Odio que Virou Amor

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Ama-me, Apenas

"Deixo que me ame
como quiseres.
Ser amada no
teu profundo silêncio,
quando inquieto rola na cama
sem sono.
Quero ser amada
no teu maior vazio.
Preencher os espaços
desta tua ausência de mim.
Ama-me nesta distância
que te aperta o coração.
Neste teu pensamento
retalhado por finas farpas
de saudade.
Sou amada no teu
sorriso escondido,
nas palavras caladas.
E ama-me
em nossas
lembranças guardadas.
Te pertenço em teu
melhor desejo...
No fechar de teus olhos
antes de adormecer.
Ama-me apenas.
Sem trair-me.
Ama-me nesta noite,
e em todas as outras
que não me tens
em teu leito.
Faz-me feliz
teu jeito guardado
de amar-me.
Amando-me em teus medos.
No pranto caído.
em teimosia de me querer.
Ama-me, apenas.
Apenas por não poder
esquecer-me..."

Viagem (Walmir Palma)


Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror

Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor

Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor

Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou

Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator

Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor

Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor

Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor

Às vezes me pego pensando em você e meu coração dispara e vem aquele sorriso que só você me provoca.

A maioria das pessoas passam a vida a procura da pessoa certa, vivendo algumas paixões e sentimentos passageiros, que só temos a noção que não era de verdade quando acaba, porque o que é verdadeiro e recíproco não acaba jamais.

Quando eu saí de casa, bem que o coração me avisou
Leva um guarda-chuva que hoje pode ser
Que chova amor, que chova amor

Mas eu não dei ouvidos, saí desprevenido
Achei que nunca ia acontecer comigo
E aconteceu
O destino deu um empurrãozinho
Colocando o seu caminho no mesmo que o meu

Muitos querem ser muitas coisas, eu só quero ser eu mesma e isto me basta, o que sou já não tenho espaço em minha existência para tamanha carga, e tento dividir com merecedores de minha atenção um pouco desta carga que carrego comigo tão nobremente armazenada.

Rindo à toa das falsas lembranças, das mentiras ditas, das verdades não ditas, do sentimento desvalorizado e do eu sequestrado. Restou apenas rir, rir de mim, de você e de nós.

Não existe noite escura, para quem ilumina os olhos com esperança e fé.

O pior aconteceu
A história se repete
Temo estar frio outra vez
O passado remete
Meu romantismo se perdeu
Diante de tudo que a vida me fez.

Não espere meu sorriso
Não prometo companhia
Tudo agora é melancolia
Reflexo de decisões minhas.
Aprecio algumas amizades
Que me confortam no meio da dor
Mas creio sucumbir sem piedade
Deixando tudo de lado, até o amor.

As palavras ainda se perdem na mente
Culpa das situações vividas recentemente
Meus pensamentos me levam ao fracasso
Prisão que escolhi entrar
Talvez minha alma ainda grite
Na esperança de alguém me encontrar
Mas já excedi meu limite
Então não tente me perturbar
Um lúcido só se faz de louco,
Quando é assim que ele quer estar.

A nossa história de 30 anos juntos,
não se acaba aqui, não se acaba assim...
A morte que nos separou agora, é a mesma
que irá nos reencontrar. O meu amor por você é tão grande, que vive em nossos filhos, que irei criar à sua semelhança, com caráter , hombridade e retidão. E quando a minha missão cumprida estiver, em teus braços, irei me aconchegar. Que eu suporte os dias de saudade e as noites de dolorosa solidão...até o dia em que finalmente, contigo, de novo, irei estar.


Para Márcio Miguel Zorio, meu esposo falecido em 17/07/2016.

Pare de ter dúvidas sobre a pessoa incrível que você é.

Há uma comunhão mais tranquila do que a solidão, e que, corretamente entendida é a solidão perfeita.

Esse peso nas costas te impede de voar.

Cansei de agradar e desagradar. Só queria que você cuidasse da sua vida e deixasse a minha.

Tô com uma dor no corpo
que não sei se é gripe
ou fome,
ou apenas
saudades de ti mesmo.

Quando se tem um propósito no fim, maior do que todas as desavenças, tudo pode dá certo. Porque a base de todo sucesso é o amor pelo que se faz!

Saudade do beijo que não vou dar, do abraço que não vou receber, dos teus olhos que não verei se abrirem pela manhã, do teu sorriso que não serei motivo dele, dos ciúmes que você não sentirá, das vezes que não escutarei tu reclamando do tamanho da minha barba, das lágrimas de felicidade que não enxugarei, do teu cabelo dourado que não deitara a cabeça em meu colo, do filho que não carregará meu sobrenome, do olhar sincero que não verei ao ouvir tu dizer que me ama. Saudades de saber que escreverei vários poemas e poesias tendo a ti como minha inspiração e não os lerei por falta de quem mereça ouvir tais belas juras de amor... Saudades até em saber que tive chances de não sentir saudades... E ainda assim, sinto.

Ser vulnerável, deixar pessoas se apaixonarem, se magoar... tudo isso é parte de estar apaixonado.

Continuo falando com ela, e ela continua falando comigo. De repente me
dou conta: nem sei se minha esposa ainda vive! Naquele momento fico sabendo que
o amor pouco tem a ver com a existência física de uma pessoa. Ele está ligado a tal
ponto à essência espiritual da pessoa amada, a seu "ser assim" (nas palavras dos
filósofos) que a sua "presença" e seu "estar aqui comigo" podem ser reais sem sua
existência física em si e independentemente de seu estar com vida. Eu não sabia,
nem poderia ou precisaria saber, se a pessoa amada estava viva. Durante todo o
período do campo de concentração não se podia escrever nem receber cartas. Mas
isto naquele momento de certa forma não tinha importância. As circunstâncias
externas não conseguiam mais interferir no meu amor, na minha lembrança e na
contemplação amorosa da imagem espiritual da pessoa amada. Se naquela ocasião
tivesse sabido: minha esposa está morta - acho que este conhecimento não teria
perturbado meu enlevo interior naquela contemplação amorosa. O diálogo intelectual
teria sido intenso e gratificante em igual escala.

Desculpe a intensidade, eu não sei encontrar o mar e molhar apenas os pés.