Conquiste. Perca. Deseje. Espere. Alcance. Invada. Caia. Seja tudo o quiser ser, mas, acima de tudo, seja você sempre.
Quando a gente ama alguém de verdade
Esse amor não se esquece
O tempo passa, tudo passa, mas no peito
O amor permanece
E qualquer minuto longe é demais
A saudade atormenta
Mas qualquer minuto perto é bom demais
o amor só aumenta
Vivo por ela
Ninguém duvida
Porque ela é tudo
Na minha vida
Eu nunca imaginei que houvesse no mundo
Um amor desse jeito
Do tipo que quando se tem não se sabe
Se cabe no peito
Mas eu posso dizer que sei o que é ter
Um amor de verdade
E um amor assim eu sei que é para sempre
É para eternidade
Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas d'ela eu nunca me esqueço
Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe.
Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um "sim" ou um "não" pode mudar toda a nossa existência.
Nota: Trecho adaptado do livro "Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei", de Paulo Coelho.
Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.